quarta-feira, 29 de setembro de 2010

OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA: BRASILLLLLLLLLL

9/09/2010 - 19h37

Brasil conquista primeiro lugar na Olimpíada Ibero-Americana de Matemática

Da Agência Brasil
Em Brasília

O Brasil conquistou o primeiro lugar na 25ª edição da Olimpíada Ibero-Americana de Matemática, em Assunção, Paraguai. Com duas medalhas de ouro e duas de prata, o país foi o maior destaque entre 21 participantes. O estudante Marcelo Tadeu de Sá Oliveira Sales, de Salvador, que atualmente mora e estuda em São Paulo, obteve o maior número de pontos na competição. A outra medalha de ouro ficou com Deborah Barbosa Alves, de São Paulo.

O catarinense Gustavo Empinotti, que estuda em São Paulo, e Matheus Secco Torres da Silva, do Rio de Janeiro, conquistaram medalhas de prata.

A olimpíada é disputada desde 1985. Os objetivos principais da competição são fortalecer e estimular o estudo da matemática, contribuir para o desenvolvimento científico da comunidade ibero-americana, identificar jovens talentos e incentivar a troca de experiências entre os participantes.

ENSINO FUNDAMENTAL: UM BOM ALICERCE

Ensino fundamental é decisivo para superior, diz estudo

As quatro primeiras séries do ensino fundamental são as mais decisivas para que os estudantes do ensino superior de um Estado demonstrem melhor aproveitamento. Segundo pesquisa realizada pelo Insper (ex-Ibmec-SP), por apresentar maior potencial de melhorias, é o primeiro ciclo que deve merecer mais atenção por parte dos gestores ou do governo.


A pesquisa tem o objetivo de mostrar em que níveis da educação básica nos quais mais esforços devem ser concentrados para que a eficiência das instituições de ensino seja melhorada. A ideia foi medir o impacto que o ensino básico tem no superior, por região do País.


A Região Sul foi a que obteve o melhor resultado - portanto, é a que apresenta as instituições de ensino mais eficientes na relação entre o desempenho do ensino básico e a qualidade do ensino superior: 97,2% de aproveitamento. A Região Nordeste é a pior, com 64,9%. A Região Sudeste obteve 87,3%; a Centro-Oeste, 75,3%; e a Norte, 65,6%. A pesquisa considerou como premissa os alunos terem cursado o ensino básico e o superior no mesmo Estado.


Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores fizeram cálculos estatísticos com dados das 27 unidades federativas. Foram utilizados dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - que mede o fluxo escolar e apresenta médias de desempenho dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio - e um produto representado pela média do Índice-Geral de Cursos da Instituição (IGC), o indicador de qualidade das instituições de ensino superior do Ministério da Educação.


"São as turmas de 1.ª a 4.ª série que merecem mais atenção. Os investimentos no ensino superior têm sido maiores que no ensino básico", afirma Maria Cristina Gramani, uma das autoras do estudo. "Um fato relevante que mostra como o primeiro ciclo precisa de mais investimentos é o próprio salário dos professores, menor que o daqueles que dão aula para classes de 5.ª a 8.ª." Para Maria Cristina, a Região Sul obteve a melhor posição porque seus Estados têm redes menores e apresentam políticas educacionais mais consistentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 26 de setembro de 2010

PRARA QUEM QUER CRIAR VERGONHA NA CARA

É a melhor definição

que já vi e os professores

nunca ensinaram...

QUEM SOU EU?

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...
Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE,

no restaurante FREGUÊS,

quando alugo uma casa INQUILINO,

na condução PASSAGEIRO,

nos correios REMETENTE,

no supermercado CONSUMIDOR.
Para a Receita Federal CONTRIBUINTE,

se vendo algo importado CONTRABANDISTA.

Se revendo algo, sou MUAMBEIRO,

se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE,

se não pago imposto SONEGADOR.

