sábado, 31 de julho de 2010

FRAGMENTOS... " ARTUR DA TÁVOLA "

para refletir neste final de férias

Coisas que a vida ensina depois dos 40

Amor não se implora, não se pede, não se espera... Amor se vive, ou não.

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.

As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.

Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.


Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.

Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana.

Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam.

O carinho é a melhor arma contra o ódio.

As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros.

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.

Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor.

O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos
,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

© Artur da Távola - 1936/2008



quinta-feira, 29 de julho de 2010

FUTEBOL E ESCOLA: UNIÃO PERFEITA

Matrícula na escola poderá ser exigida para jogadores de futebol de 12 a 21 anos

Sarah Fernandes

Matrícula e frequência escolar poderão ser pré-requisitos para adolescentes e jovens filiados a clubes de futebol participarem de treinos e campeonatos. A medida valerá caso o Congresso Nacional aprove um projeto que altera a chamada Lei Pelé — com votação marcada para 3 de agosto. Os clubes ficariam responsáveis por monitorar faltas e notas.

O projeto de lei, de número 5186/2005, pretende incentivar os clubes a se enquadrarem na categoria de “formador”, obrigados a oferecer assistência médica e odontológica, além de acompanhar o rendimento escolar dos atletas entre 12 e 21 anos. Também é necessário oferecer alojamento adequado e contato fácil com a família.

Para incentivar os clubes formadores, o projeto de lei determina que eles recebam entre 0,5% e 5% de qualquer venda dos direitos federativos do jogador, dependendo do tempo em que ele permaneceu na escolinha. Atualmente, os formadores só recebem sobre negociações com clubes estrangeiros.

“No interior encontramos trabalho infantil em clubes de futebol, com crianças de 10 ou 12 anos”, conta o deputado José Rocha (PR-BA), autor do projeto de lei. “Com a aprovação, a expectativa é que os clubes passem a oferecer médico, dentista, seguro de vida para os meninos e que só aceitem aqueles que estejam matriculados na escola”.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Direito Esportivo, Luiz Felipe Santoro, a criação de mais clubes formadores é uma urgência. “Eles têm maiores obrigações em relação ao atleta. Com a aprovação da lei os clubes formadores que ainda não propiciam todos os pré-requisitos exigidos pela lei vão ter que se ajustar”.

Em tramitação desde 2005, as alterações na Lei Pelé sofreram rejeições no Senado no começo de julho e voltam a Câmara para a segunda votação, marcada para 3, 4 e 5 de agosto.

Caso paulista

A modificação da Lei Pelé adota um modelo parecido com o implementado no futebol paulista, em vigor desde outubro de 2009, com a aprovação da Lei 13.748, segundo Santoro. A Federação Paulista de Futebol ficou responsável por exigir comprovantes de matrícula na hora da inscrição em campeonatos e as agremiações devem pagar multa caso os filiados não estejam na escola. “A grande novidade é a fiscalização. Hoje ninguém verifica se o garoto está matriculado”, afirma.

A fiscalização em São Paulo, porém, deixa a desejar para o assistente social de um dos principais clubes paulistas, que preferiu não se identificar. “O governo do estado vetou a cláusula sobre fiscalização nos clubes, por isso nem sempre a legislação é cumprida”, afirma.

Troca-troca

Além da fiscalização da matrícula, o projeto de lei federal determina que peneiras, treinos e campeonatos não coincidam com o calendário letivo, ao contrário do que acontece, segundo o assistente social. “Muitas vezes o garoto ‘estoura’ na escola e desiste. Eles acabam valorizando mais os treinos”, comenta. “Os clubes devem acompanhar de perto a formação escolar dos atletas”.

O projeto de lei também determina que jovens até 18 anos não possam ter empresários. O contrato deverá ser firmado direto com o clube, a partir dos 16 anos. “Os jovens nas mãos de empresários são os mais vulneráveis. Já vi um garoto com 15 anos que passou por seis clubes em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, em busca de propostas melhores”, conta. “A cada mudança ele perde o vínculo com a escola e com o clube”.

Rotina

O clube em que o assistente social trabalha é responsável por fazer a matrícula dos jovens na escola, e acompanhar as notas. “Quando os meninos moram com os pais pedimos que para enviarem o boletim, caso haja algum problema fazemos reuniões com a família”, conta. “Com os meninos alojados nós mesmos verificamos os boletins e encaminhamos para os pais, sentamos para conversar com eles caso haja problemas”.

O acompanhamento, porém, não é realidade em muitas agremiações, segundo o assistente social. “Os clubes pequenos não tem assistência social e pedagógica. É preciso fazer um trabalho mais próximo com a família e com o aluno”.

terça-feira, 27 de julho de 2010

FILHO + TALENTO + PAIS

Pais devem observar talento para

ajudar no futuro profissional dos filhos

SÃO PAULO – O mercado de trabalho sofre alterações rápidas e constantes.
Sendo assim, querer que os filhos sigam carreiras tradicionais, como Medicina,
Direito, Engenharia; ou mesmo que dediquem-se a prestar concurso público,
não é garantia de sucesso e, sobretudo, de felicidade no futuro.

Dessa forma, segundo avaliações do sócio da Amrop - Panelli Motta Cabrera,
Martin Bernard, a questão é ajudar as crianças a reconhecerem e desenvolverem
os próprios talentos.
Para isso, explica ele, é importante que os pais sempre questionem os filhos sobre
os motivos que os levam a gostar mais de uma atividade do que de outras.

“Os pais devem auxiliar os filhos a desenvolverem seus talentos, que podem ser
para a área de exatas, comunicação, física, entre outras (…)
Eles devem atentar para as múltiplas inteligências, pois, assim, aumentarão as
chances da criança ser mais feliz e, consequentemente, bem-sucedida no futuro”.

Diferenciação

Além disso, é importante que os pais invistam em cursos e atividades que desenvolvam
nas crianças habilidades que possam vir a diferenciá-las no futuro profissional.

