segunda-feira, 30 de agosto de 2010

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ( portas abertas para o futuro)

Como utilizar o TCC para abrir portas no futuro?

SÃO PAULO - O último desafio do estudante na universidade pode ser encarado
como uma porta de entrada para o seu futuro. O TCC (Trabalho de Conclusão de
Curso) por muitas vezes é usado como principal chamariz no currículo para se
conseguir um emprego.

"Um bom trabalho de TCC pode ser usado como portfólio do candidato a uma vaga
de trainee ou emprego, valendo mencioná-lo no currículo. A avaliação se dará em
função da relevância do tema do TCC para a atividade da empresa", afirma a
supervisora de relacionamento com instituições de ensino do CIEE (Centro de
Integração Empresa-Escola), Laura Alves.

Segunda a profissional, o estudante deverá ter cuidado com a estruturação, a
fundamentação, o texto, as ilustrações e a formatação, enfim, empenhar-se ao
máximo em apresentar um projeto de qualidade, lembrando que existem técnicas
específicas para essa tarefa.

O próprio CIEE, por exemplo, mantém em seu site um curso gratuito de Educação
à Distância, que visa apresentar subsídios teóricos e práticos referentes às etapas
que compõem o desenvolvimento de um trabalho científico, seja um TCC, uma
monografia, uma dissertação ou tese, por meio de exemplos e estruturas de fácil
entendimento.

TCC na empresa

O TCC pode, inclusive, ser aplicado em uma empresa. "Ao abrir suas portas para
um estudante fazer uma análise de caso, a empresa vê a oportunidade de iniciar
um bom relacionamento com futuros profissionais ou parceiros; de ter sua corporação
analisada em ambiente acadêmico; de identificar pontos positivos e negativos de sua
atuação; e, em alguns casos, a possibilidade de adotar o projeto com vistas à melhoria
de processos e produtos", reconhece a especialista do CIEE.

Contudo, Laura recomenda que, se a empresa for objeto exclusivo do TCC do
estudante,
ele terá de procurá-la para desenvolver o projeto. Caso a companhia seja apenas
parte do trabalho ou uma das fontes, é importante (tanto para o projeto quanto
para o contato)
que o jovem se informe antes sobre ela, por meio de seu site ou dos noticiários.

"É importante também estar munido de uma carta de indicação do professor-
orientador.
Depois de concluído o TCC, o jovem deve encaminhar cópias para a pessoa que
o atendeu
e para o presidente da empresa, com cartas de agradecimento", avalia a especialista.

De fato, a contratação, a partir de um TCC, pode ou não acontecer e dependerá
do fato da existência ou não de vagas na companhia. Entretanto, é importante
demonstrar interesse
em trabalhar ou em ser efetivado, revela Laura.

Trabalhando para o futuro

A mesma regra do trabalho de conclusão eficiente se enquadra no curso de Sistemas
para Internet, da Veris Faculdades, onde, por meio do projeto "TCC Profissionalizante",
os alunos ganham a chance de se prepararem para o mercado de trabalho praticando responsabilidade social.

Coordenado pelo professor Jefferson Pezeta, o projeto, que possui parceria com
diversas ONGs (Organizações Não-Governamentais), proporciona ao estudante a
chance de desenvolver ou reformular um site para uma destas instituições.

“A elaboração do TCC começa no segundo semestre do curso com a orientação de
professores especializados. Os alunos desenvolvem o projeto com foco nas necessidades
da instituição selecionada e, durante esse período, apresentam sugestões e melhorias,
fazendo os ajustes necessários de acordo com as orientações da entidade para quem
estão trabalhando”, afirma Pezeta.

De acordo com o professor, a iniciativa ajuda o aluno a se colocar no mercado de trabalho,
já que o produto desenvolvido por ele poderá ser utilizado como parte de seu portfólio de apresentação. Cerca de cem alunos já passaram pelo projeto, segundo ele.

domingo, 22 de agosto de 2010

LER, É O GRANDE SEGREDO DO SUCESSO II

Por que ler é fundamental?