Para votar ELEITOR,

mas em comícios MASSA ,

em viagens TURISTA ,

na rua caminhando PEDESTRE,

se sou atropelado ACIDENTADO,

no hospital PACIENTE.

Nos jornais viro VÍTIMA,

se compro um livro LEITOR,

se ouço rádio OUVINTE.

Para o Ibope ESPECTADOR,

para apresentador de televisão TELESPECTADOR,

no campo de futebol TORCEDOR.
Se sou corintiano, SOFREDOR.

Agora, já virei GALERA.

(se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR ) e,

quando morrer... uns dirão... FINADO,

outros... DEFUNTO,

para outros... EXTINTO ,

para o povão... PRESUNTO...

Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...
E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!!

E pensar que um dia já fui mais EU.

Luiz Fernando Veríssimo

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PÉROLAS DO ENEM 2009 - PARTE II

lÁI SE VAI-SI:
MAIS PÉROLAS DO ENEM 2009.


- " A amazônia tem um valor ambiental ilastimável"

- " Explorar sem atingir árvores sedentárias"

- " Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazonia"

- "Paremos e reflitemos"

- "temos que criar leis legais contra isso"

- "Retirada claudestina de árvores"

- " A camada de ozonel"

- " A amazonia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor"

42 MILHÕES NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Brasil tem 42 milhões de estudantes em escolas públicas, segundo preliminar do censo escolar

Da Redação*
Em São Paulo

Em 2010, o país registrou 42.191.928 estudantes em escolas públicas, segundo dados preliminares do Censo Escolar da Educação Básica de 2010, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O número representa queda de matrículas de 6,8% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 45.270.710 matrículas na rede pública.

As estatísticas, divulgadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24), são relativas às matrículas públicas atendidas pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

O número apresentado, no entanto, deve sofrer alterações, uma vez que há mais de 300 cidades com informações incompletas no sistema. O prazo para envio de dados termina em 24 de outubro. Veja a relação dos municípios que devem mandar complementação de dados.

Os gestores e as escolas devem ter documentos que comprovem as informações declaradas ao censo escolar, para possíveis verificações. O envio dos dados garantem a distribuição do fundo e demais programas que utilizam as informações do censo, como distribuição de alimentação escolar, livro didático e transporte escolar, dentre outros. As redes que permanecerem com dados faltantes podem perder recursos.

Os dados consolidados estão previstos para serem divulgados no final de novembro.

*Com informações do Inep.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

PÉROLAS DO ENEM 2009..

TAVA COM SAUDADE...ENTÃO AÍ VAI..PÉROLAS DO ENEM 2009...E TOME PÉROLAS...

-" Vamos noo unir juntos de mãos dadas para salvar planeta."

- "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu."

- "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação."

-"Espero que o desmatamento seja instinto."

-"A emoção de poluentes atmosféricos aquece o planeta."

-"Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas"

-"Precisamos de oxigênio para a nossa vida eterna."


( AGUARDE NOVAS PRECIOSIDADES...)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

DICAS DE LEITURA: JUDAS, O BEM AMADO

15/09/2010 - 16h42

Bem-amado de Cristo, Judas não traiu Jesus nem se suicidou, mostra romance bíblico

ARIADNE ARAÚJO
colaboração para a Livraria da Folha

Divulgação
Romance bíblico se apóia em descobertas para recontar história de Judas
Romance se apóia em descobertas para recontar história de Judas

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De o mais infame traidor das histórias religiosas, ele foi alçado ao seu verdadeiro papel de discípulo bem-amado de Cristo. A verdade por trás da história de Judas Iscariotes gerou comoção em 2005, com a descoberta de um manuscrito em péssimo estado, no deserto egípcio, que apenas os eruditos desconfiavam existir. Os fragmentos, chamados agora de Evangelho de Judas, abalaram não só pesquisadores no mundo todo, mas fizeram o Vaticano reconsiderar o caso do homem que, por 20 séculos, foi sinônimo de traição.

