domingo, 31 de janeiro de 2010

MAIS SOBRE O ENEM

29/01/2010 - 06h00

Veja quais instituições oferecem vagas no Sisu

Da Redação
Em São Paulo
Os estudantes que prestaram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 podem se inscrever a partir das 6h desta sexta-feira (29) na primeira etapa do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O sistema vai selecionar candidatos para as universidades e institutos federais que aderiram ao uso do Enem como vestibular. A inscrição deve ser feita pelo site sisu.mec.gov.br.

Confira quais são as instituições participantes:

Universidades Federais

1. Universidade Federal do Amazonas
2. Universidade Federal de Mato Grosso
3. Universidade Federal do Piauí
4. Universidade Federal de São João del Rei
5. Universidade Federal do Maranhão
6. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
7. Universidade Federal Rural de Pernambuco
8. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
9. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
10. Universidade Federal de São Paulo
11. Universidade Federal de Lavras
12. Universidade Federal de Alfenas
13. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
14. Universidade Federal de Itajubá. Unifei
15. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
16. Universidade Federal de Pelotas
17. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
18. Fundação Universidade Federal de Rondonia
19. Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
20. Fundação Universidade Federal do Tocantins
21. Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco
22. Fundação Universidade Federal do ABC
23. Fundação Universidade Federal do Pampa (Unipampa)

Institutos federais

1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
2. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
3. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
4. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha
5. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
6. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense
7. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
8. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano
9. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
10. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
11. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
12. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
13. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
14. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas
15. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
16. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
17. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro
18. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe
19. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima
20. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais
21. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais
22. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasilia
23. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano
24. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins
25. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense
24. Instituto Federal de educação, Ciencia e Tecnologia do Tocantins
25. Instituto Federal de educação, Ciencia e Tecnologia Catarinense

Cefet

26. Cefet Celso Suckow da Fonseca (RJ)

Outras instituições

1. Escola Nacional de Ciências Estatísticas (RJ)
2. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (RJ)

FONTE:educacao.uol.com.br

MAIS SOBRE O ENEM

UOL  Educação
O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) recebeu cerca de 335 mil inscrições até as 19h deste domingo (31), informa o MEC (Ministério da Educação). A taxa de efetivação é de 11 mil formulários concluídos por hora. O sistema, que seleciona para institutos e universidades federais com a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) estreou na última sexta-feira.

O bacharelado interdisciplinar de ciências tecnólogicas da UFABC (Universidade Federal do ABC), em São Paulo é o curso mais concorrido com 8.769 candidatos. Em seguida, vem o curso de medicina da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), no Rio Grande do Sul, com 4.238 inscritos. E, em terceiro lugar, está a graduaçao de medicina na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Entre os dez cursos mais procurados, cinco são de medicina; três, de direito; um, de ciências tecnológicas na UFABC e o curso de administração da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).

O sistema estreou com falhas e instabilidade. No primeiro dia apenas 45 mil conseguiram se inscrever no período das 6h às 23h59. Muitos internautas reclamaram do funcionamento do sistema ao UOL por meio de um gripo de discussão e do sistema de comunicação de erros. O sistema também teve funcionamento lento entre 6h e 9h30 da manhã do sábado. Segundo o MEC, no período da tarde de sábado, a taxa de inscrição se estabilizou e chegou a 18 mil por hora.

Em nota da instituição informou que a "área técnica do MEC segue acompanhando o sistema para resolver eventuais dificuldades enfrentadas pelos candidatos no momento da inscrição no Sisu".

Entenda o funcionamento do sistema:




A inscrição deve ser feita pelo site sisu.mec.gov.br e vai até 3 de fevereiro, às 23h59 (horário de Brasília, DF). O resultado da primeira etapa será divulgado em 5 de fevereiro. Haverá mais duas oportunidades para inscrição: nos períodos de 15 a 20 de fevereiro e de 1º a 3 de março.


Como se inscrever

Para concorrer a uma das 47,9 mil vagas oferecidas é preciso preencher ficha pela internet, no horário das 6h às 23h59, informando seu número de inscrição no Enem 2009 e sua senha de acesso. Caso o candidato não lembre a senha, é possível recuperá-la pelo site.


No site do Sisu é possível consultar as graduações oferecidas (na opção "Vagas"). O estudante deve escolher apenas uma única opção de instituição, curso, turno e modalidade de inscrição em que o estudante deseja concorrer. Durante esse período pode-se alterar a escolha, mas a inscrição que vale, para concorrer a uma vaga, é a final. Só podem participar candidatos que tenham feito o Enem 2009.

Diariamente, o sistema fornecerá as notas de corte de cada curso, baseadas nas inscrições do dia anterior. Assim, o estudante poderá verificar se tem a pontuação necessária para ingressar no curso desejado e, caso ele não tenha, poderá tentar outras opções de graduação.

Ao final de cada etapa de inscrição, os candidatos serão classificados de acordo com o desempenho. Para garantir as vagas, os aprovados deverão fazer matrícula. As informações sobre o registro acadêmico devem ser verificadas junto às faculdades.