Carla Caruso"

"A leitura da palavra é sempre precedida da leitura do mundo."
Paulo Freire

Afinal por que se afirma que é tão importante ler? Para responder a essa questão, vamos lembrar que o texto - seja de que natureza for - está sempre pronto a ser compreendido, decifrado e interpretado. O processo da leitura exige um esforço que garante uma compreensão ampliado do mundo, de nós mesmos e da nossa relação com o mundo.

Na Roma antiga, o verbo "ler" - do latim legere - além de ler, também podia significar "colher", "recolher", "espiar", "reconhecer traços", "tomar", "roubar". Para os romanos, então, ler era muito mais do que simplesmente reconhecer as palavras e frases dos outdoors de uma avenida, dos índices de desempregos noticiados nos jornais, do discurso político de um candidato à presidência da República, de um poema ou de um conto, de um romance ou de um filme.

Ler é compreender os discursos, mas também é completá-los, descobrindo o que neles não está claramente dito. Talvez "recolher" seja buscar as pistas que o texto tem, "espiar" seja distanciar-se um pouco e não de imediato aquilo que está sendo proposto, "tomar" e "roubar" talvez queira dizer estar prontos a captar, capturar, se apropriar daquilo que está escondido nas entrelinhas de um texto.

Um desfile de palavras vazias?

É assim que a leitura se torna criativa e produtiva, pela descoberta dos sentidos do texto e a atribuição de outros. Do contrário, ela se torna apenas assistir a um desfile de letras, palavras e frases vazias, diante de olhos tão passivos, quanto sonolentos.

O mundo simbólico se amplia diariamente. A maior parte dos fenômenos, sejam de natureza política, econômica, social ou cultural, fazem parte de um registro contínuo do homem. Também a reinvenção da realidade por meio dos textos literários, que constroem uma nova linguagem, nos dá a dimensão das emoções, sentimentos, críticas e vivências do homem, na sua busca de sentido para a existência.

Nos contos, crônicas, romances, poemas, nos mais variados textos criados, há sempre um universo interior e exterior de pessoas que vivem ou viveram num determinado tempo e espaço. Ler os textos escritos e as diversas linguagens inerentes ao ser humano é ampliar o nosso próprio mundo simbólico, é desenvolver nossa capacidade de comunicar e criticar, enfim, é um ato contínuo de recriação e invenção.
* Carla Caruso é escritora, pesquisadora e realiza projetos de capacitação de professores no Estado de São Paulo.

Confira quatro conselhos para estimular as crianças a se tornarem leitoras

Elisa Estronioli
Em São Paulo

Se precisa descobrir como funciona o celular novo, você vai encontrar instruções no manual. Está em busca de informações sobre alguma lei? Textos poderão ajudar você a compreender seus direitos. Se alguém querido está longe, cartas ou emails são fontes de notícias. A palavra escrita é fundamental para nos conectarmos com a realidade.

"Também existe uma importância mais profunda: à medida que tem o hábito de ler, você se confronta com um jeito de organizar o pensamento que é de outra pessoa. Isso é fundamental para o desenvolvimento cognitivo", explica Isabel Santana, professora de Educação Infantil e gerente da Fundação Itaú Social, que organiza a Olímpiada de Língua Portuguesa. "Sem contar a importância fundamental pra o enriquecimento de vocabulário e da expressão”, completa.

A leitura, quase um instrumento de sobrevivência, também pode ser fonte de prazer. E é mais fácil descobrir esse encanto quando a intimidade com a palavra escrita existe desde a infância. Mas como incentivar as crianças a desenvolverem o hábito da leitura?