Assim, para o psicoterapeuta e autor da Metodologia OPEE (Orientação Profissional, Empregabilidade e Empreendedorismo), Leonardo Fraiman, os pais devem trabalhar
para que os filhos desenvolvam habilidades interpessoais, relacionamento humano e
tenham conhecimento de si mesmos. Neste caso, podem ser positivos cursos que refinem
a sensibilidade e a capacidade de autoconhecimento, como teatro, ioga, cursos de artes e atividades esportivas.

Fraiman destaca ainda a importância dos pais investirem em cursos que desenvolvam conhecimentos pragmáticos, a exemplo da comunicação, finanças e liderança. Além de incentivarem o empreendedorismo, sempre apontando e observando no dia a dia o motivo
para que algo tenha dado certo ou não.

FONTE: www.economia.uol.ocm.br

MAIS UMA VERGONHA...E TEM GENTE RINDO DISSO

Analfabetismo atinge 3 milhões de jovens trabalhadores rurais

Da Agência Brasil

Cerca de 40% das pessoas entre 16 e 32 anos que moram e trabalham no campo são analfabetas. O analfabetismo atinge 3 milhões dos quase 8 milhões de trabalhadores rurais do país nesta faixa etária, de acordo com a secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Maria Elenice Anastácio. Se forem considerados os habitantes de pequenas cidades que sobrevivem da economia rural, os números podem ser ainda mais preocupantes.

Para Maria Elenice, as condições atuais do ensino obrigam o jovem a escolher entre o estudo e o trabalho. “O trabalhador rural tem que buscar a cidade para ter acesso à saúde, à informação e à escola. Mas como vão pegar um transporte precário para estudar na cidade se estão cansados do trabalho exaustivo?", questionou.

A coordenadora do curso de Licenciatura em Educação no Campo da Universidade de Brasília, Mônica Molina, também apontou a pouca oferta de escolas no campo como responsável pelas altas taxas de analfabetismo. “O interesse em estudar existe. Hoje, o trabalhador dá mais importância ao estudo do que em gerações anteriores, mas quando o aluno chega à 5ª série, dificilmente encontra turmas no meio rural. Então ele precisa ir estudar na cidade mais próxima e acaba desistindo”.

Em pesquisa feita em assentamentos de reforma agrária, Molina constatou que, aproximadamente 70% das escolas rurais, são de 1ª a 4 série, enquanto 25% atendem os alunos de 5ª a 8ª e apenas 4% têm turma de ensino médio. A consequência é que poucos alunos vão além dos primeiros anos de escolaridade. Este fator, somado às faltas, repetição de séries, professores despreparados e recursos didáticos escassos, leva ao analfabetismo funcional. “Sem acesso á escolarização correta na idade apropriada, o jovem acaba perdendo a condição de ler e interpretar após alguns anos”, afirmou Mônica.

Como solução, Mônica e Maria Elenice defendem a ampliação do número de escolas no campo. “De 2005 a 2007 foram fechadas 8 mil escolas rurais e agora temos que garantir as que já existem”, disse Molina. “Não adianta investir em transporte das pessoas para cidades próximas. Poucos vão arriscar a vida em pau de arara para terminar o ensino médio”, completou Maria Elenice.

UM COMPUTADOR POR ALUNO...

Decreto regulamenta programa 1 Computador por Aluno

Foi publicado hoje no Diário Oficial da União o Decreto 7.243, que regulamenta o Prouca (Programa Um Computador por Aluno) e o Recompe (Regime Especial de Aquisição de Computadores para uso Educacional). O Prouca está sendo implantado em diversos Estados brasileiros.

Segundo o decreto, a aquisição dos equipamentos será realizada por meio de licitação pública. As definições, especificações e características técnicas mínimas dos equipamentos para o Prouca serão estabelecidas em ato conjunto dos ministros da Educação e da Fazenda, que poderá ainda determinar os valores mínimos e máximos alcançados pelo programa. O Ministério da Educação já adquiriu 150 mil laptops.

Para inclusão no Recompe, terão prioridade as soluções de software livre e de código aberto e sem custos de licenças, conforme as diretrizes das políticas educacionais do Ministério da Educação. O decreto prevê isenção de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), PIS/Pasep e Cofins, Imposto de Importação e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico para as empresas habilitadas pelo Recompe.

As empresas fornecedoras devem obedecer ao PPB (Processo Produtivo Básico) específico, detalhado no decreto, assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os ministros Fernando Haddad (Educação), Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Sergio Machado Rezende (Ciência e Tecnologia).

TOQUE ESCOLAR - BOA IDÉIA...

Juiz implanta 'toque escolar' em Fernandópolis-SP

Fernandópolis, SP - A cidade de Fernandópolis, no interior de São Paulo, terá a partir de agosto o chamado "toque escolar", que prevê a detenção de todo aluno que for surpreendido fora da escola, durante o horário escolar, e a devolução do faltoso à sala de aula. A medida foi anunciada hoje pelo juiz da Infância e Juventude do município, Evandro Pelarin, o mesmo que implantou o "toque de recolher", em 2005.

Segundo ele, as ocorrências reincidentes não se limitarão ao recolhimento do aluno e sua volta à escola. "Os casos frequentes poderão implicar em sanções aos pais", disse, se referindo à negligência nos deveres do exercício do poder familiar, infração administrativa prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pena para pais negligentes é de multa de três a vinte salários mínimos.

As polícias Civil e Militar e o Conselho Tutelar terão mandados judiciais para coibir a ação dos alunos que "matam" as aulas, buscando-os em ruas próximas das escolas e em lan-houses. Pelarin afirma que o problema de excesso de faltas de alunos matriculados regularmente foi detectado em duas escolas de Fernandópolis, mas há casos pontuais em toda a cidade. "Aluno fora da sala de aula contraria a lei, vamos combater isso", defende Pelarin.


FONTE: www.educacao.uol.com.br

terça-feira, 20 de julho de 2010

PORTUGUÊS: QUE SACO.....