Vagas e desempate

As oportunidades são oferecidas por 23 universidades federais e 26 instituições federais, além de uma universidade estadual --a Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense)-- e a Escola Nacional de Ciência Estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Do total de vagas ofertadas, 17,4 mil são de graduações dadas no turno da noite, 6,6 mil são de cursos de engenharia e 9 mil são de cursos de tecnologia.

A nota final pode variar de acordo com o peso que cada instituição dá para cada uma das provas do Enem 2009 e com eventuais bônus de políticas de ações afirmativas. O resultado final é divulgado na página do Sisu, na web.

Caso haja notas idênticas, o desempate será feito seguindo a seguinte ordem:

  • 1 - Nota obtida na redação;
  • 2 - nota obtida na prova de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias;
  • 3 - nota obtida na prova de Matemática e suas Tecnologias;
  • 4 - nota obtida na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
  • 5 - nota obtida na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias;
  • 6 - antecedência de inscrição definitiva na respectiva etapa de seleção do Sisu.


  • Veja outras informações no site do Sisu.

    quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

    EDUCAÇÃO: QUANDO QUER VAI...EM QUALQUER LUGAR

    Saber libertador: uma escola dentro da penitenciária

    Numa penitenciária em Mato Grosso, uma escola ajuda a mudar a vida de 183 presos

    Ana Rita Martins (ana.martins@abril.com.br), de Rondonópolis, MT

    Foto: Aelson Ribeiro
    DIREITO E CHANCE Na biblioteca do presídio, a professora Creuza Ribeiro coordena o período de estudos. Foto: Aelson Ribeiro

    À primeira vista, o corredor de entrada da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, é igual ao de qualquer outra prisão. O ar que corta seus ângulos é úmido e abafado. Existem trancas e grades que fecham, em três unidades distintas, 600 homens condenados ou à espera de sentenças da Justiça. O que faz esse corredor ser diferente, porém, não é o aspecto físico. É aonde ele leva: uma escola, bem no centro do presídio.

    Durante quatro dias na semana, em dois turnos de três horas, 183 detentos cursam turmas de Alfabetização e Ensino Fundamental e Médio. É o único lugar em que podem circular livremente, sem algemas (privilégio concedido só aos que decidem estudar). Foi na escola que Giovani de Souza Benevides redescobriu as cartas de sua mãe. Em 2004, ao ser preso, as correspondências eram apenas um amontoado de letras mortas, lidas de favor pelos colegas de cela. Hoje, alfabetizado e já na 6ª série, elas ganham contornos mais nítidos com a leitura autônoma. Mudaram também as letras de rap de Emerson Almeida Salomão. Antes, ele só escrevia sobre crime e revolta com o sistema penitenciário. As duas composições feitas em homenagem à escola mostram que há espaço para outros pensamentos. Esse caminho não se esgota ao fim da escolarização básica. Vitor Miguel Valêncio é filho de uma professora da Educação Infantil e já terminou o Ensino Médio, mas nem por isso deixa de frequentar a biblioteca. Está se preparando para o vestibular de Pedagogia.

    Essas e outras histórias que têm a Educação como eixo são o resultado do trabalho árduo das dez professoras do presídio. Com curso superior nas áreas específicas das disciplinas que lecionam, elas são contratadas da Secretaria Municipal de Educação e contam com o acompanhamento diário da coordenadora pedagógica Creuza Ribeiro. Formada em Pedagogia, ela foi professora da rede municipal por sete anos e agente penitenciária. "Entrei na prisão pelo salário. Estava acostumada a dar aula para crianças e, de repente, passei a abrir e fechar cadeado. Logo cobicei uma das vagas da escola na penitenciária. É uma experiência única", conta. Além de mergulhar na didática da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ela tem de conceber planos de estudo especiais para os presos temporários e lidar com faltas em decorrência de problemas de saúde, conflitos internos e doenças como a depressão.

    "O trabalho aqui só dá certo porque a equipe não vê a Educação prisional como terapia ou benefício. É direito, estipulado pela Lei de Execuções Penais e pela Constituição", afirma Creuza. Apesar da garantia legal, o Ministério da Educação admite que apenas 20% da população carcerária tem acesso a algum tipo de Educação - incluída aí a fornecida por voluntários de organizações não-governamentais e entidades religiosas, sem experiência profissional para fornecer um ensino de qualidade. Definitivamente, não é o que se vê em Rondonópolis. Lá, as aulas são balizadas pelo currículo de EJA do município e planejadas semanalmente durante o horário de trabalho pedagógico. Por meio do ensino, quem sai daquele corredor que leva à escola - dessa vez, rumo à liberdade - pode se relacionar de um modo mais pleno com o mundo e a vida.

    Quer saber mais?

    CONTATO
    Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa
    , Rod. MT-130, km 10, 78700-000, Rondonópolis, MT

    COMPUTADOR POR R$ 9,00 MENSAIS

    Um computador por R$ 9 mensais



    Ex-catador de latas e garrafas, Jair Martinkovic aprendeu no lixo como poderia fazer um computador para estudantes em 24 parcelas de R$ 9, com acesso a internet e garantia de um ano. E, mesmo assim, ganhar dinheiro. O valor à vista é de R$ 199.

