terça-feira, 30 de junho de 2009

DICAS GRAMATICAIS: PRONOME ÁTONO NO INÍCIO DA FRASE????

· Pronome átono não deve iniciar frase; regência de "pedir"

· Por Thaís Nicoleti

· "Se limitou a pedir que Delcídio Amaral (PT-MS) demitisse uma sobrinha de sua mulher."

Duas questões emergem desse período: uma de colocação pronominal, outra de regência verbal. A de colocação pronominal é mais evidente porque observamos no texto escrito a reprodução da marca de oralidade representada pelo uso do pronome átono no início do período.

Muito se tem avançado no emprego dos pronomes átonos à maneira brasileira. Já não se seguem à risca os preceitos da gramática tradicional quando o assunto é a posição do pronome átono. Isso se deve ao fato de o português falado no Brasil obedecer um ritmo distinto daquele falado em Portugal e nos países africanos. Mesmo assim, ainda não se aceitam algumas mudanças consideradas radicais. É o caso da próclise em início de frase, tão comum na expressão oral.

A questão de regência, na frase destacada, é um tanto sutil. Alguém se limitou a pedir alguma coisa a outra pessoa. O objeto indireto (a pessoa a quem se dirige o pedido) deveria estar ligado ao verbo "pedir", não no interior da oração objetiva direta. O pedido endereça-se a Delcídio Amaral, mas o mesmo Delcídio Amaral é o sujeito da oração que funciona como objeto direto do verbo "pedir".

Em vez de deixar o verbo "pedir" sem o seu objeto indireto, o redator deveria deixar elíptico o sujeito da oração subordinada. Veja, abaixo, a nova construção:

Limitou-se a pedir a Delcídio Amaral (PT-MS) que demitisse uma sobrinha de sua mulher.


FONTE: UOL EDUCAÇÃO

http://educacao.uol.com.br

PISO DO PROFESSOR > A LUTA CONTNUA



A GREVE DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL FOI SUSPENSA, A LUTA PELA IMPPLANTAÇÃO DO PISO, NÃO!

A assembléia do dia 26 de junho a partir de uma análise coletiva da categoria avaliou que a greve foi acertada em função dos ataques do governo Cid Gomes, a começar com a ADIN contra o piso e o descaso com a negociação com a categoria em torno das suas reivindicações. A categoria considera que mostrou vontade e capacidade de luta poucas vezes vistas na história do nosso movimento.

Os professores compreenderam que retorno às aulas, entretanto, não se deu em função de negociações realizadas e reivindicações atendidas, mas em função dos ataques desferidos pelo governo do Estado querendo acabar com a luta pela força do poder da “justiça” que contra o direito do Piso e do direito de greve decreta a ilegalidade da greve desencadeando uma repressão psicológica, jamais vistas contra uma categoria que historicamente vem sendo atacada com negação e retirada de direitos por diversos governos que não colocam a educação como prioridade em suas políticas.

A GREVE que com a força da categoria e atuação inquestionável do SINDIUTE conseguiu outro feito histórico que foi unificar, num primeiro momento, SINDIUTE e APEOC e o que é mais importante os professores de Fortaleza e os professores estaduais, interior e capital. Foi uma festa da luta dos trabalhadores em educação!

O governo, descontente com a força do movimento, não pensou duas vezes, usou os recursos do poder para quebrar a força da nossa luta. Poderíamos ter resistido mais e arrancado todas as reivindicações da nossa pauta se não fosse a posição da direção da APEOC, que começou a greve em uma assembléia, mas terminou por decreto, sem o consentimento da categoria causando um sentimento de abandono e desproteção aos seus filliados e aos professores do estado de modo geral.Uma postura considerada pelos professores como uma violação e negação de qualquer preceito e princípio democrático do movimento dos trabalhadores Sentindo-se desprotegida judicialmente em função da insegurança causadas pela posição da APEOC, que insistentemente reforou as ameaças do governo e das evasivas e encaminhamentos dúbios da sua assessoria jurídica. Os professores após de 42 dias de manifestação de coragem, determinação em lutar pela escola pública e a dignidade da profissão consideraram em função do quadro colocado que era o momento de retorno as aulas.

Mas esse retorno não significa, em absoluto, o fim da nossa luta. A continuidade da luta pela implantação da Lei 11.738/08 do Piso Salarial Nacional continua mais firme e será o centro da nossa mobilização no segundo semestre.

O SINDIUTE, através da sua Direção Colegiada, se coloca, incondicionalmente, na defesa dessa luta que é nossa, portanto, por nós terá que ser enfrentada.