Português é a matéria com pior resultado no Enem

O desempenho na área de Linguagens e Códigos, que mede as habilidades dos jovens em língua portuguesa e interpretação de textos, puxou para baixo a média final das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009. Essa parte do exame foi a única em que nenhum colégio no País atingiu média de 700 pontos, numa escala de 0 a 1.000. Entre as escolas da capital, o melhor desempenho ficou com o Colégio Vértice, com 686,70 pontos.

Nas outras grandes áreas do conhecimento, a maior média dos colégios ficou entre 700 e 800 pontos. Com a maior média geral do País, o Vértice encabeça as notas das escolas da capital em Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Em redação, a melhor média foi do Colégio Batista.

A pontuação máxima abaixo de 700 em linguagens é considerada "preocupante" e um reflexo da chamada "geração Y", educada com a ajuda da internet. Para gestores de escolas, com os jovens cada vez mais conectados em redes sociais, a linguagem desenvolvida no mundo virtual se distanciou da língua culta, empobrecendo o vocabulário e prejudicando a capacidade de interpretar textos mais longos.

"Está tudo muito abreviado, curto, e eles deixam de produzir textos. É tudo copiado: control-C, control-V", diz Maria Martinez, diretora pedagógica do Batista Brasileiro. "Não aceitamos trabalhos copiados da internet. As próprias escolas, às vezes, entregam material pronto para o aluno, que só tem o trabalho de responder, não de elaborar o texto". Diretor do Vértice, Adílson Garcia reconhece que há dificuldade do jovem em adquirir hábitos de leitura. As informações são do Jornal da Tarde.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

SÓ FALTAVA ESTA...E É A PURA VERDADE

Quem gosta de estudar não é admirado no Brasil", afirma chinês

RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO


Guo Qiang Hai, 48, físico chinês que mora em São Carlos (SP) desde 1993, veio para o Brasil sem conhecer ninguém, atrás de uma bolsa na Universidade Federal de São Carlos. Desde 2003 é professor da USP.

Adora o país, mas está preocupado. Tem uma filha de um ano com uma brasileira e acha que as escolas que ela vai frequentar não são tão boas quanto as chinesas.

"Na China a escola é em tempo integral, o aluno sempre volta com tarefa. Se precisar, ele estuda no sábado."

Para Hai, a escola chinesa não é melhor apenas que a brasileira. Ele tem outra filha, que estudava na China até o ano passado. Com dificuldades em matemática, tinha um professor particular.

Quando a menina se mudou com a mãe (também chinesa) para a Austrália, se tornou a melhor da turma na matéria. "Todos falam para ela "nossa, como você é inteligente'", conta Hai, rindo.

"Além de o professor chinês ganhar bem, os alunos respeitam. Existe uma cultura que valoriza o conhecimento. Aqui não é bem assim. Na TV, parece que só se admira quem participou do Big Brother, tem dinheiro, é modelo. A sociedade não põe na cabeça das crianças que elas têm de estudar."

Isso se reflete na qualidade da pesquisa brasileira, diz Hai. Ainda assim, ele diz que a valorização da ciência tem melhorado: "Em São Paulo, não falta financiamento".

Folga

Para o pesquisador é estranho sofrer pouca cobrança. "O docente aqui é funcionário público, não tem tanta pressão como nos EUA ou na China. Aqui existem muitos que se dedicam dia e noite, mas quem não faz nada continua na universidade."

Existem problemas, mas é preciso ressaltar as qualidades do país, diz. "As pessoas são legais, é fácil fazer amizade. Eu gosto muito, gosto do clima. Só português eu achei meio complicado", brinca.

Hai acompanha com otimismo as notícias de seu país. "Quando saí da China para a Europa, em 1988, ela era bem fechada. Hoje mudou muito. Ainda não existem jornais particulares, a TV é estatal. Mas você pode falar com os seus amigos o que quiser. Não é que nem a gente vê na televisão aqui."

Diz se impressionar com o crescimento econômico chinês. "Todo mundo está querendo ficar rico. Deus é grana", brinca. "Se você tem dinheiro, faz o que quiser."

ENEM: A MELHOR E A PIOR ESCOLA

Escolas com melhor e pior notas têm mais de 500 pontos de diferença


Sabrina Craide
Da Agência Brasil
Em Brasília

Uma diferença de mais de 500 pontos separa as escolas de ensino médio com a melhor e a pior colocação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009. Com 749,7 pontos, o Colégio Vértice Unidade II é uma escola particular e está localizado na Zona Sul da capital paulista. Na outra ponta, está a Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, que fica no município de Santo Antônio do Içá (AM), que obteve 249,25 pontos.

Desde que os resultados do Enem começaram a ser divulgados, em 2005, o Colégio Vértice está sempre entre as 10 melhores notas do país e em primeiro lugar na cidade de São Paulo. Segundo o diretor da escola, Adilson Garcia, a formação de um hábito de estudo é o segredo para a boa colocação da instituição.

“Nossos alunos são formados para não querer dominar conteúdo só em véspera de prova bimestral, mas para que o bimestre todo seja de aquisição de conteúdos e conceitos para aplicação em problemas do dia a dia”, diz. Ele explica que, antes de conhecer a matéria em sala de aula, os alunos recebem instruções para estudar em casa, que pode ser um capítulo de livro ou pesquisa na internet.

Além disso, a cada semana, os professores fazem uma checagem do aprendizado, para ver se os alunos estão conseguindo absorver todo o conteúdo. “Quando chega nas provas bimestrais, não tem essa de ficar varando a noite estudando, porque ele já checou durante o bimestre todo.”

A escola conta, atualmente, com 900 alunos matriculados, sendo 210 no ensino médio, onde a mensalidade varia de R$ 2.253 a R$ 2.756. Nesse valor, estão incluídas aulas de reforço, plantão de professores e algumas atividades extra-curriculares, como esportes, sapateado, música, culinária, informática, coral e teatro.

A melhor escola pública foi o Coluni, Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG), com 734,66 pontos, que também foi o destaque no Enem do ano passado. De acordo com a página do colégio na internet, os professores trabalham em regime de dedicação exclusiva, o que permite maior atendimento às dificuldades individuais dos alunos. “O Coluni procura aprimorar seus métodos e suas técnicas de ensino. Isso permite uma aprendizagem efetiva e capacita os alunos para a aplicação dos conhecimentos em situações novas, evitando a simples memorização de conteúdos”, afirma o texto.