    Essa é mais daquelas inovações que mostram como se pode, em educação, fazer muito com pouco --o detalhamento da história está no www.catracalivre.com.br/

    Ele convenceu grandes empresas a lhe dar os computadores velhos que iriam ficar jogados em um depósito. Com todo esse material, montou uma empresa de remanufatura --ou seja, o computador saiu dali recauchutado. Apesar das limitações, dá para entrar na internet e serve para estudo.

    Convenceu então uma universidade privada a comprar as máquinas e revendê-las a seus alunos em 24 prestações --e, depois, poderia até comprá-las de volta.

    Essa é daquelas pequenas e grandes soluções. Os computadores não vão para lixo, ou seja, contaminam menos o ambiente e, ao mesmo tempo, os estudantes poder aprimorar seus estudos e tirar benefício da internet. Afinal a tendência é a banca larga se disseminar pelas classes mais pobres.

    FONTE: educacao.uol.com.br

    MAIS SOBRE O ENEM

    Saiba quais são as notas máxima e mínima em cada prova do Enem

    Candidato deve acessar site do MEC para conferir resultado.
    Sistema de escolha de vaga começa só na sexta-feira.

    Do G1, em São Paulo


    O Ministério da Educação divulgou as notas máxima e mínima em cada prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As notas são diferentes para cada parte. A escala não vai de 0 a 1.000, mas varia conforme o nível de dificuldade das questões e o desempenho dos estudantes para cada questão. A nota mínina é a menor pontuação obtida na prova. A máxima, por sua vez, é a maior que um candidato tirou naquela parte.

    Confira as notas máxima e mínima de cada prova do Enem
    Área do conhecimento Menor nota TRI observada Maior nota TRI observada
    Ciências da Natureza e suas Tecnologias 263,3 903,2
    Ciências Humanas e suas Tecnologias 300,0 887,0
    Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 224,3 835,6
    Matemática e suas Tecnologias 345,9 985,1

    Veja também: Tire todas as suas dúvidas para entender as notas do Enem

    A nota média dos alunos concluintes no ano passado no Enem (excluidos treineiros e egressos) é 500. Quanto mais para cima de 500 o candidato tiver tirado, melhor terá sido o seu desempenho. O inverso também vale: quanto mais abaixo de 500 tiver sido a nota, pior foi o seu resultado.

    Para ter acesso ao resultado do Enem, é preciso acessar o site do MEC, informando o CPF do candidato e a senha contida no Cartão de Confirmação, enviado aos inscritos pelos Correios, ou com o número de inscrição ao exame, mais a senha.

    Em vez da soma simples do número de acertos, as notas são calculadas por um sistema de computador que dá uma pontuação diferente de acordo com o tipo da questão –isso é chamado de Teoria de Resposta ao Item (TRI). As perguntas da prova avaliam competências diferentes e têm graus de dificuldade variados também. As mais complexas valem mais. Por isso, o candidato não consegue chegar à nota da prova simplesmente somando as suas respostas certas.

    terça-feira, 26 de janeiro de 2010

    A PURA VERDADE

    KIT BRASIL BRASILEIRO


    *Vai transar?*
    O governo dá camisinha.
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    *Já transou?*
    O governo dá a pílula do dia seguinte.

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    *Teve filho?*
    O governo dá o Bolsa Família.

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    *Tá desempregado?*
    O governo dá Bolsa Desemprego.
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    *Vai prestar vestibular?*
    O governo dá o Bolsa Cota.
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    *Não tem terra?*
    O governo dá o Bolsa Invasão e ainda te aposenta.
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    *Mas experimenta estudar e andar na linha pra ver o que é que te acontece!*

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    segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

    SEM ENADE , SEM DIPLOMA

    25/01/2010 - 17h29

    STJ mantém decisão que proíbe formanda de colar grau por não ter feito o Enade

    FONTE: Amanda Cieglinski
    Da Agência Brasil
    Em Brasília

    O STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve o entendimento de que universitários não podem receber o diploma caso não participem do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Uma estudante do curso de direito entrou com um mandado de segurança contra o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) porque faltou ao exame e estava impedida de colar grau.

    O presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha, negou o pedido em caráter liminar. O mérito da ação ainda será julgado. Segundo o tribunal, o ministro "entendeu não estarem expostos os requisitos que autorizam a concessão e afastou a plausibilidade jurídica do pedido", ou seja, não havia necessidade de uma análise de urgência.

    Pela lei que instituiu o Enade, o exame é obrigatório e os candidatos convocados que não comparecem à prova ficam sem diploma e devem aguardar uma nova edição da prova para participar e então colar grau. A estudante justificou a ausência no dia da prova por motivo de doença e alegou que "tal fato não deveria impedi-la de colar grau". O STJ ressaltou que está mantida a jurisprudência em "não prover o recurso em casos semelhantes ao da formanda".