Ficou dessa greve um sentimento de vitória em função da nossa resistência. Por outro lado ficou uma certeza: TEMOS QUE RESOLVER O NOSSO PROBLEMA ORGANIZATIVO. As seguidas retiradas da diretoria da APEOC, interrompendo unilateralmente as nossas greves precisa, urgentemente, que apontemos ações para a resolução desse grave problema.

O SINDIUTE reitera a posição do seu último Congresso Estadual colocada nos seguintes termos:

“A atuação do SINDIUTE na luta e organização dos trabalhadores em educação da rede estadual tem sido marcada pela “intervenção branca” dos governos TASSO/CIRO/LÚ CIO)CID, configurado pela negação ao longo desses anos, pela recusa do código para as contribuições sindicais e liberação de seus diretores para mandato sindical, numa clara tentativa de barrar a nossa luta contra suas políticas de precarização, desregulamentaçã o e exploração do nosso trabalho, numa inominável violência contra a liberdade e autonomia sindical, reivindicação histórica dos trabalhadores. . A resolução segue afirmando: “No plano da nossa organização sindical, reportando-nos ao início da década de 1990, a recusa antidemocrática de membros minoritários da direção da APEOC, em não acatar a decisão de sua assembléia de base realizada em 25/02/1992, convocada de acordo com o Estatuto da entidade, que reafirmava as deliberações de seu III Congresso de Unificação, construído ao longo de três anos sob a coordenação da CNTE, constitui outro elemento contrário ao fortalecimento da nossa unidade, necessária a nossa implantação, com maior potencialidade no interior.”

Portanto companheiras e companheiros o aprofundamento da problemática da citação acima está posto e precisa ser resolvido pela categoria. Enquanto esse problema persistir nós vamos nos deparar com os mesmos problemas a cada greve da nossa categoria. Ratificar a unificação, rompida em 1991, em um Congresso Estadual é o chamamento do SINDIUTE a todos os trabalhadores em educação organizados ou não na APEOC e no SINDIUTE.

Para o momento mais breve convocamos representações de escola para hoje 28/06/2009 às 14 horas no Ginásio Marista para iniciarmos um debate sobre a proposta apresentada, verbalmente pelo governador na última audiência, que terá um segundo momento dia 30/06/2009 e prepararmos um ciclo de debates acerca da reformulação prevista no Plano de Cargos e Carreiras que será o referencial para a implantação do nosso Piso Salarial devendo ser o objeto das nossas preocupações no próximo período.

A LUTA COMPANHEIROS! UNIDOS SEREMOS FORTES! MOBILIZADOS SEREMOS IMBATÍVEIS!

SINDIUTE, NOSSA ESCOLA DE LUTA!

Direção Colegiada

domingo, 28 de junho de 2009

PARA OS INIMIGOS DA EDUCAÇÃO

SE VOCÊ É POLÍTICO E INIMIGO DA EDUCAÇÃO:AQUI PRÁ VOCÊ

SEDUC DETERMINA RECUPERAÇÃO DE AULAS EM JULHO

SEDUC determina recuperar aulas no mês de julho!

E-mail Imprimir
A Secretaria de Educação do Estado – SEDUC – determinou às Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação – CREDE´s – que os professores da Educação Básica deverão recuperar as aulas referentes ao período da última greve, durante o mês de julho, quando deveria ser de férias. Portanto, este ano, os professores e alunos não gozarão de férias em julho, tendo em vista que o início do segundo semestre letivo já está previsto para a primeira semana de agosto.
Se o professor da Educação Básica vai recuperar aula em julho, e, em agosto terá o inicio do segundo período letivo do ano, então, quando terá os trinta dias de férias? Segundo o Estatuto do Magistério – lei 10.884 – Art. 39 – “O profissional do Magistério de 1º e 2º graus gozará 30 dias de férias anuais após o 1º semestre e 15 dias após o 2º período letivo”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Art. 23 – parágrafo segundo estabelece: “O calendário escolar deverá adequar-se as peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previstas em lei”. Por outro lado, a própria LDB, no Art. 24 – trata de carga horária e determina 800 horas/aula e 200 dias letivos. Neste mesmo Art. 24, Inciso VI diz da competência de cada escola – “o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigido a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação”. Conclui-se, portanto, por mais que a SEDUC tenha faculdade de estabelecer normas e orientações no gerenciamento do ensino, é atribuição de cada unidade o tratamento e a gestão dentro das especialidades locais.
É responsabilidade da Secretaria de Educação exigir e fazer cumprir as metas da carga horária anual: 800 horas/aula e 200 dias letivos. Contudo, sem nunca afetar a competência dos estabelecimentos de ensino na elaboração do calendário escolar, de acordo com os seus respectivos regimentos e controle de frequência.
A decisão determinativa de recuperar o período de greve no mês de julho – dedicado às férias escolares poderá ser assimilada como ato punitivo contra os professores e mais um agravante no processo de restabelecimento das relações patrão-empregado estremecidas com a recente greve.
A determinação da SEDUC deixa transparecer sinais de intempestividade para o momento, quando deveria prevalecer o bom senso, sem renúncia de autoridade. Prevalecer harmonia em torno de objetivos direcionados à educação com qualidade e valorização dos seus profissionais é o mínimio que a sociedade cearense deseja do seu governo.
Senhor governador Cid Gomes, os pequenos homens e medíocres nunca alcançam a inteligência dos sábios conciliadores que somam vitórias sem ostentação de poder. Portanto, não permita aos bajuladores de seu governo a tomada de decisões usurpadoras dos direitos conquistados pelos professores.
>
Editorial do Sindicato – APEOC.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