“A gente não sabe como se forma o leitor – tem pistas. Não existe uma receita mágica”, adverte a professora Norma Sandra de Almeida Ferreira, da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Ainda assim, há algumas orientações que, se não garantem que a criança vire uma devoradora de livros, pelo menos a ajudam a ter mais familiaridade com esse objeto tão fundamental. Confira:

Tereza Cristina Barbosa

1. Ler na frente dos filhos

O primeiro fator, e talvez o mais importante, para estimular as crianças a desenvolverem o gosto pela leitura, é viver entre pessoas que valorizam o ato de ler. Ao ver os pais lendo, a criança aprende que aquela atitude é um modelo que deve seguir. “Esse gesto parece banal, mas é aprendido. A criança vê que aquele objeto é diferente, que o jeito de manusear não é como o de um carrinho, por exemplo”, diz a professora Norma Ferreira, da Unicamp. “Em um ambiente onde não há esse letramento, é muito mais difícil a criança desenvolver o hábito”, diz Isabel Santana.

2. Contato com livros em casa

Para Norma Ferreira, a educação do leitor começa, literalmente, no berço: “pode deixar pegar [os livros], manusear, colocar no chão, levantar, quanto mais cedo melhor. Há diferentes tipos de livros: de plástico, de pano, com folhas mais grossas, grandes, pequenos, que a criança pode tocar.” [veja alguns exemplos neste link]

Mesmo antes de começar a ler, é importante que a criança tenha contato com o objeto, reforça Isabel Santana. “A princípio a gente tem medo de estragar os livros dando para as crianças. É uma cena muito comum nas escolas: elas veem a professora lendo, escutam, mas não tocam. Na minha percepção, isso é equivocado. A criança tem que vivenciar o livro como um objeto.” Assim, se já vive em contato com a palavra escrita, conforme a criança vai se alfabetizando, começa a ler espontaneamente. Também é educativo levar as crianças a espaços como bibliotecas e livrarias -- ou, ainda, aproveitar a Bienal para um passeio de final de semana.

3. Ler em voz alta para os pequenos

Além de mostrar a importância da leitura e estimular a imaginação das crianças, ler em voz alta tem uma outra função: “Ler não é uma atividade como tricotar ou cozinhar, que dá para fazer vendo televisão. Tem um tempo próprio, em que os pais param apenas para ler junto com os filhos. Isso cria um laço afetivo muito forte”, diz Norma Ferreira. “Conheço depoimentos de adultos que se lembram do jeito da mãe fechar os olhos quando lia histórias para eles na infância.”

Isabel Santana lembra que, nessas contações de história, é importante dar a oportunidade para a criança conversar sobre o que está sendo lido: tirar dúvidas, dar opiniões. “Quando as pessoas estão interessadas em saber coisas novas e associam a escrita com esse lugar de buscar conhecimento, o interesse pela leitura se faz naturalmente. Por isso é importante que, quando os pais estiverem lendo, deem espaço para a criança participar. Isso cria o significado e o sentido para o desenvolvimento da leitura.”

As duas especialistas reforçam a importância de fazer desse ritual uma rotina: seja antes de dormir, depois do almoço, todo domingo. Para Isabel, é importante que o exercício seja diário. “A infância é a fase mais simples pra desenvolver hábitos, desde escovar os dentes até a leitura. Ambos exigem frequência, rotina, constância. Uma ação esporádica na infância não é suficiente pra desenvolver o hábito.”

4. Lidar com leituras "impróprias"

Uma vez que a criança desenvolveu o interesse pelo universo letrado, como os pais podem ter o controle sobre aquilo que está lendo? Como "protegê-la" de conteúdos impróprios? “É complicado estabelecer com segurança o que é um conteúdo adequado para alguém”, diz Isabel. “Quando essa decisão ocorre no interior da casa, acho que os pais devem recorrer ao bom-senso.” Além disso, afirma, é importante que os pais conversem sempre com os professores das crianças para saber o que eles estão lendo na escola e “ampliar os horizontes dos pais”.

Norma complementa: “Uma maneira é sempre acompanhar o que ela está lendo. Mas, cá entre nós, leituras proibidas sempre aconteceram. Proibir não adianta, o melhor é conversar.”

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SÓ CONTEÚDO...CONTEÚDO...CONTEÚDO...