Em "Judas, o Bem-Amado" (Bertrand), o ensaísta, erudito e romancista Gerald Messadié vai construindo a imagem desse personagem lendário que, de tão dedicado ao seu Mestre, foi arrastado à pior desgraça. Pois, ao contrário do que nos foi contado desde a infância, Judas não traiu Jesus em troca das tais 30 moedas, mas teria atendido a um difícil pedido do próprio Cristo: "Você é quem deve lhes revelar onde estarei, depois da ceia de Nicodemos". Judas, ainda sem fôlego, teve forças de pedir: "Mestre, peça a um outro".

Para escrever seu romance bíblico, Messadié se apoiou em evangelhos canônicos, textos bíblicos e os da exegética moderna, que é a área da teologia cristã que estuda e interpreta livros sagrados. A partir desse material, o autor revela o porquê da hostilidade ferrenha que levou o clero de Jerusalém a pedir a morte de Jesus. Os judeus adoravam o Criador que, no início, criou tudo, o bem e o mal, Jeová e Satã. Mas o Mestre pregava outra coisa: "O Criador é um deus indiferente. Não é o nosso, Somente Jeová é o Deus Bom".

No romance bíblico de Messadié, surge uma história bem diferente da versão tradicional. Além da reabilitação do nome de Judas, o Mestre teria escapado com vida dos suplícios da cruz. Judas viu o Mestre com sangue nos lábios e teve aí um sobressalto. Os cadáveres não sangram. "Ele sabia, ele sabia! Jesus não estava morto!". No túmulo, no Monte das Oliveiras, para onde foi levado, Jesus recobra os sentidos e murmura: "Então estou vivo".

"O que deveria ser, não será", disse Jesus, ao dar-se conta que tinha sobrevivido ao suplício na cruz. Na tumba, aos companheiros, Ele tenta entender: "Então, é uma outra história e não a minha". Pois, para o Cristo do livro de Messadié, se Ele não fora sacrificado conforme era previsto nas Escrituras, a cólera do Pai não tinha sido conjurada e, então, a ignorância iria durar ainda muito tempo no mundo. "O combate, então, será bem mais demorado e mais cruel".

Os diálogos, as paisagens, o clima histórico, os conflitos - a história é a mesma, a história é bem diferente. Gerald Messadié resolve contradições presentes nos Evangelhos. Onde há dúvida e lacunas, ele preenche com soluções possíveis. Assim, Judas, o bem-amado de Cristo nem teria traído nem se suicidado. O fato de ter sido encontrado enforcado em uma árvore tem outra explicação. No posfácio, o autor diz que essa nova história não altera em nada o ensinamento de Jesus, "mas sacode muitos pontos de uma tradição baseada em dogmas".

*

"Judas, o Bem-Amado"
Autor: Gérald Messadié
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 266
Quanto: R$ 28,80 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VERGONHA TOTAL II

Tempo médio de estudo do brasileiro não chega aos 8 anos do ensino fundamental

Sarah Fernandes

Em 2009, o tempo médio de estudo dos brasileiros com mais de dez anos ficou em 7,2 anos, menos que os oito necessários para concluir o ensino fundamental, obrigatório no país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (PNAD), divulgada na última quarta-feira (8/9), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O quadro é preocupante. Não conseguimos nem garantir o ensino fundamental II, que dirá toda educação básica, que vai até o ensino médio”, avalia o especialista em Educação de Jovens e Adultos, Roberto Catelli, da organização não governamental Ação Educativa. “Existem documentos internacionais assinados [sobre conclusão da educação básica] que temos dificuldade de cumprir”.

Falta de renda das famílias pobres e trabalho infantil são dois dos principais motivos responsáveis pela baixa escolaridade dos brasileiros, para o especialista. “A faixa em que começa a evasão está entre 12 e 14 anos. São alunos que saem da escola para trabalhar pela necessidade de ganhar dinheiro, em um emprego que muitas vezes é ilegal devido à idade”, conta.

