segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

LIVROS DIDÁTICOS: A INDÚSTRIA DO ABSURDO

São Paulo - Com listas que chegam a até 25 livros por ano, colégios particulares de São Paulo têm incentivado a troca e o reaproveitamento das obras entre os alunos. Em muitas escolas, as famílias economizam até R$ 800 nas feiras de troca, bazares e brechós. Além do aspecto financeiro, pais afirmam que a iniciativa ensina práticas de sustentabilidade desde a infância.

"Todos os livros que estão em boas condições a gente reaproveita, e eu ensino minha filha a não rasgar e rabiscar", conta Luzia Bouzan Costa, mãe de uma aluna do Colégio Santa Maria, na zona sul da capital. Luzia afirma que 80% dos livros que a filha Cristina usará vieram do brechó. "Economizei cerca de R$ 500 com as trocas." Apenas os livros de inglês, cujas respostas são escritas nas próprias folhas, não puderam ser reaproveitados.

Ela conta que atua como voluntária na organização dos encontros, que aos poucos têm ganhado adesão - em muitos colégios, a ideia das trocas surge nas associações de pais de alunos. "Na última semana de aula, pedimos para as mães trazerem os livros e os uniformes. Separamos o material e depois organizamos o brechó", diz Kelly Cristina Soares, da associação de pais e mestres do colégio. Neste ano, foram trocados 664 livros no brechó.

O presidente da associação de pais e mestres do Colégio Santa Amália, João Boani, de 51 anos, já teve três filhos ao mesmo tempo no colégio. Com a feira, ele conseguia conter os gastos das listas de material. "Eu trocava bastante, dava para economizar até R$ 1 mil", lembra. No ano passado, a feira promoveu a troca de 200 livros.

FONTE: As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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