segunda-feira, 19 de julho de 2010

ENEM: A MELHOR E A PIOR ESCOLA

Escolas com melhor e pior notas têm mais de 500 pontos de diferença


Sabrina Craide
Da Agência Brasil
Em Brasília

Uma diferença de mais de 500 pontos separa as escolas de ensino médio com a melhor e a pior colocação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009. Com 749,7 pontos, o Colégio Vértice Unidade II é uma escola particular e está localizado na Zona Sul da capital paulista. Na outra ponta, está a Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, que fica no município de Santo Antônio do Içá (AM), que obteve 249,25 pontos.

Desde que os resultados do Enem começaram a ser divulgados, em 2005, o Colégio Vértice está sempre entre as 10 melhores notas do país e em primeiro lugar na cidade de São Paulo. Segundo o diretor da escola, Adilson Garcia, a formação de um hábito de estudo é o segredo para a boa colocação da instituição.

“Nossos alunos são formados para não querer dominar conteúdo só em véspera de prova bimestral, mas para que o bimestre todo seja de aquisição de conteúdos e conceitos para aplicação em problemas do dia a dia”, diz. Ele explica que, antes de conhecer a matéria em sala de aula, os alunos recebem instruções para estudar em casa, que pode ser um capítulo de livro ou pesquisa na internet.

Além disso, a cada semana, os professores fazem uma checagem do aprendizado, para ver se os alunos estão conseguindo absorver todo o conteúdo. “Quando chega nas provas bimestrais, não tem essa de ficar varando a noite estudando, porque ele já checou durante o bimestre todo.”

A escola conta, atualmente, com 900 alunos matriculados, sendo 210 no ensino médio, onde a mensalidade varia de R$ 2.253 a R$ 2.756. Nesse valor, estão incluídas aulas de reforço, plantão de professores e algumas atividades extra-curriculares, como esportes, sapateado, música, culinária, informática, coral e teatro.

A melhor escola pública foi o Coluni, Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG), com 734,66 pontos, que também foi o destaque no Enem do ano passado. De acordo com a página do colégio na internet, os professores trabalham em regime de dedicação exclusiva, o que permite maior atendimento às dificuldades individuais dos alunos. “O Coluni procura aprimorar seus métodos e suas técnicas de ensino. Isso permite uma aprendizagem efetiva e capacita os alunos para a aplicação dos conhecimentos em situações novas, evitando a simples memorização de conteúdos”, afirma o texto.

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com a direção da Escola Estadual Indígena Dom Pedro I e não obteve retorno do pedido de entrevista feito à Secretaria Estadual de Educação do Amazonas.

FONTE: www.bol.uol.com.br/educacao

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