    LIVROS DIDÁTICOS: A INDÚSTRIA DO ABSURDO

    São Paulo - Com listas que chegam a até 25 livros por ano, colégios particulares de São Paulo têm incentivado a troca e o reaproveitamento das obras entre os alunos. Em muitas escolas, as famílias economizam até R$ 800 nas feiras de troca, bazares e brechós. Além do aspecto financeiro, pais afirmam que a iniciativa ensina práticas de sustentabilidade desde a infância.

    "Todos os livros que estão em boas condições a gente reaproveita, e eu ensino minha filha a não rasgar e rabiscar", conta Luzia Bouzan Costa, mãe de uma aluna do Colégio Santa Maria, na zona sul da capital. Luzia afirma que 80% dos livros que a filha Cristina usará vieram do brechó. "Economizei cerca de R$ 500 com as trocas." Apenas os livros de inglês, cujas respostas são escritas nas próprias folhas, não puderam ser reaproveitados.

    Ela conta que atua como voluntária na organização dos encontros, que aos poucos têm ganhado adesão - em muitos colégios, a ideia das trocas surge nas associações de pais de alunos. "Na última semana de aula, pedimos para as mães trazerem os livros e os uniformes. Separamos o material e depois organizamos o brechó", diz Kelly Cristina Soares, da associação de pais e mestres do colégio. Neste ano, foram trocados 664 livros no brechó.

    O presidente da associação de pais e mestres do Colégio Santa Amália, João Boani, de 51 anos, já teve três filhos ao mesmo tempo no colégio. Com a feira, ele conseguia conter os gastos das listas de material. "Eu trocava bastante, dava para economizar até R$ 1 mil", lembra. No ano passado, a feira promoveu a troca de 200 livros.

    FONTE: As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

    ESTUDAR E TRABALHAR. EIS O DILEMA

    Dupla jornada de trabalho e estudos prejudica universitários, mostra pesquisa

    Da Redação*
    Em São Paulo
    Universitários que também trabalham sofrem com problemas da redução do sono, como alto nível de sonolência diurna e o aumento no tempo de reação, que pode, por exemplo, estar relacionado a acidentes de trabalho.

    A longo prazo, os efeitos das poucas horas dormidas podem ficar mais graves. O indivíduo pode desenvolver um distúrbio de sono e episódios de micro-sonos involuntários durante o dia, em que a pessoa dorme sem perceber enquanto está realizando alguma atividade.

    Essas são algumas das conclusões de uma pesquisa desenvolvida pela bióloga Roberta Nagai Manelli, da FSP (Faculdade de Saúde Pública) da USP (Universidade de São Paulo). O estudo conclui que a dupla jornada - profissional e acadêmica - interfere negativamente no tempo que estudantes universitários dedicam às aulas.

    A tese de doutorado "O trabalho de jovens universitários e repercussões no sono e na sonolência: trabalhar e estudar afeta diferentemente homens e mulheres?" mostra que os universitários que trabalham durante o dia e estudam à noite apresentam redução no tempo de sono durante os dias úteis da semana e têm "rebote de sono" aos finais de semana.

    "Durante os dias de trabalho, os estudantes têm um 'dia longo', pois acordam muito cedo por causa do trabalho e dormem muito tarde devido à vida acadêmica. Com essa dupla jornada, eles apresentam expressiva redução no tempo de sono, o que pode influenciar negativamente o desempenho acadêmico, no trabalho e no tempo livre que dispõe durante a semana. Os universitários que têm jornadas de trabalho mais longas foram aqueles que mais faltaram às aulas, comprometendo o desempenho acadêmico", explica Roberta.

    Foi observado que os estudantes que trabalham dormem, em média, de 5 a 6 horas por noite. Segundo a pesquisadora, não é possível dizer se é uma média baixa, pois isso depende de cada um. "Há pessoas conhecidas como 'grandes dormidores', que precisam dormir mais de 8 ou 9 horas por noite e existem também os 'pequenos dormidores', que precisam dormir bem menos do que 8 horas", diz.

    Padrões de sono

    Algumas diferenças foram verificadas nos padrões de sono da faixa etária estudada. A principal diferença está em relação à duração de sono e sonolência entre homens e mulheres. "Como já havia sido observado na literatura, a duração do sono das mulheres foi maior que a dos homens. Tanto nos dias de trabalho quanto nos finais de semana essa diferença foi em torno de 1 hora. Alem disso, as mulheres apresentaram maior eficiência de sono. No entanto, ainda assim, as mulheres apresentaram maiores níveis de sonolência quando comparadas aos homens e maiores tempos de reação", explica Roberta.

    Nos finais de semana foi observado o chamado "rebote de sono", no qual a duração de sono foi mais de 1,5 horas maior se comparada aos dias de trabalho. Segundo a pesquisadora, "os resultados da pesquisa mostraram que menores níveis de sonolência e tempos de reação mais rápidos foram observados nos finais de semana. Possivelmente, o aumento do alerta no domingo pode ser um reflexo de duas noites de sono em que os jovens puderam dormir o quanto desejavam".

