Para ministro da Educação do Paraguai, laptops por aluno não resolvem aprendizagem
Em Foz do Iguaçu
Assim como Uruguai, Argentina e Brasil, o Paraguai também implementa um programa para distribuir laptops, que devem ser utilizados em sala de aula, a alunos da rede pública. Para o ministro da Educação paraguaio, Luis Alberto Riarte, o maior custo desse tipo de programa não é econômico. O esforço está em garantir a estrutura necessária para que os computadores tenham efeito no aprendizado.
“O custo real é deixar as escolas em condição para permitir a missão que temos. O erro que só comete é colocar a solução para o ensino no computador se não existe proposta pedagógica”, defendeu em encontro sobre educação na América Latina.
Na avaliação do ministro, é preciso primeiro garantir a estrutura física, as ferramentas para uso em sala de aula e principalmente a formação docente. “A situação é muito particular no Paraguai pela precariedade da infraestrutura de algumas escolas”, apontou.
O Paraguai irá produzir os computadores que serão utilizados pelos estudantes. Antes é preciso organizar a demanda de produção. “São 1 milhão de alunos e mais 90 mil docentes. Temos que repor as máquinas todo ano e seremos capazes de atender os alunos que entram anualmente no sistema escolar, são cerca de 50 mil ao ano”, explicou.
A distribuição dos computadores começará pelos professores. Riarte presenteou o ministro da Educação, Fernando Haddad, com um modelo do computador que será utilizado pelos alunos paraguais.
No Brasil, as máquinas do programa UCA (Um Computador por Aluno) começaram a ser distribuídas este ano. Serão atendidos 300 mil alunos em cerca de 85 escolas públicas.
Na Argentina, o governo irá distribuir 3 milhões de computadores para alunos do ensino médio. Já no Uruguai o governo conseguiu universalizar a ação para todos os estudantes da rede pública do ensino primário.
FONTE: www.uol.com.br
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