segunda-feira, 31 de agosto de 2009

OU ABRIMOS OS OLHOS PARA A EDUCAÇÃO OU???


É TEMPO DE RECOMEÇAR, DE PENSAR NOVAS MANEIRAS DE MUDAR OS NÚMEROS DA EDUCAÇÃO NO NOSSO PAÍS, OU ABRIMOS OS OLHOS OU VAMOS PRO BREJO...

ENSINO SUPERIOR EM ALERTA

Só 1% das instituições de ensino superior consegue nota máxima em avaliação

Elas conseguiram nota 5 no Índice Geral de Cursos do MEC.
Instituição com maior número de pontos é privada e fica no RJ.

Rafael Targino Do G1, em Brasília


O ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta segunda (31) durante divulgação dos dados do Índice Geral de Cursos (IGC) (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Somente 1% de 2.001 instituições de ensino superior públicas e privadas avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) conseguiu nota máxima no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado nesta segunda-feira (31). Esse índice monitora a qualidade dos cursos de graduação e divide as instituições por totais contínuos que vão de 0 a 500 pontos e em faixas que vão de 1 a 5.

Veja a lista completa com o IGC de todas as instituições (em ordem alfabética)


A instituição com maior índice contínuo (469) é privada – é a Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape), que fica no estado do Rio de Janeiro e é vinculada à Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que é pública, foi a segunda colocada, com 468 pontos. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que tinha conseguido a primeira colocação no ano passado, ficou em 8º lugar, com 439 pontos.



No total, apenas 21 instituições tiveram nota cinco –delas, 11 são públicas: nove federais e duas estaduais. As outras 10 são privadas. Todas elas estão concentradas em quatro estados (SP, RS, RJ e MG). Das 2.001, 120 receberam conceito quatro, considerado bom pelo MEC.


A última colocada foi a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió (Fama), que teve índice 55 e ficou na faixa 1. O G1 tentou contato com a instituição, mas não obteve sucesso. A reportagem enviou um e-mail à faculdade e aguarda resposta.

Todas as instituições com notas um e dois serão visitadas por técnicos do MEC. Se as notas forem confirmadas, as faculdades podem até ser descredenciadas. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, cerca de 400 instituições com notas de 1 a 5 em 2008 foram visitadas. Delas, nove, que tiveram notas mais baixas em seguidas divulgações, entraram em processo de revisão do credenciamento e esperam julgamento de recursos; uma delas, que fica em Minas Gerais, já foi descredenciada.


O IGC de cada instituição resume a qualidade de cursos de graduação, mestrado e doutorado, distribuídos pelos vários campi da instituição. São utilizados no cálculo do indicador a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPCs) da instituição – componente relativo à graduação – e o conceito fixado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para a pós-graduação. A média dos conceitos dos cursos é ponderada pela distribuição dos alunos entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não têm IGC pois não participam do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que é usado no cálculo da nota.

Universo

Foram avaliadas 2.001 universidades, centros universitários e outras faculdades. Dessas, 387 (19,3%) delas não tiveram nenhum conceito. Segundo o MEC, elas não tiveram a participação mínima de dois alunos ingressantes e dois alunos concluíntes nos cursos avaliados pelo Enade. Assim, não puderam receber o conceito Enade e, por consequência, o CPC. A maioria das instituições (884, 44,18% do total) recebeu nota três.

Três federais receberam nota dois – uma instituição na Bahia, uma em Goiás e outra no Pará. Outras cinco são estaduais.Nessa lista, ainda há 25 municipais e 555 privadas. Somente uma das 17 que receberam nota um tem financiamento público (municipal); todas as outras são privadas.


Uma das instituições –a Faculdade Maurício de Nassau, de Pernambuco–, conseguiu na Justiça que o MEC não divulgasse seu IGC.

Confira as 10 melhores instituições superiores, segundo o MEC

Ranking*

Faculdade

Sigla

Estado

Classificação por pontos




Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas

EBAPE

RJ

469




Instituto Tecnológico de Aeronáutica

ITA

SP

468




Escola Brasileira de Economia e Finanças

EBEF

RJ

461




Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

FAMERP

SP

461




Escola de Administração de Empresas de São Paulo

FGV-EAESP

SP

458




Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic

SLMANDIC

SP

452




Faculdade Ibmec São Paulo

Ibmec

SP

440




Universidade Federal de São Paulo

UNIFESP

SP

439




Faculdade de Economia e Finanças IBMEC

Faculdades Ibmec

RJ

433




10º

Instituto Militar de Engenharia

IME

RJ

428




Fonte: Ministério da Educação (MEC)


Confira as 10 piores instituições superiores, segundo o MEC

Ranking*

Faculdade

Sigla

Estado

Classificação por pontos




1.604º

Faculdade de Tecnologia Carlos Drummond de Andrade

CSET Drummond

SP

91




1.605º

Faculdade de Ciências, Letras e Educação do Noroeste do Paraná

FACINOR

PR

88




1.606º

Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada

FAFOPST

PE

88




1.607º

Instituto Superior de Educação Vale do Salgado

IVS

CE

87




1.608º

Faculdade de Educação de Vitória

UNIVES - AUFES

ES

86




1.609º

Faculdade Pan Americana

FPA

PA

85




1.610º

Faculdade de Odontologia de Manaus

FOM

AM

83




1.611º

Instituto Superior de Educação Programus

ISEPRO

PI

65




1.612º

Faculdade de Desenho Industrial de Mauá

FADIM

SP

60




1.613º

Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió

FAMA

AL

55




Fonte: Ministério da Educação (MEC)


*O MEC classificou por pontos 1.613 instituições, 387 não tiveram nenhum conceito.


