Quatro em cada dez jovens de 16 anos ainda não tinham terminado ensino fundamental em 2008
Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil
Em Brasília
Da Agência Brasil
Em Brasília
Relatório divulgado hoje (9) pelo Movimento Todos pela Educação aponta que, em 2008, quase 40% dos jovens com 16 anos ainda não tinham concluído o ensino fundamental, ainda que a idade esperada para o término dessa etapa seja 14 anos. A conclusão dos ensinos fundamental e médio na idade correta é uma das cinco metas que foram estabelecidas e são monitoradas pela entidade.
O Movimento Todos pela Educação reúne representantes da sociedade civil organizada e da iniciativa privada, educadores e gestores públicos de educação. A entidade monitora indicadores educacionais de acesso e qualidade a partir de cinco metas que devem ser atingidas até o bicentenário da Independência, em 2022. A meta é que, até lá, 95% dos jovens com 16 anos tenham concluído o ensino fundamental e 90% daqueles com 19 anos tenham terminado o ensino médio.
Em 2008, a taxa de conclusão do ensino fundamental verificada entre jovens de 16 anos de 61,5%, pouco acima da meta de 61,3% estabelecida para o ano. Mas, segundo o relatório, "não é possível afirmar se a meta foi cumprida ou não, pois o resultado está dentro do intervalo de confiança". O destaque foi para o Norte, única região brasileira que superou a meta proposta de 46,2%. Lá, 50,1% dos jovens concluíram o ensino fundamental aos 16 anos.
Em relação ao ensino médio, verificou-se que as metas foram cumpridas: em 2008, 47,1% dos jovens de 19 anos haviam concluído a etapa, superando os 43,9% propostos pelo movimento. Mas o presidente da entidade, Mozart Neves Ramos, ressalta que o país ainda está longe de atingir o patamar estabelecido para 2022, de 90%. "A meta para 2008 foi atingida e isso merece comemoração, mas ela era modesta porque as taxas eram muito baixas", pondera.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 29/2009, aprovada em novembro, determina que o ensino médio, assim como a pré-escola, fará parte da escolaridade obrigatória, hoje ainda restrita ao ensino fundamental. Mas, se a mudança garante o acesso dos alunos, Mozart aponta que é preciso cuidar também da qualidade do ensino para conseguir manter os jovens na escola.
"Quem já trabalhou com gestão da educação pública sabe que é uma perda muito grande quando o estudante completa o ensino fundamental, muitas vezes já com dois anos de defasagem, e não segue para o ensino médio. Há uma incidência muito grande dos que deixam de ir para a escola e vão trabalhar. O jovem não vê motivação em permanecer em uma escola que nem o prepara para ir à universidade nem para o mercado de trabalho."
O Movimento Todos pela Educação reúne representantes da sociedade civil organizada e da iniciativa privada, educadores e gestores públicos de educação. A entidade monitora indicadores educacionais de acesso e qualidade a partir de cinco metas que devem ser atingidas até o bicentenário da Independência, em 2022. A meta é que, até lá, 95% dos jovens com 16 anos tenham concluído o ensino fundamental e 90% daqueles com 19 anos tenham terminado o ensino médio.
Em 2008, a taxa de conclusão do ensino fundamental verificada entre jovens de 16 anos de 61,5%, pouco acima da meta de 61,3% estabelecida para o ano. Mas, segundo o relatório, "não é possível afirmar se a meta foi cumprida ou não, pois o resultado está dentro do intervalo de confiança". O destaque foi para o Norte, única região brasileira que superou a meta proposta de 46,2%. Lá, 50,1% dos jovens concluíram o ensino fundamental aos 16 anos.
Em relação ao ensino médio, verificou-se que as metas foram cumpridas: em 2008, 47,1% dos jovens de 19 anos haviam concluído a etapa, superando os 43,9% propostos pelo movimento. Mas o presidente da entidade, Mozart Neves Ramos, ressalta que o país ainda está longe de atingir o patamar estabelecido para 2022, de 90%. "A meta para 2008 foi atingida e isso merece comemoração, mas ela era modesta porque as taxas eram muito baixas", pondera.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 29/2009, aprovada em novembro, determina que o ensino médio, assim como a pré-escola, fará parte da escolaridade obrigatória, hoje ainda restrita ao ensino fundamental. Mas, se a mudança garante o acesso dos alunos, Mozart aponta que é preciso cuidar também da qualidade do ensino para conseguir manter os jovens na escola.
"Quem já trabalhou com gestão da educação pública sabe que é uma perda muito grande quando o estudante completa o ensino fundamental, muitas vezes já com dois anos de defasagem, e não segue para o ensino médio. Há uma incidência muito grande dos que deixam de ir para a escola e vão trabalhar. O jovem não vê motivação em permanecer em uma escola que nem o prepara para ir à universidade nem para o mercado de trabalho."
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