Emendas incham currículo escolar com novos conteúdos

São Paulo - Além de português, matemática, história, geografia e ciências, nos últimos três anos os alunos do ensino básico de todo o País se viram obrigados a estudar filosofia, sociologia, artes, música e até conteúdos como cultura afro-brasileira e indígena e direitos de crianças e adolescentes. Também incham o currículo escolar temas como educação para o trânsito, direitos do idoso e meio ambiente.

De 2007 até o mês passado, emendas incluíram seis novos conteúdos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação. Há ainda leis específicas, que datam a partir de 1997, que complementam a LDB. Outras dezenas de projetos com novas inclusões tramitam no Congresso. Esses acréscimos representam um desafio a todos os gestores, mas em especial aos da rede pública, onde a maioria dos alunos não consegue aprender satisfatoriamente português e matemática.

Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, a Secretaria da Educação teve de cortar aulas de história no ensino médio em 2008 para cumprir a lei e aumentar as de filosofia e incluir sociologia na grade. Na época, os estudantes do período diurno tiveram uma redução de cerca de 80 aulas de história, na soma dos três anos letivos do ensino médio.

Paula Louzano, pesquisadora da Fundação Lemann, defende a discussão do currículo do ensino básico de forma integral como forma de combater os remendos na LDB, muitas vezes com tendências corporativistas. "Não sou contra as aulas de música, mas quero discutir o todo, não que cada grupo vá individualmente e faça pressão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Plínio diz que perpetuação da pobreza está relacionada à qualidade do ensino público

Carolina Pimentel
Da Agência Brasil
Em Brasília

O candidato do P-SOL à Presidência da República, Plínio Sampaio, disse segunda-feira (16) na gravação do programa 3 a 1 da TV Brasil que, caso eleito, pretende aumentar o repasse de recursos para melhorar a qualidade da rede pública de ensino e impedirá que as escolas privadas sejam lucrativas. O programa vai ao ar hoje (18) às 22 horas.

Para o candidato socialista, a diferença de qualidade entre as escolas públicas e as particulares é um dos motivos para a “perpetuação da pobreza” no país. Ele alega que uma criança que frequenta a rede pública tem menos chance de obter uma boa colocação no mercado de trabalho quando comparada com uma que estuda numa instituição privada.

“O que eu quero tirar é o serviço de instruir como se fosse mercadoria. Isso é que gera as escolas que são fábricas de diploma. Ninguém pode ficar rico educando criança”, afirmou.

Outra proposta de Plínio é estatizar todos os hospitais e clínicas particulares como forma de garantir o acesso universal ao atendimento médico.

Sobre reforma agrária – principal bandeira de sua campanha -, o presidenciável do P-SOL defende que as propriedades rurais sejam limitadas a 1 mil hectares e controlada pelos trabalhadores. Ele disse que se a reforma não for feita o país corre o risco de enfrentar conflitos armados no campo. Sob o comando dos lavradores, Plínio garante que o Brasil aumentará a produção de alimentos para o consumo interno e para a exportação. “Se você fizer a reforma agrária, quem vai mandar é o trabalhador. Vamos exportar alimento adoidado, mais do que soja e cana”, afirmou.

Plínio Sampaio, que foi um dos articuladores do plano de reforma agrária do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, fez críticas aos governos de Lula e de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, os dois presidentes favoreceram o acúmulo de capital da classe rica em detrimento do bem-estar da massa trabalhadora.

Ao responder a pergunta de uma telespectadora sobre redução de impostos, o candidato propôs uma diminuição dos tributos que incidem sobre os produtos para impedir que as classes ricas e pobres paguem o mesmo valor. “Você hoje paga o mesmo imposto que o Eike Batista [dono de uma mineradora e considerado um dos homens mais ricos do Brasil]”, disse.

O presidenciável assumiu o compromisso de, se eleito, “arrebentar” com a especulação imobiliária, impedindo que os imóveis fiquem desocupados com o intuito de ganhar mais valor de mercado e propõe, inclusive, instituir o aluguel compulsório caso alguém mantenha esse tipo de especulação.“Ninguém pode segurar um terreno, uma casa para esperar valorização”, afirmou.