FONTE: portal uol

terça-feira, 25 de agosto de 2009

PROFESSORES AMEAÇADOS POR PAIS DE ALUNOS

PROFESSORES SÃO AMEAÇADOS POR PAIS DE ALUNOS COM BAIXO RENDIMENTO
Por:
Luciano Augusto

Matéria publicada na edição deste domingo (23) do jornal O Globo, revela a preocupação de professores da rede pública de ensino municipal e estadual em várias capitais brasileiras, com relação ao baixo rendimento de estudantes. O jornal cita o exemplo de alunos de uma escola pública do bairro São Cristóvão, em Fortaleza.

"Um ditado de doze palavras para uma turma da 3a séria é pista para a tristeza que toma conta da professora Vânia Ferreira de Souza, 41 anos, ao final de cada ano letivo. Dos 23 alunos, nenhum tirou a nota máxima", revela a reportagem assinada pela jornalista Isabela Martin.


Ainda segundo o jornal O Globo, os professores estão sendo ameaçados pelos pais dos alunos, pois podem perder o benefício do bolsa família, em caso de reprovação dos filhos.

ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPO INTEGRAL

QUANDO SE FALA EM INVESTIMENTO PARA A EDUCAÇÃO, AÍ TUDO FICA DIFÍCIL.

DIZEM LOGO QUE FALTA DINHEIRO, QUE O PROJETO PRECISA SER AVALIADO.
O INTERESSANTE É QUE NUNCA FALTA DINHEIRO PARA AS FARRAS DO EXECUTIVO, E LEGISLATIVO.

Proposta de ensino fundamental em tempo integral aumentaria custos em 70%, diz Undime

Da Agência Brasil

Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga as escolas brasileiras a oferecem jornada em tempo integral para os alunos do ensino fundamental da rede pública foi aprovada essa semana pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara. Segundo os cálculos do presidente da Undime (União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação), Carlos Eduardo Sanches, se aprovada a proposta aumentaria em cerca de 70% os custos das rede de ensino.

Você acha que se deve investir no ensino de período integral? Deixe seu comentário


Sanches defende que a proposta é "muito importante para o país", mas a discussão não pode se dar de maneira isolada. Deve incluir também os aspectos pedagógicos e o financiamento. "A absoluta maioria das escolas trabalha em dois ou até três turnos. A gente precisaria ampliar em 30% e 50% os espaços físicos porque não adianta fazer um arranjo de soluções improvisadas que coloquem as crianças em risco", explica Sanches.

Na avaliação do dirigente, a Conae (Conferência Nacional de Educação), que será realizada em 2010, será um importante espaço para discutir a ampliação do ensino integral. "Em outros países da Europa as pessoas não entendem como a gente trabalha com um mínimo de seis horas por dia. Se você olhar os países que têm o melhor desempenho no Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Alunos], todos eles tem de 1.400 a 1.600 horas aula por ano", diz Sanches. No Brasil, segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), a exigência é cumprir 800 horas distribuídas em 200 dias letivos.

Além da questão do financiamento, Sanches acredita que é preciso discutir "profundamente" a função pedagógica da ampliação da carga horária. "Não podemos entender que é apenas a ocupação do tempo da criança", diz.

O presidente da entidade destaca que agora os municípios estão empenhados na ampliação do ensino obrigatório da atual faixa etária dos 7 aos 14 anos para a de 4 a 17 anos. Com a mudança, a pré-escola e o ensino médio serão universalizados. A PEC que trata desse assunto já foi aprovada em primeiro turno pela Câmara.

O MEC (Ministério da Educação) tem um programa para ajudar Estados e municípios a ampliar o turno das aulas. Pelo Mais Educação, cerca de 5 mil escolas recebem recursos adicionais para ajudar no custeio das atividades extraclasse. De acordo com o MEC, a meta para o próximo ano é atender 10 mil escolas nas 27 unidades da federação.

A Câmara criará uma comissão especial para analisar a PEC do ensino integral. Depois, a proposta será submetida ao plenário, onde precisa ser votada em dois turnos. "Eu acho a proposta muito boa, mas precisamos aprofundar o debate. No Brasil, muitas vezes a legislação não consegue contemplar a realidade e acaba sendo quase como uma utopia", afirma Sanches.

Amanda Cieglinski