    *Com informações da Agência USP

    O QUE AS ESCOLAS PODEM COBRAR ???

    Escolas podem cobrar copos de plástico e papel higiênico na lista de material escolar?

    Uma criança consegue usar 18 lápis pretos, 500 folhas de papel sulfite ou 14 tubos de cola durante um ano letivo? E precisa levar almofada, fone de ouvido, papel higiênico ou 800 copos descartáveis para a aula?

    Para alguns colégios particulares de São Paulo, a resposta é sim. Esses exemplos estão em algumas das listas de material didático de 21 escolas obtidas pela Folha. Os alunos estão no ensino fundamental.

    Entidades de defesa do consumidor fazem um alerta: a escola só pode incluir na lista produto que tenha relação direta com o ensino. Por isso, os pais devem se recusar a mandar itens de higiene ou copos plásticos, por exemplo.

    * As informações são do Portal Aprendiz.

    Você acha que as escolas podem cobrar copos de plástico e papel higiênico na lista de material escolar? Opine.

    terça-feira, 19 de janeiro de 2010

    EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO NO VERMELHO

    Paulistanos reprovam educação pública da cidade de São Paulo, revela pesquisa Ibope

    Simone Harnik
    Em São Paulo


    A educação da cidade de São Paulo merece nota vermelha, na opinião dos paulistanos. Ela recebeu nota 5, em uma escala de 1 a 10 (a média seria 5,5), de acordo com uma pesquisa do Ibope Inteligência, feita a pedido do Movimento Nossa São Paulo.


    Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19) e fazem parte do Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município). A ideia é medir o nível de satisfação dos moradores da cidade.

    Em educação foram medidos oito quesitos - todos ficaram abaixo da média:

    O QUE FOI AVALIADO NA EDUCAÇÃO PAULISTANA
    Qualificação dos profissionais da educação nas escolas5,4
    Envolvimento das famílias na educação dos filhos5,2
    Formação e condições de trabalho e estudo dos profissionais de educação5,1
    Quantidade de vagas em creches, pré-escolas e escolas em locais próximos à sua moradia4,9
    A adequação da formação educacional para o acesso ao mundo4,9
    Acesso ao ensino superior de qualidade4,8
    Promoção da cidadania e da democracia na educação4,8
    Respeito, valorização e reconhecimento aos profissionais da educação4,6
    Quesito Média

    A presença de manifestações culturais nas escolas também foi considerada insuficiente pelos entrevistados, e recebeu nota média de 5 pontos. Já a inclusão de portadores de deficiências na rede escolar foi considerada ainda pior: a nota média da cidade foi de 4,3.

    A sensação de desigualdade também paira no ambiente escolar. Os paulistanos se mostraram insatisfeitos com o acesso à rede, e deram nota 4,3 para o quesito.

    QUALIDADE DOS SERVIÇOS
    Creches7,4
    Educação infantil7,1
    Educação especial7,0
    Ensino de jovens e adultos6,7
    Ensino fundamental6,6
    Ensino médio6,6
    Nível escolarMédia

    Qualidade dos serviços

    Somente entre os usuários da educação e suas famílias, a opinião é mais favorável aos serviços municipais. Veja as médias na tabela ao lado.

    O objetivo do Irbem é formar um conjunto de indicadores que servirão para que a própria sociedade civil, governos, empresas e instituições conheçam as condições e os modos de vida dos cidadãos.

    Na primeira fase do processo de formulação do índice foi realizada uma consulta pública pela internet que contou com a participação de 37 mil cidadãos de toda São Paulo. Eles informaram que itens consideravam importantes para a pesquisa.

    Com isso, foi realizada uma consulta de 2 a 16 de dezembro de 2009, com 1.512 habitantes de São Paulo com 16 anos ou mais. O Ibope Inteligência, responsável pela medição, estima que a margem de erro seja de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

    FONTE: educacao.uol.com.br

    PRECISA-SE DE PROFESSORES

    Censo aponta sobra de vagas em cursos públicos para professores



    ANGELA PINHO

    da Folha de S.Paulo, em Brasília

    Ao mesmo tempo em que faltam professores com formação adequada no ensino básico, estão sobrando vagas oferecidas por instituições públicas em cursos de pedagogia e licenciatura em disciplinas como biologia e matemática.

    Veja as páginas de classificados de empregos da Folha Online

    De acordo com o Censo da Educação Superior de 2008 (o mais recente), naquele ano 4.468 vagas não foram preenchidas nos processos seletivos para cursos de formação de professores em universidades e centros tecnológicos federais e estaduais, principalmente em cidades do interior.

    Esse número representa 6% das vagas disponibilizadas para o primeiro ano de pedagogia e licenciaturas dessas instituições. Nas demais áreas, esse percentual cai para 3,5% --ficaram vagos, por exemplo, 14 lugares em cursos de direito. Em medicina, 5.

    A sobra de vagas em cursos de formação de professores contrasta com a escassez de profissionais com formação adequada nas escolas públicas.

    Segundo estudo do Inep (instituto ligado ao Ministério da Educação) feito com dados de 2007, mais de um em cada quatro professores do ensino básico não tem a habilitação exigida por lei --ensino superior com magistério.

