2/01/2010 - 18h56
Escolas públicas que oferecem jornada ampliada ainda são minoria no Norte e Nordeste
Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil
Em Brasília
Da Agência Brasil
Em Brasília
Uma pesquisa encomendada pelo MEC (Ministério da Educação) a universidades aponta que a jornada ampliada nas escolas públicas vem crescendo, mas a oferta ainda é pequena no Norte e Nordeste em comparação ao restante do país. Dos 2 mil municípios que responderam ao estudo, 23,7% desenvolvem algum tipo de experiência que atinge 1,1 milhão de alunos.
Para Leandro Fialho, da diretoria de educação integral do MEC, o percentual verificado pelo estudo "é razoável".
As experiências estão mais presentes nas regiões Sudeste e Sul, onde 37% e 25% dos municípios respondentes apresentam a jornada escolar ampliada. Já na Região Norte, apenas 3% têm atividades no contraturno. Em média, nessas escolas, a jornada passa de quatro para sete horas diárias, chegando a oito em algumas cidades.
O estudo aponta que a maioria das experiências foram implantadas recentemente pelos municípios. "A educação em tempo integral no Brasil faz parte da história mais recente da educação brasileira", afirma o presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Carlos Eduardo Sanches.
Para o representante da entidade, as principais dificuldades dos municípios para implantar a educação integral são orçamentárias e de infraestrutura.
Como muitas escolas oferecem dois turnos de aula, falta espaço para acolher as crianças durante todo o dia. Em relação aos recursos, ele aponta que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) garante uma cota maior para o aluno que estuda em tempo integral, mas em muitos municípios essa ajuda não é suficiente.
"Nós calculamos que uma criança em tempo integral exige um investimento 60 ou 70% superior àquela que só permanece na escola por um turno."
Fialho destaca que um dos principais nós é a infraestrutura. "Falta uma infraestrutura geral nas escolas brasileiras. Muitas não têm refeitórios adequados, não têm quadras cobertas, não têm banheiros com chuveiros e isso é essencial para a jornada ampliada."
Apesar dos problemas, ele acredita que a educação integral estará consolidada no Brasil em até 20 anos. Hoje o principal programa do MEC para apoiar as iniciativas dos municípios é o Mais Educação que atende 10 mil escolas. Ele repassa recursos para subsidiar as atividades desenvolvidas no contraturno.
"Não chegamos a 10% das escolas ainda, mas a expectativa é muito positiva, o programa cresceu muito. Em 2008 o orçamento era de R$ 45 milhões e em 2010 será de R$ 350 milhões", diz Fialho.
Para Leandro Fialho, da diretoria de educação integral do MEC, o percentual verificado pelo estudo "é razoável".
As experiências estão mais presentes nas regiões Sudeste e Sul, onde 37% e 25% dos municípios respondentes apresentam a jornada escolar ampliada. Já na Região Norte, apenas 3% têm atividades no contraturno. Em média, nessas escolas, a jornada passa de quatro para sete horas diárias, chegando a oito em algumas cidades.
O estudo aponta que a maioria das experiências foram implantadas recentemente pelos municípios. "A educação em tempo integral no Brasil faz parte da história mais recente da educação brasileira", afirma o presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Carlos Eduardo Sanches.
Para o representante da entidade, as principais dificuldades dos municípios para implantar a educação integral são orçamentárias e de infraestrutura.
Como muitas escolas oferecem dois turnos de aula, falta espaço para acolher as crianças durante todo o dia. Em relação aos recursos, ele aponta que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) garante uma cota maior para o aluno que estuda em tempo integral, mas em muitos municípios essa ajuda não é suficiente.
"Nós calculamos que uma criança em tempo integral exige um investimento 60 ou 70% superior àquela que só permanece na escola por um turno."
Fialho destaca que um dos principais nós é a infraestrutura. "Falta uma infraestrutura geral nas escolas brasileiras. Muitas não têm refeitórios adequados, não têm quadras cobertas, não têm banheiros com chuveiros e isso é essencial para a jornada ampliada."
Apesar dos problemas, ele acredita que a educação integral estará consolidada no Brasil em até 20 anos. Hoje o principal programa do MEC para apoiar as iniciativas dos municípios é o Mais Educação que atende 10 mil escolas. Ele repassa recursos para subsidiar as atividades desenvolvidas no contraturno.
"Não chegamos a 10% das escolas ainda, mas a expectativa é muito positiva, o programa cresceu muito. Em 2008 o orçamento era de R$ 45 milhões e em 2010 será de R$ 350 milhões", diz Fialho.
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