MOÇÃO DE APOIO À GREVE DOS PROFESSORES

MOÇÃO DE APOIO À LUTA DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE OFICIAL DE ENSINO DO ESTADO

O DEPARTAMENTO DE Teoria e Prática de Ensino da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará sente-se no dever de vir a público manifestar seu apoio à luta dos professores da Educação Básica da rede oficial de ensino do Estado, ao mesmo tempo em que lamenta e repudia a intransigência do governador Cid Gomes que se utiliza do ataque aos direitos sindicais dos professores.

Desde 23 de abril (professores municipais de Fortaleza) e de 15 de maio (professores da rede estadual) protagonizam uma greve pela implantação da Lei do Piso Salarial no Estado do Ceará, tal luta se desdobra na exigência de redução da jornada de trabalho aos limites estabelecidos na Lei nacional, e na convocação imediata de concurso público que limite a precarização do trabalho docente nas escolas, questões de extrema relevância para a valorização do magistério e para a melhoria da qualidade do ensino tão insistentemente proclamadas pelos governos municipal e estadual que, contudo, têm mantido uma atitude intransigente de desrespeitar a Lei, optando, no caso do governador, pelo ataque às organizações sindicais e ao direito de greve

Assistimos, recentemente, a greve dos professores da rede oficial de ensino ser decretada ilegal por liminar da Justiça Estadual, movida pelo governador penalizando com multa de 10 mil reais por dia parado a APEOC, Sindicato que responde legalmente pela greve no interior do Estado, e impondo aos professores, individualmente, o desconto de 100 reais por dia parado.

Neste momento difícil da educação pública em nosso Estado, o DEPARTAMENTO de Teoria e Prática de Ensino da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará, vem se solidarizar com os professores em luta pelo elementar direito ao cumprimento da Lei do Piso Salarial, já aprovado pelo governo Federal, aos sindicatos da categoria, SINDIUTE e APEOC, advogar junto ao governador do Estado e à Prefeita de Fortaleza pela negociação respeitosa do poder público com a categoria, em razão da real necessidade de valorização do magistério, em favor da educação pública de qualidade.

Fortaleza, 22 de junho de 2009.

Os Professores do Departamento de Teoria e Prática do Ensino, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará

quarta-feira, 24 de junho de 2009

DICAS DE FILMES - TEMA SIGNIFICADO E RECONHECIMENTO DA CULTURA

Interpretado por Robins Williams, um professor de literatura leva seus alunos a repensar o sentido de suas vidas. Para Lídia Aratangy, o filme traz a oportunidade de indagar ''sobre o significado do conhecimento e a importância da cultura''. ''Sociedade dos Poetas Mortos'' (Dead Poets Society, 1988) foi dirigido por Rob Reiner

FÉRIAS : MENTE E CORPO EM MOVIMENTO

Professor: hora de recarregar a bateria

Por Içami Tiba
A educação escolar no Brasil ficou muito tempo em torno do seu próprio umbigo, sem se dar conta do quanto ela estava se tornando obsoleta em relação ao mercado de trabalho e ao mundo.