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com a direção da Escola Estadual Indígena Dom Pedro I e não obteve retorno do pedido de entrevista feito à Secretaria Estadual de Educação do Amazonas.

FONTE: www.bol.uol.com.br/educacao

ENEM: A HORA DA VERDADE...

Ranking do Enem 2009 mostra desigualdade entre escolas públicas e privadas.


Luana Lourenço
Da Agência Brasil
Em Brasília

Das 20 melhores escolas de ensino médio do país, 12 estão na Região Sudeste e apenas duas são públicas. O diagnóstico, que mostra a desigualdade entre as instituições dependendo da localidade ou do gestor, está no resultado do desempenho por escola no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, divulgado hoje (19) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação.

O desempenho das escolas foi calculado com base na média total obtida por seus alunos nas provas objetivas e na redação. A média nacional, segundo o Inep, foi de 500 pontos. As escolas particulares conquistaram os melhores resultados e são maioria no ranking, com 18 das 20 posições. A melhor escola do país, segundo os resultados do Enem 2009, é o Colégio Vértice, de São Paulo, com média total de 749,7.

Em seguida, estão o Instituto Dom Barreto, de Teresina, com 741,59 pontos, e o Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, que liderou a classificação nos últimos dois anos e, em 2009, teve média total de 741,32 pontos.

As duas únicas instituições públicas da lista das 20 com melhor desempenho no Enem são escolas ligadas a universidades. O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) obteve média total de 734,66 pontos e ficou com a sétima colocação no ranking. Ligado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o Colégio de Aplicação Fernando R. da Silveira teve média total de 722,58 e aparece na 17° posição.

Com 249,25 pontos, metade da média nacional, o pior desempenho no exame foi o da Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, em Santo Antônio do Içá, no Amazonas.

A participação no Enem é voluntária. Escolas com menos de 2% de participação de alunos no exame não tiveram suas médias divulgadas.

FONTE: www.noticias.bol.uol.com.br

domingo, 18 de julho de 2010

MACHADO DE ASSIS...POR QUE LÊ-LO ???

Machado de Assis (1)

Por que lê-lo?

Márcia Lígia Guidin*

Divulgação

Reginaldo Faria era Brás Cubas, no adaptação de André Klotzel para o cinema.


Machado de Assis nasceu em 1839 e morreu em 1908. Foi um escritor do tempo de dom Pedro 2o. Por que, então, ler as obras de alguém que morreu há quase cem anos? Na verdade, poderíamos dar muitas razões acadêmicas e culturais: ele é o maior símbolo do realismo brasileiro, movimento que introduziu no país; fundou a Academia Brasileira de Letras, era genial, veio das classes baixas etc.

Mas o fato é que a melhor razão as pessoas não dizem: ler Machado é muito engraçado. Suas histórias são irônicas, reveladoras de coisas que todo mundo sabe, mas não comenta... Elas falam de valores morais que todos criticam, mas têm.

Quando alguém diz que Machado é "cético", é disso que está falando: esse ótimo escritor não acreditava nas boas intenções, na bondade, na generosidade, no amor romântico, na eterna lealdade.

Máscaras da sociedade

Machado desmascarou com sutileza a falsidade de homens e mulheres de sua época de, sua cidade, de nosso país. Só que as situações e temas de que trata em sua obra são tão universais (amor, adultério, egoísmo, cinismo, apadrinhamentos, pobres e ricos, casamentos por interesse etc.), que nosso escritor pode ser lido em qualquer outro país. Ou seja, temos um escritor brasileiro (na época em que havia poucos), tão importante quanto Eça de Queirós, Dostoiévski, Flaubert.

Machado de ASsis não imitava outros escritores, era original. A personalidade desse autor era tão irônica, tão observadora da realidade, que temos o riso de canto de boca a cada frase em que prestamos melhor atenção.

Essa conversa de que só entenderemos Machado depois de adultos é besteira. O que existe é falta de ajuda de outros leitores (professores, pessoas mais velhas) para começarmos a ler e apreciar esse escritor universal.

O defunto Brás Cubas

Por exemplo, um de seus mais famosos personagens, o solteirão Brás Cubas, do romance "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881) resolve contar sua vida e seus amores depois da sua morte. Ele está entediado na eternidade, não tem o que fazer, é um defunto que vira autor (é, portanto, um defunto autor e não um autor defunto). Como Cubas quer ser original, diz que vai começar sua história narrando sua morte e não o nascimento. Moisés, o grande Moisés, começou pelo começo, diz ele; para ser original, então, vai começar pelo fim.

Perceba: só esse início (a primeira página do romance) já é suficiente para notarmos que esse defunto quer debochar de nós, leitores. E ele vai em frente: diz que havia poucas pessoas em seu enterro, mas um amigo fez um belo discurso à beira de sua cova. Depois, como se não percebesse o que diz, afirma: "Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices" que lhe deixei. Nós, leitores, rimos ao ler a frase, pois está claro que o amigo só fez o discurso (aliás, ridículo, vá ler!) porque havia recebido uma pequena herança. Sugerir o contrário do que de fato diz (ou seja, construir a ironia) é uma especialidade machadiana.

Ironia e linguagem

E nós continuamos a ler o tal romance; com um pouco de irritação com esse narrador estranho e arrogante, mas continuamos. Adiante, Brás Cubas, contando sua juventude (era na verdade um playboy rico e desocupado), apaixona-se por uma prostituta de luxo, com quem gasta muito dinheiro (do pai, é claro). Este ficará furioso, mas Brás Cubas, fingindo certa ingenuidade, nos conta: "Marcela amou-me por quinze meses e onze contos de réis". Esta curta frase é maravilhosa, pois, sem denegrir a moça diretamente, o protagonista nos afirma que o amor dela era profissional, interesseiro, por dinheiro. Marcela não o amava: o autor construiu outra ironia, sugerindo que entendêssemos o contrário do que disse.