Durante a entrevista, Plínio, que tem 80 anos de idade, contou como tem sido a relação com o eleitorado jovem. Ele informou que todas as noites responde a perguntas da juventude pela rede social do Twitter. “O que mais me encanta é que a garotada foi com a minha cara. Os velhos, acho que me veem com simpatia, porque sou da geração deles”, disse.

Perguntado se apoiaria a candidata do PT, Dilma Rousseff, ou do PSDB, José Serra, em um eventual segundo turno das eleições, Plínio preferiu não tomar posição é afirmou que o “jogo só termina quando acaba”. A petista e o tucano são os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto. Plínio aparece com menos de 1% da preferência do eleitorado.

O presidenciável foi entrevistado pelo colunista do jornal Correio Braziliense, Luiz Carlos Azêdo, pela diretora-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), jornalista Tereza Cruvinel, e pelo jornalista da TV Brasil, Eudes Junior.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A VERGONHA ESTÁ AUMENTANDO

Desigualdade educacional cresce em 14 estados

As diferenças entre o desempenho das escolas aumentaram em 14 das 27 redes estaduais nos anos finais do Ensino Fundamental, aponta estudo do Todos Pela Educação. A pesquisa foi feita com base em uma comparação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2005 com o de 2009.

Veja a nota técnica com as análises sobre os dados

* A desigualdade é medida pelo coeficiente de variação que, tecnicamente, é calculado na divisão do desvio padrão pela nota média no Ideb.

Baixe aqui as planilhas sobre as redes estaduais
Baixe aqui as planilhas sobre as redes municipais

"As informações mostram que o País tem um desafio grande a enfrentar até a universalização da qualidade do ensino", afirma Mozart Neves Ramos, membro do Conselho do Todos Pela Educação.

Segundo os dados, das 14 redes, quatro não atingiram as metas definidas pelo Ministério da Educação. Ou seja, ficaram aquém nas médias e ainda apresentaram maior variação de desigualdade na oferta do ensino.

"Podemos notar também que, quanto maior o Ideb do estado, menor a desigualdade educacional nele", diz Mozart. Isso pode ser concluído pelo gráfico abaixo. Os pontos representam os estados - no eixo horizontal está o Ideb e, no vertical, a medida da desigualdade.

Na análise dos municípios, foram considerados somente os que têm 15 ou mais escolas com Ideb registrado em 2005 e 2009 - resultando num total de 205 redes. Foi estudada a oferta nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Com isso, foi possível notar que 124 cidades se tornaram mais desiguais educacionalmente - ou seja, houve um aumento na diferença de desempenho entre as escolas. Dos municípios que cumpriram a meta do Ideb, 119 apresentaram maior variação de desigualdade na oferta do ensino e 62 menor.

Em geral, nos municípios, também é possível observar que, quanto maior o Ideb, menor é esta variação em sua rede. No gráfico estão pontuadas todas as cidades que têm mais de 15 escolas e tiveram o Ideb 2009 divulgado. No eixo horizontal está o Ideb e, no vertical, a medida da desigualdade.

As análises levam em conta dois momentos: o cenário do Ideb em 2005 e o de 2009. Nestes quatro anos, mais escolas passaram a participar da Prova Brasil, que compõe o indicador do Ministério da Educação (MEC).

Um número maior de instituições participantes pode fazer com que uma rede fique mais ou menos desigual - o que pode ter alterado o cenário de 2005 para 2009.

O estudo foi dividido em duas partes: para avaliação da equidade nos anos finais do Ensino Fundamental foram utilizados os dados das escolas estaduais, já que esta etapa do ensino fica a cargo, principalmente, das unidades da federação; já a verificação da desigualdade nos anos iniciais do Ensino Fundamental usou as informações das escolas municipais, pois as prefeituras são as maiores responsáveis por esta etapa do ensino.