Outro problema, principalmente para o ensino médio, é a falta de perspectivas com relação ao estudo. “O jovem pobre não se forma para entrar na universidade e nem para o trabalho. A chance de evadir é muito grande”, avalia Catelli.

O tempo médio de estudo é menor entre quem tem mais de 60 anos, ficando em 4,2 anos. “A sociedade precisa assumir o envelhecimento da população”, avalia a professora da Universidade de São Paulo (USP), Maria Clara Di Pierro, especialista em alfabetização e educação de adultos. “Assim, a população idosa não participa da expansão de oportunidades e de renda”.

A menor média de tempo de estudo está na Região Nordeste, que apresentou seis anos em 2009, seguida pela Norte, com 6,7 anos. Segundo a professora, o analfabetismo e a baixa escolaridade são mais presentes nas regiões pobres, principalmente nas rurais e de difícil acesso. A Região com mais tempo de estudo é a Sudeste, com 7,8 anos, seguida pela Sul, com 7,6 e pela Centro-Oeste, com 7,5.

Analfabetismo
Em 2009, 9,7% dos brasileiros eram analfabetos, o equivalente a 14,5 milhões de pessoas. O total é 0,3% menor que o registrado em 2008, segundo os dados da PNAD.

“No Brasil, o percentual de analfabetos vem caindo de maneira muito lenta ao longo do século 20. Porém, os números absolutos só começaram a diminuir a partir do ano 2000”, afirma Maria Clara Di Pierro. “Há uma teoria que conforme os analfabetos envelhecem, é mais é mais importante alfabetizar os jovens. Mas, é importante atentar que quem não sabe ler teve seus direitos educativos violados e tem direito de aprender”.

“A alfabetização não é prioridade para os investimentos públicos, tanto que mesmo reduzindo a pobreza, o Brasil não reduziu o analfabetismo significativamente”, analisa. “Temos que sempre começar do zero, com campanhas de divulgação e professores com baixa formação”.

Solucionar o problema requer articular políticas públicas de saúde e geração de renda com a escola, segundo Maria Clara. “É preciso pensar em uma política integral, com atividades de cooperativismo ou capacitação profissional. O modelo essencialmente escolar não é atrativo”, conclui.

VERGONHA TOTAL...

1/5 dos estudantes brasileiros sai do colegial com matemática de 4ª série

DE SÃO PAULO



Um quinto dos alunos que terminam o ensino médio no Brasil não sabe em matemática nem o que se espera para um estudante do 5º ano (ou 4ª série) do fundamental. A informação é da reportagem de Antônio Gois publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Ainda de acordo com o texto, apenas 11% têm conhecimento adequado para este nível de ensino na disciplina. No caso dos estudantes com conhecimento abaixo do 5º ano, isso significa que fazem apenas operações básicas como soma e divisão. Ao se depararem com gráficos com mais de uma coluna ou na hora de converter medidas --como quilogramas em gramas-- apresentam dificuldades.

Os dados foram obtidos pela Folha a partir da Prova Brasil e do Saeb, exames do Ministério da Educação que avaliam alunos de escolas públicas e particulares em matemática e português. Entre todos os níveis analisados --a prova avalia alunos no 5º e 9º anos do fundamental, além da última série do médio--, o pior desempenho foi em matemática no 3º ano do antigo colegial.

domingo, 12 de setembro de 2010

SEM EDUCAÇÃO, SEM VERGONHA....


Baixa escolaridade mantém país no

"top 10" da desigualdade mundial,

avalia economista da FGV

Gilberto Costa
Da Agência Brasil
Em Brasília


A baixa escolaridade da população brasileira mantém o país entre as dez nações

mais desiguais do mundo. “Ainda estamos no top 10 da desigualdade mundial”,

afirma o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais vinculado à FGV

(Fundação Getulio Vargas), Marcelo Côrtes Neri.