E esse romance, tão famoso, vai por aí afora. É só diversão, embora, é claro, com um vocabulário do século 19, o que nem sempre é simples para nós. Na verdade, o tal Brás Cubas se exibe até no uso do vocabulário, ele é pedante. Se prosseguirmos na leitura, conseguimos rir muito, pensando que os vários episódios vividos naquela sociedade (por ele e por todos), são os mesmos nos tempos de hoje. E muitas ações sociais e morais são as mesmas... O pai de Brás Cubas, por exemplo, era um exibicionista. Dava festas muito ricas para 'fazer barulho', para aparecer na sociedade. Quanta gente faz isso ainda hoje, não? Existem até revistas especializadas nessa exibição de ricos e famosos...

Humor inglês

Acabamos percebendo que as pessoas são as mesmas, que o mundo da hipocrisia e farsa social não mudou. Esta sensação é parte do pessimismo machadiano de que tanto nos falam os livros Não gargalhamos, apenas rimos em silêncio, com o canto da boca, para nós mesmos. E este sinal é o famoso humor inglês de que falam os estudiosos: as piadas, as ironias são todas assim, inglesas; o defunto diz o que quer, fingindo não dizer.

Um dos momentos mais cruéis (sim, a ironia às vezes é cruel com os personagens) se chama "A flor da moita". Sabe por quê? Quando pequeno, Brás havia presenciado um beijo às escondidas que um poeta casado dava numa dama solteirona atrás de uma moita da mansão de seus pais. Pois bem, anos depois, conheceu a filha bastarda dessa mesma senhora, a menina Eugênia. Era linda, educada, pura, mas coxa (manca). Eugênia ficou então sendo "a flor da moita" porque concebida no amor ilícito. Por isso teria defeitos. Perceba que Brás é grosseiro, vulgar e deseducado. Mas quem vai punir um defunto? Quem?

Quem inventou Brás Cubas?

Porém: Quem inventou Brás Cubas, que narra em primeira pessoa toda sua história? O verdadeiro autor da obra é Machado de Assis. Pensando melhor, vemos que esse Joaquim Maria Machado de Assis, fluminense, mulato, epilético, casado com Carolina, sem filhos, e muito famoso no Rio de Janeiro inventou um modo muito original de pôr na " boca" de um defunto inventado coisas que ele, Machado, queria dizer.

Quer dizer: o narrador Brás Cubas não é nem nunca será Machado. Mas Machado, usando seu personagem, ironiza a sociedade em que viviam os ricos no Rio de Janeiro.

FONTE: www.educacao.uol.com.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL x SÍTIO FUNDÃO

Educação ambiental na 59ª Expocrato

Em julho de 2010, as dezenas de milhares de visitantes da Expocrato depararam-se com uma novidade bastante curiosa!

O governo do Ceará estabeleceu um stand de educação ambiental por meio do qual convida as pessoas para conhecer o denominado Parque Estadual do Sítio Fundão.

Agora, atenção: embora o governo do Ceará tenha assinado uma ordem de serviço para a instalação do parque estadual em seis meses, faz mais de um ano que o exuberante sítio Fundão está completamente abandonado!

O sobradinho de taipa foi depredado por vândalos, parte da fiação elétrica foi roubada e o mato tomou conta das trilhas. Nem mesmo folders em defesa daquela admirável área foram impressos para os visitantes da cidade.

Por fim, vale esclarecer que o parque estadual ainda está no papel, isto é, estão divulgando mais uma obra imaginada, virtual, futura!

Até quando o Crato será tratado assim?

Como expressar o voto consciente?

Até quando votaremos nos mesmos políticos?

Como defender nossos interesses?

Prof. Eldinho Pereira

domingo, 11 de julho de 2010

SEXO: SERÁ SE CRESCEMOS EM SEPARADO...???

Sexo: Corpo adulto em mente adolescente

Por Içami Tiba

Ainda hoje recebo alguns pedidos sobre como e quando falar sobre sexo com os filhos. Digo ainda hoje, pois o sexo deixou de ser tabu depois da revolução sexual e a internet rompeu fronteiras comportamentais, limites, barreiras e regras que regiam a vida sexual. Nunca chegaremos à vida sexual dos macacos que a nós parece como sendo da mais alta promiscuidade, pois desenvolvemos a civilidade sexual. Aparentemente os macacos fazem o que e quando têm vontade e os macaquinhos vão apreendendo o que os adultos fazem sexualmente à sua volta. A diferença entre os macacos e os humanos é destacada: nós, humanos, apreendemos e aprendemos o que podemos e o que não devemos, ou não, fazer, por termos o cérebro mais desenvolvido e a mente mais evoluída entre todos os seres vivos.

Na escala animal os seres mais desenvolvidos são os mamíferos e nenhum mamífero tem capacidade de reprodução enquanto não puder criar seus filhos. Os humanos são os únicos capazes de reproduzir sem estarem preparados para criar (proteger, sustentar e educar) seus filhos. Isto porque o tornar-se adulto biologicamente não corresponde à sua independência social. Na nossa história, as bisavós já no início da adolescência casavam com alguém que pudesse sustentar a si próprio e a sua família. Hoje, quando adolescentes engravidam, é gravidez precoce - uma vitória biológica, mas um fracasso familiar e social.

Apesar de o humano poder sobreviver sem vida sexual se esta for sua opção, ele terá de lutar bastante contra seus próprios hormônios que são fisiologicamente normais, pois fazem parte de nossa herança genética. É um lutar contra a biologia humana. Vida sexual envolve o prazer de usufruir da sexualidade sem ter a obrigatoriedade biológica da reprodução. Isto significa um prazer na sobrevivência que pode não envolver a perpetuação da espécie.

A natureza não faz nada de graça. Tudo tem uma relação de causa-efeito e uma razão de existir. Não fosse o prazer sexual tão intenso, talvez a nossa espécie estivesse ameaçada de extinção. Se não houvesse orgasmo, talvez os homens preferissem ficar lutando, competindo ou brigando entre si, o que lhes traz também muito prazer, do que ficar se dedicando a ter e cuidar de sua família.