(Todos pela Educação)

FONTE: www.aprendiz.uol.com.br

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

INICIADO PROJETO EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Escola pública inicia projeto de

educação financeira


TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO


Estudantes de escolas públicas vão agora estudar orçamento doméstico, poupança, aposentadoria, seguros e financiamentos -- assuntos que interessam a todos, mas

queapavoram até os pós-graduados.

A partir de hoje, 450 escolas públicas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro,

Minas Gerais, Ceará, Tocantins e do Distrito Federal iniciam aulas do projeto-piloto

de educação financeira, que pretende chegar a mais de 200 mil instituições de ensino

oficial e erradicar o analfabetismo financeiro no país.

O piloto envolverá 15 mil estudantes do ensino médio em 2010 e 2011.

No próximo ano,

o teste chegará a escolas do ensino fundamental.

Com a ajuda de entidades do mercado de capitais, os educadores desenvolveram

conteúdos de educação financeira para todas as nove séries do ensino fundamental

e as três do ensino médio.

Os professores que levarão o conteúdo para a sala de aula foram treinados no

primeiro semestre deste ano.

Não haverá mais uma disciplina na sala de aula; o conteúdo será distribuído

nas aulas de matemática, história, ciências sociais e até português.

Quem decide a disciplina é a escola.

No Brasil, a matemática financeira e os juros compostos só são ensinados na

universidade, apesar de o conteúdo ser mais simples do que aspectos da álgebra

e da trigonometria, que estão no currículo do ensino médio.

PREPARO FINANCEIRO

Segundo José Alexandre Vasco, superintendente da CVM (Comissão de Valores

Mobiliários), a educação financeira nas escolas é incentivada pela OCDE (Organização

para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e faz parte do currículo escolar de

mais de 60 países.

"Temos novos consumidores que estão enfrentando situações para as quais não foram preparados. Seus pais não viveram essa realidade. Há uma responsabilidade moral da

sociedade de ajudar essas pessoas", disse.

Para medir o impacto das aulas na vida dos alunos, as entidades de mercado buscaram

ajuda financeira e técnica do Banco Mundial, que também está preocupado com essa

deficiência nos países em desenvolvimento.

Depois de aplicado o conteúdo nas primeiras 450 escolas, os alunos e as famílias serão submetidos a pesquisa para avaliar a retenção de conhecimento e eventuais mudanças de comportamento na gestão de recursos.

A avaliação será feita com alunos de outras 450 escolas que não tiveram o conteúdo.

Com base nos resultados, o programa didático será aperfeiçoado antes de ser aplicado

nas 200 mil escolas da rede pública no país, a partir de 2012. Só a avaliação custará

R$ 1 milhão.

"É uma metodologia parecida com os testes de um remédio. Metade da população

recebe o remédio e a outra metade, o placebo", disse.

O projeto é iniciativa de entidades do mercado de capitais como Febraban (bancos),

Anbima (bancos e gestores) e BM&FBovespa e dos reguladores CVM, BC, Susep

(seguros) e Previc (previdência), que traçaram uma estratégia nacional de educação

financeira, com supervisão do Ministério da Educação.


FONTE: www.folha.uol.com.br

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SABER GANHAR E SABER GASTAR

Alunos do ensino médio de 450 escolas públicas terão aulas de educação financeira

Isabela Vieira
Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro

Dicas simples de como gastar bem o salário ou a mesada, ajudar a organizar as despesas da família e evitar gastos desnecessários são lições que começam a fazer parte da rotina de estudantes de 450 escolas públicas do país.

A partir da próxima segunda-feira (9), um projeto piloto de educação financeira, elaborado por órgãos reguladores do sistema e instituições privadas, será aplicado em colégios do ensino médio de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Tocantins, do Ceará, do Distrito Federal e de Minas Gerais

A ideia é inserir, nas aulas de português, matemática, sociologia e história, com apoio de material didático específico e um site na internet, informações sobre riscos e vantagens de compras a vista, a prazo, explicar como funciona o juro e como fazer um orçamento.