Análise publicada pelo economista na última sexta-feira (10) mostra que desde

1996 há redução do índice de Gini. O indicador, que mede a concentração de

renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele

ano, para 0,5448, em 2009.

Apesar da queda, o índice brasileiro é superior ao de países como os Estados Unidos

(em torno de 0,400) e da Índia (0,300); e está próximo ao de nações mais pobres

da América Latina e do Caribe e da África Subsaariana. “Saímos do pódio, mas ainda

estamos entre os mais desiguais”, aponta o economista.

Segundo Marcelo Neri, para diminuir a desigualdade é preciso que a renda das

classes mais baixas continue crescendo; que se mantenham programas sociais

focados na população mais pobre; e, sobretudo, que o Estado amplie a oferta de

educação de mais qualidade e as pessoas permaneçam na escola.

O sociólogo e cientista político Simon Schwartzman, presidente do Instituto de

Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), assinala que “a educação no Brasil é muito

ruim” e que há um “excesso de valorização” da escolaridade, o que explica a grande

diferença salarial entre quem tem curso superior e quem não tem nenhuma formação.

Para ele, o desempenho educacional “não tem melhorado muito” e, portanto, nos

próximos dez anos o quadro de desigualdade permanecerá.

Para o gerente da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística, Cimar Azeredo, o Brasil tem “mazelas que não

se desfazem de uma década para outra”. Ele citou a diferença entre a renda de homens

e mulheres, brancos e negros. “O passivo é muito grande. Somos há muito tempo um

país desigual.”

O estatístico e economista Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais

do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), confirma que o país ainda vive

“as sequelas do passado” demonstradas, por exemplo, na última Pnad, que, além da

desigualdade perene, indica que um em cada cinco brasileiros com 15 anos ou mais tem

menos de quatro anos de estudo.

De acordo com a Pnad, o percentual de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos na escola

em 2009 era de 97,6%. Na avaliação dos especialistas, a permanência dessas crianças

na escola resultará em melhoria de renda no futuro.

Para Marcelo Neri, da FGV, a chamada nova classe média brasileira, com mais de 95

milhões de pessoas, é formada por crianças e adolescentes que entraram e permaneceramna escola nos anos 90, quando houve universalização do acesso ao ensino.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

COPIAR E COLAR...ASSIM NÃO VALE


CTRL C + CTRL V: trabalhos escolares "analíticos" dificultam cópias da internet, dizem docentes

Ana Okada
Em São Paulo


Pedir o trabalho por escrito não impede cópia da internet

Para evitar a cópia de textos da internet -- o chamado "ctrl+c, ctrl+v", ou copiar e colar --, professores do ensino básico procuram pedir trabalhos que exijam a análise do conteúdo, e não apenas os fatos. "Antes, como o que se valorizava era o conhecimento por si só, os trabalhos eram 'cópias'. Hoje, é muito mais importante o aluno saber usar esse conhecimento e abstrair um significado de acordo com seu repertório; há outras cobranças", explica a diretora pedagógica do colégio paulistano Santo Américo, Elenice Lobo.

Elenice conta que, para evitar o plágio, os professores do colégio procuram evitar pedir trabalhos em que se exija apenas dados factuais. "O professor não pode pedir um trabalho que esteja pronto na internet; ele tem que pedir algo que relacione um conteúdo com outro, personalizar a tarefa. Se você exige uma coisa mais profunda, que requeira a análise, a crítica, a reflexão e o estabelecimento de relações, tudo isso dificulta o plágio", diz.

A coordenadora explica que outro procedimento adotado para evitar a cópia é a realização dos trabalhos no colégio, uma vez que as aulas ocorrem em período integral: "Em um ou outro caso eles podem fazer coleta de dados factuais, mas no geral pedimos que, em vez disso, façam anotações, para depois redigir o trabalho", explica.

domingo, 5 de setembro de 2010

MÉTODO NÃO É TUDO...


