quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

PROFESSOR NÃO FICA DOENTE, MORRE...


Em Salvador, professores exigem plano de saúde para iniciar ano letivo; 140 mil estão sem aula

Heliana Frazão
Especial para o UOL Educação
Em Salvador

Cerca de 140 mil alunos da rede municipal de Salvador ainda estão de "férias forçadas". As 414 escolas da capital baiana estão paralisadas há 17 dias devido à greve dos professores.

Os docentes reivindicam aumento no quadro de funcionários e plano de saúde privado. Os representantes da categoria alegam, ainda, que a prefeitura não cumpriu os acordos feitos. Segundo eles, o plano de saúde já estaria garantido.

Em assembléia realizada na tarde da quarta-feira (24) a categoria decidiu manter a paralisação pelo menos até o dia 2 de março, quando voltará a se reunir para uma reavaliação do movimento, tomando como base no resultado da sessão realizada pela Casa Legislativa.

Os alunos da rede municipal estão sem aula há 17 dias. Nas escolas particulares o ano letivo começou no dia 9 de fevereiro e, na rede estadual, no dia 22.

Está prevista para a segunda-feira (1º), a apreciação, na Câmara de Vereadores, do projeto de lei que cria o plano de saúde dos servidores municipais. Entretanto, a matéria ainda não foi enviada ao Legislativo, o que deve ocorrer na sexta-feira (26).

Secretaria garante reposição

Segundo a secretaria municipal de Educação, o calendário letivo não será prejudicado em razão do movimento dos professores. Todos os dias perdidos serão repostos. O coordenador geral de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult), Manoel Calazans, acredita que em se tratando do início do ano torna-se mais fácil a reposição.

Ivana Cabral do sindicato dos trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), disse que a disposição de parte da categoria era suspender as aulas desde o ano passado. "Evitamos o quanto pudemos", disse a representante".

Ela ressalta que os professores estão sem assistência efetiva de saúde há seis anos: "Queremos mais atenção do prefeito e um bom plano que atenda as necessidades da categoria".

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) explica que o processo de negociações tem sido ininterrupto. E, por isso, o órgão não vê motivos para a paralisação. Segundo a pasta, os dois pedidos estão sendo providenciados.

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