    Além disso, grande parte dá aulas em disciplinas diferentes da sua formação, o que ocorre principalmente em ciências. Em física, apenas 25% dos professores são graduados exatamente em física.

    Para suprir essa deficiência, instituições públicas têm aberto cada vez mais cursos nessas áreas, mas a resposta tem sido, em muitos casos, desanimadora. É o caso da UFG (Universidade Federal de Goiás). Em 2008, das 40 vagas para licenciatura em física em Jataí, cidade a 327 km de Goiânia, apenas 6 foram ocupadas.

    "É desanimador", diz Henrique Almeida Fernandes, professor e coordenador do curso. "A gente se prepara tanto tempo para dar aula e chega lá e vê uma turma com poucos alunos que já chega desmotivada com a perspectiva profissional", afirma.

    Assim como Fernandes, outros professores e coordenadores de cursos atribuem as vagas ociosas e a baixa concorrência no vestibular à desvalorização do magistério.

    A consequência, além da dificuldade de formar profissionais qualificados, é que as instituições acabam não conseguindo atrair os melhores alunos do ensino médio para seus cursos de pedagogia e licenciatura, o que depois vai se refletir na qualidade da educação básica, diz Mozart Neves Ramos, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e presidente do movimento Todos pela Educação.

    Segundo ele, em sua universidade, a nota mínima no vestibular para um aluno de medicina foi de 8,29 pontos, em uma escala de 0 a 10. Para um aspirante a professor de matemática, ficou em apenas 3,29.

    Além do desinteresse

    Universidades que tiveram vagas de pedagogia e licenciatura não preenchidas apontaram também outros fatores possíveis para explicar o fato, além da pouca valorização da carreira.

    Henrique Mongelli, pró-reitor de graduação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), afirma que a instituição terá que analisar se ainda há demanda em cursos em que sobram vagas em cidades pequenas.

    A secretária de Educação Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci, concorda que a desvalorização da carreira interfere na sobra de vagas, mas afirma que o quadro irá melhorar com medidas como o piso salarial do professor e a lei que permite ao aluno de universidade particular ter o curso pago pelo Estado em troca de trabalho em escolas públicas depois da formatura.

    Ela diz também que a ociosidade de vagas deve diminuir com o novo sistema de seleção implantado a partir de fevereiro, que unifica o vestibular de diversas federais.

    FONTE: educacao.uol.com.br

    MAIS UMA VERGONHA PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

    Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está no ensino médio

    Amanda Cieglinski
    Da Agência Brasil
    Em Brasília

    Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio, etapa de ensino adequada para esta faixa etária, e apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior em 2007. Esses são alguns destaques da pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado hoje (19) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).


    O estudo aponta que houve avanços no acesso de jovens à educação. Em 2007, 82% dos jovens de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: apenas 48% estava no ensino médio.

    Para o diretor de estudos e políticas sociais do instituto, Jorge Abrahão, a educação é vista pelos jovens como uma força positiva. "Os jovens entendem a educação como um caminho para melhorar a vida. Mas o jovem enfrenta no processo de escolarização problemas de desigualdades de oportunidades", aponta.

    A cor, o nível de renda e o local onde mora o jovem interfere nas oportunidades de acesso. Em 2007, 57% dos brasileiros de 15 a 17 anos que residiam em áreas metropolitanas frequentavam o ensino médio, contra pouco menos de 31% no meio rural.

    Abrahão destaca que o jovem ainda se divide entre os estudos e o mercado de trabalho e aqueles que conseguem frequentar a escola precisam lidar ainda com o problema da baixa qualidade do ensino. "A escola ainda está fundamentada em uma estrutura antiquada, o que torna para o jovem pouco atraente aquele período em que ele se mantém na escola", diz.

    No ensino superior, entre 1996 e 2007, a taxa de frequência líquida cresceu 123%. Mas o percentual de jovens na faixa etária dos 18 aos 24 anos que têm acesso à etapa ainda é apenas de 13% - muito abaixo da meta de 30% estipulada para 2011 no Plano Nacional de Educação (PNE).

    A renda é fator determinante para o acesso do brasileiro à universidade: a taxa de frequência daqueles que têm renda mensal per capita de cinco salários mínimos ou mais (55%) é dez vezes maior do que entre a população que ganha até meio salário mínimo (5%).

    O estudo do Ipea destaca que o Brasil ainda tem 1,5 milhão de jovens analfabetos (15 a 29 anos). Segundo a pesquisa, "a manutenção do número de analfabetos no país em patamar elevado está relacionada à baixa efetividade do ensino fundamental". De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) de 2007, 44,8% das pessoas analfabetas com 15 anos ou mais já haviam frequentado a escola.

    FONTE: educaçao.uol.com.br

    FALTOU NA ESCOLA PERDE O BOLSA ESCOLA


    Governo cancela 23,5 mil benefícios do Bolsa Família por baixa frequência escolar

    O Ministério do Desenvolvimento Social cancelou neste mês 23,5 mil benefícios do Bolsa Família por baixa frequência escolar. Outros 94.640 benefícios foram suspensos por 60 dias e outros 100 mil tiveram o pagamento bloqueado neste mês pelo mesmo motivo.