O método não é tudo
Pensador espanhol relativiza importância dos métodos de ensino e ressalta que estes não podem ser desvinculados do contexto cultural do aprendiz. A família, diz ele, pode fazer a diferença

Com olhos voltados à questão do desenvolvimento cognitivo e suas relações com a educação, o pesquisador espanhol Mario Carretero, atualmente vinculado à Universidade Autônoma de Madri e à Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso, Buenos Aires), transita por várias áreas do conhecimento, da psicologia à história, passando pelas ciências naturais e sociais.

Pensador identificado com o construtivismo, autor de Construtivismo e educação (1996, com nova edição prevista para este ano pela Autêntica), e do recém-lançado Documentos de identidade - A construção da memória histórica em um mundo globalizado (Artmed), Carretero desconstrói, na entrevista concedida ao editor Rubem Barros, algumas críticas frágeis a práticas derivadas da teoria cognitiva que advoga. E, em contrapartida, alerta os docentes que professam o construtivismo para erros interpretativos recorrentes.

No Brasil, uma crítica recorrente à adoção de métodos derivados do construtivismo é a de que pouco se sabe sobre essa teoria da aprendizagem e de que ela é adotada com simplificações grosseiras. Isso é verdadeiro?
Conheço o Brasil e o que os professores estão fazendo, pois dei aulas durante três anos em diferentes cidades do país. Também fiz visitas a universidades e fui convidado para muitos congressos. É importante fazer uma distinção: uma coisa é falarmos da educação no Brasil no todo - e o Brasil é um país muito grande - e outra, diferente, é falarmos de uma certa quantidade de escolas, ou da aplicação de métodos em um determinado número de cidades, algo provavelmente mais relacionado a grupos de pesquisa ou de inovação. Estaríamos falando então de um número importante, mas não se pode dizer que isso represente o Brasil todo. Faço essa distinção porque nas discussões sobre o construtivismo, no Brasil e em outros países, essa diferença não é levada em conta. Uma coisa é falarmos de um aspecto do ensino, seja a leitura e a escrita, ou qualquer outro. Outra é falarmos de política educacional, que diz respeito a toda a população escolar. É o está refletido, por exemplo, nas avaliações internacionais, como o Pisa e outras, que dizem respeito aos resultados educacionais de toda a população estudantil de um país. Outra coisa é quando falamos de tendências, de algumas pesquisas. Nesses casos, não podemos falar do país todo, e sim de direções, do que achamos que é melhor ou pior para a educação, mas que não temos certeza de que seja realmente representativo de toda a população. Essa distinção é muito importante do ponto de vista teórico e empírico.

Feita a ressalva...
O termo construtivismo é muito genérico. Quando falamos de construtivismo, estamos fazendo uma consideração crítica sobre o construtivismo aplicado em sala de aula. Não podemos dizer apenas se está sendo bem ou mal aplicado, se é bom ou mau, isso não tem nenhuma utilidade. Temos de analisar com mais precisão. Do que falamos? De leitura e escrita nos primeiros anos? Do ensino da língua nos anos posteriores? Do ensino das ciências sociais ou da história? Da ciência? Uma parte muito importante do debate internacional em relação ao construtivismo, por exemplo, se deu na área do ensino de ciências nos anos que equivalem ao fundamental 2 no Brasil. As discussões internacionais sobre as aplicações do construtivismo hoje são muito grandes. Então, temos de diferenciar a questão do ensino de escrita e leitura nos primeiros anos e uma outra coisa, mais geral, que é a discussão sobre o construtivismo.