O corpo biológico é facilmente “erotizável” física e psicologicamente. Esta erotização busca o prazer e não a gravidez. O que caracteriza a adolescência humana é o desenvolvimento e amadurecimento das características sexuais secundárias, ou seja, a busca da vida sexual mas não a reprodutiva.

É preciso estar bem orientada e ter conhecimentos para que não ocorra a gravidez precoce, as infecções sexualmente transmissíveis e a promiscuidade ou a mercantilização sexual. Para isso estão há as escolas, os pais, os cursos, a imprensa escrita e falada, a internet... Fontes não faltam. Hoje, os pais não são os únicos responsáveis pela educação sexual dos seus filhos, mas são os únicos a arcarem com as conseqüências dos seus maus usos da vida sexual. Basta acessar o Google e procurar Educação Sexual que em 0,19 segundos surgem 519.000 resultados. Mesmo no www.uol.com.br são milhares de citações para Educação Sexual.

Içami Tiba

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livros.

Içami Tiba responde a perguntas de internautas; confira aqui.
Site: www.tiba.com.br

INOVAR É PRECISO

Arte, esporte e envolvimento comunitário garantem os maiores Idebs do país

Sarah Fernandes

Oficinas de músicas, jogos de futebol, gravações de curtas-metragens e pesquisas de campo. Promover essas atividades e trazer a comunidade para participar foi a receita das três escolas melhor classificadas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — que mede a proficiência dos alunos em português e matemática e a taxa de aprovação — para alcançar os primeiros lugares.

“O currículo é estipulado pelo MEC [Ministério da Educação] e é sempre o mesmo para todas as escolas. O diferencial é como ele é trabalhado, se inclui, por exemplo, artes, música, esportes”, avalia José Carlos de Souza, diretor da escola de aplicação da Universidade Federal de Pernambuco. O colégio foi o primeiro colocado no Ideb para a segunda etapa do ensino fundamental, alcançando nota 8,0 em uma escala de zero a 10. A média nacional foi 4.

O colégio oferece aulas de música, artes e oficinas de cinema. “As escolas de aplicação foram criadas para implantar uma metodologia diferente do ensino mecânico”, conta o diretor. Além disso, a escola tem 45% dos professores com título de mestre e 32% de doutor. As salas têm, no máximo, 30 alunos. A estrutura é estendida para a comunidade em oficinas de música e esportes para outras escolas e para os moradores da proximidade.

“Aqui aprendi a tocar flauta e pandeiro e agora estudo percussão”, conta Aline Dourada, aluna da 6ª série, de 11 anos. “Eu vejo que muitas escolas de amigos meus não oferecem música, artes e francês para os alunos”, conta Aline, que estuda há dois anos na instituição.

As aulas de música que atraem Aline também fazem sucesso entre os alunos da escola carioca D. Pedro II, segundo lugar no Ideb entre a 5ª e a 8ª série, alcançando 7,6 pontos. O colégio público, que completou 172 anos e possui 14 unidades, oferece também aulas de desenho, além de grupos de estudo de ciências sociais e literatura. Ao todo, 85% dos professores são mestres ou doutores.

“A unidade do bairro do Realengo surgiu da vontade de comunidade”, conta a diretora de ensino do colégio, Ana Cristina Cardoso. “Os alunos ajudam a manter uma biblioteca digital frequentada pelas pessoas de fora da escola, além disso, nos articulamos com empresas e universidades para que os alunos desenvolvam projetos de iniciação científica e para recebermos estagiários de licenciatura”.

A aluna Rachel Goulart, que tem 15 anos e está no primeiro ano do ensino médio, lembra que ano passado fez as provas de Português e Matemática do Ideb. “Foi até fácil. Todo conteúdo já tinha sido trabalhado na aula”. Na escola, Rachel faz aulas de latim e um estágio na Fundação Getúlio Vargas. “Depois do colégio pretendo estudar em uma das universidades federais do Rio ou fora do Brasil”, planeja.

Mesmo sucesso, outra estrutura

Há cerca de 300 quilômetros dali, no município carioca Cambuci, a pequena escola estadual Oscar Batista conquistou o terceiro lugar no Ideb com uma estrutura menor que as duas primeiras, mas com ações parecidas. O colégio, que teve nota 7,4, articulou um projeto com a comunidade para combater a evasão e para incentivar os alunos nos estudos.

“No último Ideb [divulgado em 2007] ficamos abaixo da média nacional. Aí reunimos uma equipe de educadores para visitar a casa dos alunos e conversar com os pais para impedir a evasão”, conta a diretora do colégio, Maria José Braga. Além disso, a escola promove projetos de conscientização ambiental, campanhas contra a dengue e apresentações de teatro e cinema para a comunidade.

“O município é muito pobre. Não temos muitas opções de lazer, por isso os alunos e os moradores valorizam muito as atividades promovidas pela escola”, conta a diretora. “Os vídeos são produzidos pelos próprios alunos, em uma oficina que a escola oferece. Eles já fizeram um filme com ex-usuários de drogas da comunidade e os convidaram para assistir”, lembra.

O aluno Walter Augusto, de 15 anos, é coordenador das oficinas de vídeo e de teatro e organizou a construção de uma videoteca na escola. “Estamos cadastrando um acervo com DVDs e fitas. Vamos fazer um cadastro para que os alunos possam levar os materiais para casa”, planeja. Walter também é o vice-presidente do grêmio estudantil, organizado há dois meses como uma das maneiras de atrair os alunos para a escola.

Ele conta que sempre estudou no Colégio Oscar Batista e que ano passado, quando ingressou no 1º ano do ensino médio, conseguiu uma vaga em um colégio federal. “Como era muito distante tive que desistir da vaga, mas gostei da ideia de voltar para essa escola. Gosto muito daqui”, conta. “É uma escola pequena, mas bem equipada. Temos laboratórios de informática, física, biblioteca e agora nossa videoteca”, conta.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

MAIS SOBRE O ENEM 2010

Inep diz que houve erro de digitação na data de prorrogação do Enem

Instituto não atribui culpa ao Diário Oficial da União.
Inscrições serão aceitas até as 23h59 de 16 de julho.