"O conteúdo será um tema transversal nas diferentes disciplinas, não será algo específico do conteúdo de matemática, tampouco uma disciplina a mais", explicou o superintendente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), José Alexandre Vasco.

O curso completo será dado a alunos do segundo ano do ensino médio e vai durar um ano e meio. Além das aulas, o projeto inclui a participação dos pais por meio de workshops e da avaliação dos resultados por uma consultoria especializada, com acompanhamento do Bird (Banco Mundial).

Somente a etapa de avaliação custará R$ 1 milhão e envolverá mais 450 escolas onde o curso de educação financeira não será aplicado (para fins de comparação), totalizando 900 colégios no projeto - durante apresentação da iniciativa, não foi informado o valor total da iniciativa.

Os professores que levarão esse conteúdo para sala de aula participaram de capacitação durante o primeiro semestre do ano e terão suporte para as aulas. Eles são de escolas que já participavam de outros projetos com os organizadores e se candidataram voluntariamente.

Aulas de educação financeira fazem parte do currículo escolar de 60 países, entre eles, Holanda, Japão e Estados Unidos. Para o representante do Banco Central no projeto, José Linaldo, as informações vão ajudar a população a não se influenciar pelas armadilhas das propagandas ou do crédito fácil.

A próxima etapa do projeto prevê a extensão do curso para o ensino fundamental em 2011. "Estamos elaborando o material didático", contou José Alexandre Vasco

terça-feira, 3 de agosto de 2010

PRA DURMIR BEM...


QUEM FAZ O BEM, DORME BEM...MUITO BEM MESMO.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

VAI CEARÁ....EDUCAÇÃO TRATADA COMO LIXO...

Formação

36,1% dos professores de escolas cearenses não têm diploma

Quatorze anos após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a universalização do ensino superior para os professores está longe de acontecer. Pior: cresceu o número de professores sem diploma nas escolas

Larissa Lima - 02/08/2010 02:00


Na sala de aula, os professores incentivam os estudantes a passar nas provas, avançar nas séries e seguir com os estudos. No entanto, de acordo com os dados do Censo Escolar de 2009, 36,1% dos docentes das escolas públicas e privadas ainda não conseguiram chegar ao ensino superior. Os docentes da educação básica também não conseguiram melhorar em escolaridade nos últimos anos. Em 2007, o percentual de professores sem graduação era de 32,8%.

O aumento do número de profissionais nesse perfil foi verificado nacionalmente no mesmo período. No Ceará, ele foi ainda maior, proporcionalmente. O pior quadro em escolaridade é o que atua na educação infantil, com creche e pré-escola. Dos 18.519 professores declarados ao Ministério da Educação (MEC), 57,4% não têm graduação no Estado. O levantamento do Censo inclui rede pública e privada em todas as modalidades da educação básica: educação infantil, ensino fundamental e médio, educação profissional, especial e de jovens e adultos.


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), aprovada em 1996, trazia como princípio de formação que todos os professores da educação básica deveriam ter concluído o ensino superior. A legislação admitia, no entanto, que para as séries iniciais, das creches até o atual 5º ano do ensino fundamental, os professores poderiam ter finalizado o ensino médio “normal” ou “pedagógico”. Atualmente, o que é somente “admitido” pela legislação ainda representa boa parte dos docentes nessas faixas de ensino.


“Vulnerabilidade” e “emergência” foram termos usados por especialistas consultados pelo O POVO quando questionados sobre o comprometimento da qualidade da educação diante do desafio crescente de formar mais professores. O presidente do Conselho Estadual de Educação, Edgar Linhares, considera que a situação é mais grave do que a especificada pelo Censo. Ele calcula, com base nos dados preliminares enviados ao órgão pelas 9.458 escolas credenciadas no Estado, que mais de 70% dos professores não possuem formação adequada para o conteúdo que ensinam ou para a faixa etária em que atuam.