No Brasil, temos os radicais do método fônico e os radicais construtivistas. Há vida no meio termo?
A posição de que o conhecimento é construído não é algo sobre o que se tenham muitas dúvidas hoje no mundo. Podemos demonstrar, por índices quantitativos de influência de teorias no mundo acadêmico, que o construtivismo é um ponto de referência, uma grande influência em universidades como Harvard, Cambridge e outros lugares importantes em termos de pesquisa. Em geral, existe um consenso de que as crianças de 5, 6, 7 anos aprendem a relação entre fonema e grafema, por exemplo, de diferentes maneiras. Particularmente, estou numa posição intermediária entre as duas que você citou. Mas é uma questão ainda em discussão, não temos uma segurança total de que esse processo cognitivo é feito apenas de uma maneira.

Mas é uma construção cultural, e não um processo natural, não?
A leitura e a escrita, sem dúvida nenhuma, são processos muito artificiais, nenhuma cultura no planeta desenvolveu sozinha esta capacidade. São capacidades desenvolvidas apenas nas sociedades que têm escola. Outra coisa importante é o contexto em que esta capacidade é ensinada pela escola, e há aí uma distinção muito grande. As pesquisas, na maior parte das vezes, são realizadas em um contexto experimental, de laboratório, acompanhando os meninos individualmente, ou num contexto em que propõem modificações específicas em suas tarefas, analisando como conseguir melhores resultados mais rapidamente, por exemplo. Mas o que aparece nesse tipo de pesquisa não é a situação da escola, e sim algo que atende a essas especificidades. A escola sempre está em um determinado contexto social. Então, quando se faz uma crítica aos métodos construtivistas, muitas vezes são críticas às técnicas, às ações específicas para ensinar relações como fonema-grafema, ou entre letra e palavra, a forma escrita etc. Mas isso não é a única coisa que o construtivismo está operando. Ele opera também o respeito pela criança, a partir da ideia de que o docente tem de conhecer o desenvolvimento dela, tem de considerar como está processando o conhecimento. Ou seja, é preciso que se coloque uma situação social de diálogo com a criança. Isso é importantíssimo, pois as crianças que vivem num contexto de pobreza, em que os pais não têm livros ou material escrito, têm um ponto de partida completamente diferente daquelas de classe média, cujos pais leem livros e jornais. Pesquisas feitas mundo afora mostram que uma das variáveis mais importantes na aprendizagem de leitura e escrita são os pais.

Em função do ambiente cultural?
Independente do meio socioeconômico, o fato de os pais acompanharem as atividades de escrita e leitura dos filhos tem uma influência decisiva. Então, falar que um método ou outro é melhor em sala de aula, excluindo o contexto social e econômico, é completamente absurdo. Retomo o que dizia antes: não é possível fazer críticas ao construtivismo sem levar em conta as políticas educativas. Se uma população fracassa na aprendizagem de leitura e escrita, temos de levar em conta as condições sociais em que isso ocorre. É absurdo acreditar que o sucesso ou não desse processo depende somente de uma técnica ou método que está sendo aplicado em sala de aula. A maioria das avaliações internacionais mostra que os índices mais importantes que estão afetando os resultados da escola no mundo todo são os índices socioeconômicos e culturais, a participação das famílias nesse processo. Por exemplo, a renda per capita nos Estados Unidos é quase a mesma do Japão, mas as crianças japonesas têm um rendimento mais alto. Isso se deve ao fato de as famílias japonesas exercerem uma influência muito maior sobre elas, para o bem e para o mal.