Dizem que é errando que se aprende. Mas a educação errou tanto e por tanto tempo e não aprendeu. Isso porque simplesmente manteve o erro em vez de corrigi-lo. A passividade do continuísmo do insatisfatório levou o Brasil ao que estamos reduzidos hoje: somos um dos últimos classificados do mundo no ranking da educação escolar, apesar de o nosso PIB estar entre as dez maiores do mundo.

Numa simples leitura, o Brasil está mais rico do que educado. Mas existe a grande massa da população que é pobre e sem a educação formal que a capacite ao trabalho mais elaborado que o braçal. Essa massa tem cinco filhos por família, gerando mais pobreza e mais exclusão, enquanto os que ganham mais de cinco salários mínimos têm um ou dois filhos por família, ou seja, acabam concentrando a riqueza.

Ultimamente os professores têm sido responsabilizados pelos pais para educarem os seus filhos, numa sobrecarga que não lhes compete. Cobra-se também uma educação perfeita, sem o mínimo de material necessário de formação atualizada, de valorização pessoal, de salário compatível com a sua importância na construção de uma sociedade saudável. Há muitas verdadeiras madres Terezas da educação nos grotões e bolsões de pobreza. Até lápis elas quebram ao meio para que mais alunos possam ao menos aprender a escrever...

Ninguém quer ser professor, muitos querem ser políticos. Até mesmo os "caçados" não abandonam a política, enquanto professores competentes abandonam suas carreiras para poderem sobreviver financeiramente.

Férias escolares

A noite de melatonina é necessária para combater o estressante dia do cortisol. As férias são necessárias para as jornadas de trabalho. E as de julho já batem nas portas dos professores. O meu maior desejo é que cada professor tivesse as férias dos seus sonhos, junto às pessoas queridas, com tudo pago, desde os preparativos até o álbum de recordações. Que descansassem as mentes com atividades lúdicas, culturais, baladas, festas, passeios, restaurantes, shows, e tudo mais que tivessem vontade na hora... Não custa sonhar, nem desejar o bem às pessoas que merecem.

Entretanto, as férias podem também ser usadas para complementação das atividades que não têm espaço no cotidiano letivo. Todos precisam nutrir seus corpos e mentes com exercícios fisiológicos e psicológicos, como andar, dormir, alimentação saudável, passear por parques, visitar museus, ir a cinemas e a teatros - tudo isso envolvendo principalmente os filhos no que for possível.

Praticar a filosofia de vida da ALTA PERFORMANCE: em tudo, fazer e pensar o melhor possível. Para a ação, usar os conhecimentos atualizados e, para o pensar, o seletor de pensamentos. Ninguém controla a fonte de pensamentos, mas é possível e desejável alimentar os melhores e deletar os que podem prejudicar outras pessoas e o nosso planeta. Todos querem fazer o melhor, mas nem todos o fazem por não estarem atualizados.

Como diz Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação, educacionista é a pessoa que acredita na educação como um dos pilares da recuperação do Brasil. Todos os professores poderiam nestas férias despertar o educacionismo profundamente adormecido dentro de si, ou até mesmo recuperá-lo do coma que entrou por tanto descaso que sofreu.

As férias são das aulas, mas a mente e o corpo não devem parar de aprender e de se movimentar nunca.
.

Içami Tiba

Psiquiatra, educador e conferencista. Escreveu “Quem Ama, Educa! Formando Cidadãos Éticos" e mais 22 livros.

www.tiba.com.br

DIPLOMA DE JORNALISTA EM PAUTA NO SENADO

Quarenta senadores já assinaram PEC que prevê exigência de diploma para jornalistas

Da Agência Brasil
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) afirma já ter coletado 40 assinaturas de apoio à apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que exige diploma de curso superior de comunicação social para o exercício da profissão de jornalista. Para a apresentação da PEC são necessárias 27 assinaturas.

Segundo a proposta, o exercício da profissão de jornalista será privativo de portador de diploma de curso superior de comunicação social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação. Além disso, acrescenta um parágrafo único, que torna facultativa a exigência do diploma para colaboradores.

Consultado, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa afirmou "ser possível tornar obrigatória a exigência do diploma por meio de emenda constitucional". Mas Corrêa chamou a atenção para o risco de a iniciativa ser interpretada como repreensão à decisão do STF, na semana passada, que dispensou o diploma para o exercício profissional de jornalista.

O senador Antonio Carlos Valadares solicitará também que o Senado realize audiências públicas na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), com representantes de associações e federações de jornalistas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de estudantes e jornalistas. Segundo ele, o objetivo dessas audiências será o de aperfeiçoar o texto da PEC.

