09/10/2009 - 10:52
Escolas particulares pressionam alunos a fazer o Enem
Agência Estado
Desde 2006, o Ministério da Educação (MEC) passou a divulgar uma nota consolidada das escolas no Enem - antes disso, havia apenas o desempenho do aluno. A nota se tornou o único critério objetivo para avaliar instituições particulares de ensino e passou a ser referencial de qualidade para pais de alunos, norteando as escolhas das famílias para matricular seus filhos. O ranking também aumentou a cobrança interna por melhor desempenho no exame e acirrou a competição entre as escolas privadas.
A Fuvest, que seleciona para a Universidade de São Paulo (USP), além da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a PUC, que reúnem quase 200 mil candidatos, utilizavam há anos o Enem para compor a nota de seus vestibulares. O uso foi descartado após o exame ser remarcado para 5 e 6 de dezembro. O adiamento ocorreu depois que o vazamento do Enem foi revelado ao MEC na semana passada.
“Há um nítido desânimo em prestar o Enem e, se poucos alunos prestarem, isso nos preocupa. A representatividade do Bandeirantes e das principais escolas será mais atingida”, diz Mauro de Salles Aguiar, diretor-presidente do Colégio Bandeirantes, que ficou na terceira colocação no Estado de São Paulo no último ranking do Enem. Aguiar conta que pediu a todos os professores que passem a estimular seus alunos a fazer o exame. “Toda escola boa quer estar adequadamente representada. Daqui a um ano, quando soltarem o ranking, todos vão esquecer dos problemas que houve no Enem.
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