Nos últimos 20 anos, a escola brasileira incorporou muitos alunos de famílias não letradas, com poucas condições de fazer esse acompanhamento. Como fazer dessas crianças pais participativos no futuro?
Há muitas experiências, na Europa, de sistemas educativos que tiveram uma melhora substantiva. Nos últimos 10 anos, os casos mais significativos, segundo o Pisa, são a Finlândia e a Polônia. Neste último caso, as conclusões são muito interessantes, pois a Polônia não tem um investimento no sistema educacional maior que o de outros países. O que fizeram foi desenvolver um conjunto de iniciativas destinadas à implicação das famílias no sistema educacional, e isso produziu um efeito bastante grande. Na questão do ensino de leitura e escrita, é importante que a criança, nas etapas iniciais desse processo, encontre sentido no que está sendo ensinado. Há uma pesquisadora com quem colaborei, Lauren Resnick, da Universidade de Pittsburgh, que em termos gerais pode ser considerada construtivista e que dirigiu de 1977 a 2008 o Learning Research and Development Center, e também foi diretora de um instituto de aplicação das teorias na realidade educativa. Ela faz uma associação interessante: diz que uma criança aprendendo a ler e a escrever é como um cofre do qual não se conhece a combinação. Nesse período, ela não entende que a junção de M + A e M + A, ou seja, eme, a, eme, a, dos sons dessas letras, vai resultar em MAMÁ (mamãe, em espanhol). Essa é uma chave que, segundo Resnick, a criança tem de encontrar a partir de uma combinação de regras, de instruções, que é muito artificial, não natural, e ela só terá a possibilidade de reconhecê-las, de usá-las, de as colocar em funcionamento, se isso vier acompanhado de um sentido.

A escola cria artificialidades para abordar o conhecimento. É possível fugir disso? Esse não seria um de seus grandes desafios?
Uma criança com um nível socioeconômico ruim, por exemplo, pode encontrar soluções para questões difíceis. Mas se esses problemas ou funções ou atividades tiverem um sentido em seu contexto. Concordo com algumas críticas ao construtivismo - e não tenho problema nenhum para falar disso, pois me considero um pesquisador
construtivista -, mas uma coisa é o construtivismo como pesquisa e outra é quando essa pesquisa é aplicada em sala de aula. Concordo com a crítica de que, nessa segunda circunstância, muitas vezes os professores não estão levando em conta a importância das rotinas, da repetição para que os meninos aprendam algumas coisas e possam utilizá-las de forma rápida e eficaz no âmbito do ensino da escrita e da leitura, por exemplo.

E na matemática?
Também na matemática. Diferencio a compreensão da aprendizagem. Muitas vezes, o professor acha que, se a criança já compreendeu uma determinada noção, isso é suficiente. E não é. Essa ideia tem de ser mudada. É importante também a prática organizada, rotineira, mecanizada. A compreensão não assegura realmente a aprendizagem. Esta precisa também de um nível de prática organizada, sequenciada, para assegurá-la. O que acontece é que essa prática não pode se basear apenas na rotina, em algo vazio. Uma criança de classe média consegue passar, com seus pais ou na escola, meia hora se dedicando a esse tipo de atividades, pois tem o costume de fazer esse tipo de coisa mais artificial. Isso tem uma função para ela, um sentido futuro. Ela sabe que os pais vão valorizar os resultados, a avaliação que obtiver. Mas aquelas que estão em outra situação econômica, que não têm esse estímulo cultural, têm problemas para cumprir essa rotina, pois não significa coisa alguma para ela naquele momento e nem mesmo mais tarde. Muitas vezes, essas discussões entre os resultados de um e outro método não são tão relevantes. O mais importante é que haja um maior investimento no sistema educacional para que se consiga uma implicação maior das famílias nessas atividades iniciais de leitura e escrita.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

58,4 % NÃO SABEM CANTAR O NOSSO HINO...KKKKKKKKK

Uma pesquisa inédita que integra o Projeto Brasilidade revela que o Hino Nacional não está, definitivamente, no gosto musical popular. Um dos principais símbolos do Brasil ainda é uma incógnita para 58,4% dos brasileiros - percentual que afirma não saber a letra na íntegra ou conhecer apenas trechos. A pesquisa foi conduzida pela empresa República - Opinião dos Brasileiros, no primeiro semestre de 2010, com módulos qualitativos e de quantificação, com quatro grupos focais e 1.272 entrevistas.