    As sanções foram aplicadas às famílias cujos alunos de até 15 anos não frequentaram pelo menos 85% das aulas e para os estudantes de 16 e 17 anos que não tiveram até 75% de frequência escolar.


    Segundo o ministério, as sanções são feitas de forma gradativa. Para as famílias com estudantes de até 15 anos, primeiro é feita uma advertência e, se não houver alteração na frequência, o benefício é bloqueado. Se a baixa frequência continuar, o repasse é suspenso por 60 dias pela primeira vez. Se houver cinco descumprimentos consecutivos, o benefício é definitivamente cancelado.


    No caso dos adolescentes de 16 e 17 anos, bastam três descumprimentos consecutivos para que o benefício seja cancelado.


    O objetivo das sanções graduais é identificar o motivo que está levando os estudantes a não cumprirem os percentuais mínimos exigidos para a família continuar a receber o benefício, que varia de R$ 22 a R$ 200.


    Para receber o Bolsa Família, as famílias devem ter uma renda per capita mensal de até R$ 140 e para mantê-lo elas precisam cumprir as condições nas áreas de educação e saúde.

    FONTE: FOLHAONLINE

    88º: É O LUGAR DO BRASIL EM EDUCAÇÃO


    Brasil é 88º em índice de desenvolvimento da educação

    Dos quatro dados que a Unesco usa para montar o IDE, em três o Brasil vai bem e tem resultados acima de 0,900 - o mínimo para ser considerado de alto desenvolvimento educacional. São bons os números de atendimento universal, analfabetismo e igualdade de acesso à escola entre meninos e meninas. Já quando se analisa o índice que calcula quantas das crianças que entraram na 1ª série do ensino fundamental conseguiram terminar a 5ª série, o País despenca para 0,756, um baixo IDE.

    Educação no mundo

    O relatório de 2010 do programa Educação para Todos, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aponta que 72 milhões de crianças no mundo ainda estão fora da escola. No ritmo atual, serão ainda 56 milhões em 2015, e não há indícios que isso será acelerado nos próximos anos.

    O analfabetismo atinge ainda 759 milhões de pessoas e a perspectiva é que diminua para 710 milhões nos próximos 15 anos. Sem contar que a má qualidade das escolas e a alta evasão não garantem que o acesso às salas de aula se transforme em ensino efetivo.

    Dos 128 países para os quais a Unesco obteve dados para esse relatório, 62 devem atingir as metas de acesso à educação de qualidade. Outros 36, entre eles o Brasil, estão a caminho, mas tem resultados mistos, com problemas especialmente no analfabetismo e na qualidade. Trinta 30 estão longe das metas e até regredindo, como é o caso da República Dominicana e da Venezuela.

    sábado, 16 de janeiro de 2010

    CRIANÇAS ECOTIRÂNICAS: COMO LIDAR

    Como lidar com crianças "ecotirânicas"

    Por: Içami Tiba

    A vida não começa quando se nasce. Existe uma gravidez prévia e o preparo dos pais antes da gravidez. Nem a vida termina quando o que nasceu morre. Naturalmente ele deixa filhos e netos. Assim a vida continua e a humanidade caminha.

    O cérebro humano não nasce pronto e continua se desenvolvendo por quase três décadas, mas continua aprendendo o resto da vida, desde que não adoeça ou sofra um acidente precocemente.

    O período em que o cérebro mais se desenvolve é nos primeiros anos de vida da criança. Esta nasce sem um mínimo de conhecimento racional e consegue absorver o mundo que o cerca em pouco tempo. Basta verificar a dificuldade que um adulto tem para aprender uma língua nova, adquirir um comportamento novo ou largar um vício já arraigado dentro dele. Este potencial incrível de aprendizado está sendo desperdiçado pela nossa sociedade.

    Outros desperdícios

    Os maiores desperdiçadores são pais: na linha de pobreza que mal têm o que comer; analfabetos; dependentes químicos; psicóticos; neuróticos graves; deficiência mental grave; ausentes no convívio com as crianças; adolescentes com gravidez precoce; mãe solteira sem ajuda da família etc. Estes não têm condições de oferecer os cuidados mínimos necessários em saúde nem promover estímulos necessários para um bom desenvolvimento dos seus filhos, que chegam à escola já em desvantagem nas áreas cognitivas e emocionais em relação a outras crianças melhores assistidas.

    Esta desvantagem vai se consagrando com a idade e propiciam repetências e abandonos escolares que, por sua vez, fortalecem as diferenças sociais, a perpetuação da ignorância e da pobreza, da violência social, dos analfabetos e analfabetos funcionais e o desemprego em um país que precisa de empregados. A atual escola sozinha e os pais conseguem diminuir, mas não reverter esta desvantagem.