FONTE; G1, em São Paulo

www.g1.com.br


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) afirmou que houve erro de digitação na divulgação da nova data de encerramento das inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A portaria da prorrogação do prazo foi publicada no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (9).

A assessoria de imprensa do Inep ressalta que, em nenhum momento, a falha foi atribuída ao Diário Oficial. A retificação deverá ser publicada na edição do Diário Oficial da próxima segunda-feira (12).

As inscrições do Enem serão aceitas até as 23h59 de 16 de julho. A portaria trazia a informação de que o prazo terminaria em 18 de julho, no mesmo horário.

Segundo o Inep, a decisão atende a uma solicitação dos governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, e de Alagoas, Teotônio Villela. Os dois governadores do Nordeste, preocupados com o impacto das chuvas e das enchentes, fizeram o pedido ao secretário executivo do Ministério da Educação, Henrique Paim, que percorre a região devastada, à frente de um grupo que estuda a reconstrução das escolas destruídas.

As provas do Enem serão realizadas em 6 e 7 de novembro. A taxa de inscrição é de R$ 35. Os alunos de escolas públicas são isentos. As inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet, no site www.enem.inep.gov.br.

ABSURDO!!! ESSE É

ABSURDO!!! ESSE É...

Dos 17 pontos apresentados ao Sr. Governador Cid Gomes (pauta que se reivindica desde 3 anos atrás), nada foi atendido. Apresentou apenas um reajuste de 4.84 linear para todas as categorias, alegando que não poderia dar mais por conta do impedimento eleitoral. "Até gostaria de dar um percentual diferenciado para professor, mas infelizmente a Lei não permitia"(fala de Cid Gomes).
Esse governador teve os três anos anteriores, os seis primeiros meses do ano de 2010 e vem com essa conversa mole de que ele não podia atender as nossas reivindicações.




Penha Lima

terça-feira, 6 de julho de 2010

PROFESSOR: DIPLOMA SERÁ OBRIGATÓRIO

Comissão do Senado aprova lei
que exige diploma de professores

Projeto ainda tem que passar pelo plenário e depois ser assinado pelo presidente

FONTE: Da Agência Brasil
Getty ImagesFoto por Getty Images
Proposta prevê seis anos para que os professores possam se adequar

A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta terça-feira (6) o projeto de lei que obriga que todos os professores da educação básica (ensino fundamental e médio) tenham diploma universitário. A proposta aprovada estabelece um prazo de seis anos para que os docentes sem nível superior possam continuar a exercer seus trabalhos nas escolas da rede pública.

Como foi aprovado pela comissão um pedido de urgência na tramitação, o projeto será enviado direto para o plenário. Se aprovado, ele segue para assinatura do presidente Lula. O projeto altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que não previa a necessidade de curso universitário nesse caso.

A relatora Fátima Cleide (PT-RO) incorporou ao texto algumas sugestões feitas pelo Ministério da Educação. Assim, a lei analisada pelo Senado prevê a exigência de nota mínima no Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) para candidatos a vagas em cursos de formação de professores.

Também foi incorporado ao projeto a oferta de bolsas de iniciação à docência para universitários de carreiras em faculdades que formem professores. A relatora explica que a iniciativa é um incentivo para a formação de profissionais do magistério que venham a atuar na educação básica da rede pública.

SARAMAGO: HOMENAGEM DA PLAYBOY

Cultura

Playboy

por Veronica Schneider, redação ONNE


Revista homenageia Saramago com capa polêmica


Playboy, edição de Julho/2010 (Foto: Reprodução)

São Paulo, julho de 2010
A revista Playboy de Portugal promete criar muita polêmica em sua edição de julho. Para homenagear José Saramago, falecido em 18 de junho desse ano, a publicação fez um ensaio em alusão ao livro O Evagelho Segundo Jesus Cristo (1991). A capa, mundialmente comentada, é muito diferente das tradicionais e não traz nenhuma mulher famosa, mas sim a imagem de Jesus Cristo ao lado de uma modelo nua.

A edição portuguesa ainda traz uma entrevista com o escritor, originalmente publicada na Playboy Brasil, em 1995. Saramago sempre foi polêmico e criticado quando o assunto é religião. Sua oposição ao catolicismo começou a ser exposta em 1991, com o livro que serviu como referência para a revista.

O escritor nunca temeu em expressar livremente seu pensamento. Em passagem por Roma, Itália, em outubro de 2009, o escritor chamou o atual Papa, Bento XVI, de "cínico", afirmando que o único modo de combater a "insolência reacionária" da Igreja Católica é utilizando a "insolência da inteligência viva", dos intelectuais.

Saramago acreditava que, como o Fascismo, a Igreja não se importa com o destino das almas, mas sim com o controle de seus corpos. “Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no poder”, disse em uma de suas declarações.

Assim como grande parte dos países europeus, Portugal atualmente é uma das nações que mais quebra tabus da atualidade. Já aprovou a lei que permite o aborto e ainda luta pela liberação do casamento entre homossexuais. Apesar disso, 85% da população ainda se declara católica, o que deve gerar a desaprovação da capa da Playboy desse mês.

(Foto: Reprodução)

O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991)


"O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo de sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo." Todos conhecem a história do filho de José e Maria, mas nesta narrativa ela ganha tanta beleza e tanta pungência que é como se estivesse sendo contada pela primeira vez. Nas palavras de José Paulo Paes: "Interessado menos na onipotência do divino que na frágil mas tenaz resistência do humano, a arte magistral de Saramago excele no dar corpo às preliminares e à culminância do drama da Paixão".

fonte:www.msn.onne.com.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ideb - 24 % DOS MUNICÍPIOS NÃO CUMPREM METAS

Ideb mostra que 24% dos municípios estão abaixo da meta na 8ª série

Na 4ª série, cerca de 15% tiveram resultado negativo.
Mesma situação ocorre em RR, PI, SE, ES e RJ no ensino médio.