Linhares explica que inclui nesse perfil os professores da educação infantil. “A rigor, eu posso considerar que ninguém é ainda licenciado em Educação Infantil, na medida em que o Conselho Nacional de Educação ainda não definiu a estrutura dessa licenciatura”. O presidente do Conselho Estadual situa que a atual situação de escolaridade dos professores é herança de um histórico de políticas emergenciais que ampliaram e até massificaram o acesso às escolas no Brasil, especialmente no ensino fundamental. Sem profissionais com formação adequada, era preciso promover cursos de curta duração e fazer contratações no “improviso”.


Com a vigência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) desde 2007, o reforço de recursos na ampliação da educação infantil e da educação de jovens e adultos pode ter causado um efeito parecido. “Continuamos numa situação de emergência. O Estado e os municípios têm a maior boa vontade, mas não têm condição de formar montanhas de professores. E às vezes, nem em todo lugar tem (professores qualificados)”, complementa Edgar Linhares.

E-Mais

Só a partir de 2007, o Censo Escolar analisa os dados dos professores individualmente. Antes, os dados eram compilados por “função docente”, que correspondia a uma vaga de professor. Os dados anteriores não podem ser comparados com os atuais porque um professor podia ocupar mais de uma vaga.

Ainda assim, os dados do Ministério da Educação (MEC) por função docente mostram que, entre 1995 e 2005, houve crescimento do número de professores com ensino superior no Brasil.

Questionado via assessoria de imprensa sobre a diminuição de professores com ensino superior no País, o MEC informou sobre ação de incentivo às licenciaturas a distância, por meio da Universidade Aberta do Brasil, e sobre aumento de vagas de cursos de licenciatura nas instituições federais de ensino superior.

Para Eloísa Maia Vidal, pesquisadora da área de Educação e professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), os custos são determinantes na contratação dos profissionais para atender à demanda de turmas com crianças de 4 e 5 anos. “O valor do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) não dá para cumprir as despesas de creche. Os municípios fizeram isso (aumentaram as turmas) chamando professores sem nível superior, porque é mais barato”.

LEIA AMANHÃ

Na segunda e última reportagem da série Professores sem canudo, O POVO mostra que a valorização do magistério é um dos maiores gargalos na melhoria do quadro de professores e na qualidade da educação básica no Ceará.

PROFESSORES NAS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS

No Brasil:


Em 2007
1.882.961 professores

594.273 sem ensino superior (31,5%)

Em 2009:
1.977.978 professores

636.800 sem ensino superior (32,1%)


No Ceará

Em 2007:

85.784 professores


28.209 sem ensino superior (32,8%)


Em 2008:
88.491 professores

31.022 sem ensino superior (35%)


Em 2009:
87.067 professores

31.378 sem ensino superior (36,1%)


Percentual de professores sem ensino superior no Ceará, por etapa de ensino, em 2009


Educação Infantil - 57,4%


Ensino Fundamental - 31,9%


Ensino Médio - 11,8%


Educação Profissional - 10,1%


EJA - 40,3%


Educação Especial - 19,4%


Estados com mais professores sem ensino superior no Nordeste, em 2009


Bahia - 66,20%


Maranhão - 63,10%


Alagoas - 55,46%


Piauí - 45,50%


Pernambuco - 43,50%


Paraíba - 41,20%


R. Grande do Norte - 38,90%


Ceará - 36,10%


Sergipe - 33,70%


Obs.: Nacionalmente, o Ceará é o 13º estado com maior percentual de professores sem diploma.


Estados do Brasil com menos professores sem diploma, em 2009:


> Mato Grosso do Sul - 14,30%


> São Paulo - 15,50%


> Paraná - 16,60%


> Distrito Federal - 17,50%


> Santa Catarina - 20,80%


Fonte: Censo Escolar (MEC)

NÚMEROS

9.458

É O NÚMERO DE ESCOLAS CREDENCIADAS NO CEARÁ

domingo, 1 de agosto de 2010

PARA OS INIMIGOS DA EDUCAÇÃO

PARA OS INIMIGOS DA EDUCAÇÃO....SÓ ISTO BASTA.