    Bons pais

    Famílias desenvolvem filhos competentes, com boa auto-estima e integrados numa sociedade competitiva quando os pais têm cultura e educação, leem em voz alta para os seus filhos, fornecem estímulos lógicos e desafios com jogos educativos, não os negligenciam nas mãos de terceiros (creches, babás, irmãos com pequenas diferenças de idade, funcionários outros etc.), acompanham suas tarefas diárias (sim, crianças têm suas obrigações adequadas às suas idades), corrigem os seus erros e cobram o que lhes foi ensinado (fazendo-os arcar com as consequências dos seus comportamentos inadequados). É a diferença existente entre a criação silvestre (largada) e educação orquestrada (integrada) dos filhos.

    Assim, o investimento na educação das crianças tem que ser iniciado com os seus próprios pais e/ou responsáveis e professores da primeira infância em grande escala.

    Cenas domésticas que contribuem para o melhor entendimento do que expus são muito comuns. Escolhi a das crianças ecotirânicas em relação aos seus pais. Tirania é o método preferido dos incompetentes para reinarem. Dê poder a um ignorante que ele mostrará a ignorância no poder. Se um filho é criado como um príncipe herdeiro, e seus pais que se submetem aos seus caprichos ele abusará da tirania para impor seus conhecimentos e vontades.

    São filhos que aprendem na escola o valor do consumo da água potável e da luz, tornam-se tiranos na sua aplicação em casa. Tornam-se ecochatos e ecotiranos, impondo o que sabem em vez educar e ensinar os seus pais no que estes não sabem. Não respeitam autoridade educativa dos pais. Sem reconhecimento nem respeito ao próximo não há educação.

    Educação e respeito

    Não é a submissão dos educadores aos caprichos, destemperos e desmandos dos filhos que que fará deles cidadãos éticos, mas sim investindo na sua educação.

    James Heckman, americano, prêmio Nobel de Economia de 2000 afirmou que "para cada dólar aplicado, a sociedade ganhou nove", baseado em um estudo feito em educação na primeira infância em Michigan, Estados Unidos.

    O Brasil, estando entre os dez maiores PIBs do mundo, tem como recuperar sua educação que está entre os piores do mundo se de fato ela receber uma real e ética priorização pública e familiar.

    Içami Tiba

    Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 25 livros.

    PCs MAIS BARATOS PARA PROFESSORES

    Projeto de lei sugere PCs mais baratos para professores da rede pública

    Da Redação

    Um Projeto de Lei em análise pela Câmara dos Deputados propõe isentar a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em computadores adquiridos por professores da rede pública de todo o Brasil.

    No caso de os professores importarem as máquinas, o texto também sugere a isenção de Pis/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A proposta ainda precisa ser analisado pelas comissões de Educação e Cultura, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Eliene Lima (PP-MT), autor do projeto 6088/09, afirma que o incentivo à compra de computadores por meio da redução da carga tributária pode beneficiar a qualidade da ensino no país. "De posse dos equipamentos, os professores terão acesso a um arsenal de informações que poderão ser utilizadas nas aulas", disse, segundo a Agência Câmara.

    FONTE: educacaouol.com.br

    ESPANHOL NA REDE PÚBLICA: FALTA RESPEITO AOS ALUNOS

    País não está apto a oferecer espanhol na rede pública

    A inclusão do espanhol no currículo dos estudantes do ensino médio, obrigatória a partir deste ano, não estará implementada até o início das aulas na maior parte dos Estados brasileiros. As dificuldades para a oferta do idioma na rede pública estão na falta de planejamento, de professores e de material didático, além de divergências na interpretação da lei.

    De acordo com a Lei 11.161, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto de 2005, as escolas são obrigadas a oferecer espanhol no ensino médio, no horário regular de aula. A matrícula do estudante será facultativa, ele escolhe se quer ou não fazer. A lei deu cinco anos para que a medida entrasse em vigor - prazo que acaba em agosto.

    De 25 Estados procurados pela reportagem, apenas 8 disseram estar com a infraestrutura pronta para oferecer espanhol: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

    No entanto, apenas o Rio terá aulas para todo o ensino médio. Os outros terão só em um dos anos, numa proposta semelhante à de São Paulo, que começará com as aulas em agosto. Todos os outros Estados, incluindo as regiões Norte e Nordeste, afirmaram que ainda estão se organizando e, para isso, esbarram na falta de professores.

    Há no país 12,7 mil professores do idioma, segundo dados do Inep, do Ministério da Educação, para cerca de 8 milhões de alunos que cursam o ensino médio. A presidente do Conselho Nacional dos Secretários da Educação, Yvelise de Souza Arco-Verde, do Paraná, afirma que o ensino de idiomas é um problema histórico e que, neste caso, as redes deixaram para a última hora. "Há dificuldade para formar professor, para ter material didático. É todo um ensino que precisa ser debatido."

    O próprio Conselho Nacional de Educação não deliberou sobre o tema. "A lei não normatiza sobre a oferta para cada um dos anos do ensino médio. Os conselhos estaduais devem decidir sobre isso", diz Cesar Callegari, da Câmara de Educação Básica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    FONTE: www.educacaouol.com.br