Fernanda Nogueira, Nathália Duarte e Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo

Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta segunda-feira (5) mostram que, apesar da melhoria do país nos resultados, 24% dos municípios ficaram abaixo da meta estipulada para 2009. As notas se referem aos anos finais do ensino fundamental, que equivale à 5ª à 8ª série (6º ao 9º ano). Nos anos iniciais, da 1ª à 4ª (1º ao 5º ano) série, foram 15% das cidades.

Confira o Ideb das escolas da 1ª à 4ª série (arquivo em excel)
Confira o Ideb das escolas da 5ª à 8ª série (arquivo em excel)

No total, 5.404 municípios tiveram nota computada no Ideb na 4ª série. Nos anos finais, foram 5.450 municípios, segundos os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Parte dos municípios analisados pelo instituto ficou sem nota por não ter atingido quantidade suficiente de amostras para o cálculo.

O Ideb leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.

Entre os municípios com as piores notas no Ideb 2009 na 4ª série estão cinco cidades da Bahia, duas do Piauí, duas da Paraíba e uma do Pará. A pior nota foi de Apuarema, na Bahia, com 0,5. A meta da cidade era 2,6. Em 2005, o município teve 2,1 e em 2007 teve 2,7. O Ideb é calculado a cada dois anos.

Na 8ª série, as piores notas foram registradas emcinco cidades da Bahia, três do Rio Grande do Norte, duas de Alagoas, uma da Paraíba, uma do Maranhão e uma de Sergipe. A nota mais baixa foi de Jardim de Angicos, no Rio Grande do Norte, que teve 1,6. A meta do governo federal para a cidade em 2021 é 4,6, enquanto a do Brasil é 5,5.

Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro concentram os 20 municípios com as melhores notas no ensino fundamental. A melhor nota da 4ª série é de Dois Lajeados, no Rio Grande do Sul, com 7,3, e na 8ª série é de Jeriquara, em São Paulo, com 6,6.

Ensino médio

No ensino médio, o estudo aponta que Roraima, Piauí, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro tiveram resultado negativo com relação às metas estipuladas para 2009. Os outros estados atingiram a meta ou superaram a nota. A pior nota estadual é a do Piauí, que atingiu a nota 3, e cuja meta era 3,1. Em 2005 e 2007, o estado atingiu 2,9. A escala vai de 0 a 10.

A meta do governo federal para o país no ensino médio em 2021 é chegar a 5,2. A nota de países desenvolvidos é 6. O estado com a melhor nota nesse ciclo foi o Paraná, com 4,2, que superou a meta para 2009 em 0,5 ponto.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, todos os estados superaram as metas do governo. Nos anos finais, Rondônia, Pará e Amapá ficaram abaixo da meta. O ensino médio foi o ciclo educacional com pior desempenho no país, segundo os dados do Ideb. A situação é preocupante, de acordo com especialistas em educação.

ENSINO PÚBLICO x ENSINO PRIVADO ( UMA VERGONHA)


Rede pública está 3 anos atrás da particular


Apesar de a distância que separa a rede pública e a particular ter caído de 2005 a 2009, um aluno que completa o ensino fundamental em colégio privado sabe, em média, mais que um formado no ensino médio público, com três anos a mais de estudo.

Veja desempenho até 4ª série
Veja desempenho de 5ª a 8ª série

Essas são constatações que podem ser feitas a partir dos resultados do Ideb, principal indicador do MEC de avaliação da qualidade da educação brasileira.

O ministério divulga hoje dados por Estados, municípios e redes. O Ideb agrega num único índice, numa escala que vai de zero a dez, taxas de aprovação de alunos e médias em testes de português e de matemática.

De 2005 a 2009, a diferença entre a rede pública e a particular caiu em todos os níveis pesquisados.

A desigualdade entre as duas redes, no entanto, é gritante ao comparar o quanto um aluno de escola pública aprendeu ao final do ensino médio (antigo 2º grau), em comparação com um da rede privada que finalizou o fundamental (antigo 1º grau).

Como as provas do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica, um dos componentes do Ideb) têm a mesma escala e grau de dificuldade para todas as séries, é possível comparar alunos de diferentes anos.

Em matemática, por exemplo, a média dos estudantes ao final do ensino fundamental na rede privada foi de 294 pontos numa escala de zero a 500. Na pública ao fim do ensino médio, a média é de 266.

Em português, a média foi de 279 pontos em particulares no último ano do ensino fundamental e 262 em públicas ao fim do médio.

Sem surpresas

O sociólogo Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, diz não se surpreender com a distância.

"As escolas privadas têm uma série de vantagens. Podem escolher o aluno, tirar o indisciplinado, têm uma direção com mais autonomia. Nas escolas públicas, isso é mais rígido. Ou seja: se uma escola privada tiver interesse em melhores resultados, dá para trabalhar para isso. Em uma pública, é mais difícil."

Outro ponto a ser considerado é que o nível socioeconômico dos alunos é o fator que, comprovadamente, mais impacto tem nas suas notas. Como os alunos de escolas particulares vêm de famílias mais ricas e escolarizadas, esta diferença não pode ser atribuída apenas ao trabalho da escola.

O presidente da Undime (entidade que representa os secretários municipais de educação), Carlos Eduardo Sanches, diz que, considerando o quanto é gasto por aluno em cada rede, a distância deveria ser maior.

Ele diz que o Fundeb [fundo que distribui recursos públicos por estudante] dá hoje R$ 1.415 por ano por aluno, enquanto uma mensalidade em escola particular já fica, em média, em torno de R$ 800. "É claro que as públicas precisam melhorar, mas, com essa quantidade de recursos, o retrato do sistema privado é que é dramático."

Schwartzman concorda, lembrando que o ensino particular no Brasil, quando comparado com o de outros países no Pisa (exame internacional de avaliação do ensino), deixa a desejar.

"Mesmo as melhores particulares do Brasil são piores do que as dos outros países. São muito orientadas para vestibulares, têm muitas matérias e o mesmo problema com a má formação dos professores no setor público."

FONTE: www.noticias.bol.uol.com.br