Pedro Peduzzi

ASSEMBLÉIA DECIDE POR VOLTA AS AULAS

Termina greve dos professores em Crato

Os professores da rede estadual de ensino no Crato, em assembléia geral realizada ontem, decidiram retornar ao trabalho. A greve dos professores é justa, com certeza, e os educadores cearenses não foram ouvidos pelo governador Cid Gomes (PSB), um equívoco do governo e da assessoria do governador. Os professores, historicamente, no Ceará, não vem sendo tratados com o devido respeito. Os anos dos governos Tasso não foram muito bons para a categoria, que vive a reclamar e lembrar, com poucas saudades essa época. O governo Cid Gomes poderia aproveitar seu bom momento, sua popularidade, e rever a situação dos educadores cearenses. Melhores salários, mais capacitação, melhor estrutura para as escolas, melhoria do ensino ,são questões fundamentais para o Ceará.

.MARCOS CARVALHO

domingo, 21 de junho de 2009

MANIFESTO

Camaradas

Com mais de um mês de greve os professores da rede estadual do Ceará vêm sofrendo inúmeras intimidações, desde a esfera jurídica até o âmbito das escolas.

O primeiro questionamento que deve ser feito é sobre a decretação de ilegalidade da greve. O juiz Chagas Barreto, da 2ª Vara da Fazenda Pública decretou ilegal a greve, determinando multa de R$ 100 por dia para cada professor grevista e R$ 10 mil por dia para o sindicato caso a decisão não seja cumprida. Segundo o próprio Diário do Nordeste, de 05/06/2009, “a ação foi um trabalho conjunto entre o Governo do Estado e Ministério Público.”

Tal ato da Justiça do Ceará somente vem atestar a completa subserviência do Poder Judiciário ao Poder Executivo. Primeiro porque a sentença contraria a própria Lei 7.783, de 28 de junho de 1989, a Lei de Greve. Em seu artigo 10 e incisos são elencados os serviços ou atividades considerados essenciais, nos quais a educação não está incluída: “I Tratamento e abastecimento de água; Produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis. II Assistência médica e hospitalar; III Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV Funerários”, dentre outros. Segundo a própria Lei, mesmo os trabalhadores desses serviços têm direito à greve, resguardando-se, pelo menos 30% dos serviços.

Além disso, a greve é um direito dos trabalhadores, conquistado por décadas de lutas e um dos poucos instrumentos de que dispomos para a garantia de condições dignas de trabalho, no contexto de um sistema tão injusto e desigual.

Por outro lado, “esquece” o Meritíssimo Juiz de determinar as medidas cabíveis a um Estado que já foi obrigado até pelo Supremo Tribunal a pagar, por exemplo, o piso salarial dos professores da URCA, bem como várias outras ações trabalhistas ganhas e nunca efetivadas na prática.

Em síntese: Aos professores que lutam pelo mínimo de dignidade da sua profissão e para oferecer uma Educação de qualidade ao povo desse Estado a Justiça tem punição; ao Governo do Estado que descumpre as determinações da própria Justiça e que aciona a própria para não pagar o Piso Nacional da categoria, ao Governo que sucateia a Educação do Ceará com ausência de condições estruturais e com a precarização do trabalho docente – impunidade.

Mas isso ainda não é tudo.
Confiantes na justeza das suas reivindicações, as últimas assembléias, em Fortaleza e no Cariri, deliberaram a continuidade do movimento. Por este motivo a Secretaria da Educação do Estado, intensificou esta semana a pressão.
Em todos os turnos, as escolas estão responsabilizadas em repassar o nome dos professores que não foram ministrar suas aulas. A preparação de um LISTÃO dos que estariam aptos a pagar R$ 100,00 por dia de aula não dada, foi confirmada pela CREDE 19, que segundo sua representante está “seguindo orientação da SEDUC por força judicial.”

Tal ato é uma atestação do caráter ditatorial do Governo Cid Gomes (PSB, PC do B, PT, PMDB) e do papel das CREDES que é o de subserviência aos ditames desse governo, mesmo que isso vá de encontro à dignidade dos professores e aos princípios mais elementares de uma educação de qualidade.

Essa política de terrorismo e de repressão aos professores deve ser contestada, denunciada por todos.

-Nenhuma punição aos professores em greve;

- Piso Nacional Já

- Concurso público para professores


Cláudia Rejanne
( PROFESSORA DA UNIVERSADADE REGIONAL DO CARIRI)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

GÊNIO DEMAIS...

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.


(RUI BARBOSA)