sexta-feira, 15 de maio de 2009

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MEC pede reforço à Polícia Federal para segurança no novo Enem

Claudia Andrade
Em Brasília



O MEC (Ministério da Educação) informou, nesta quarta-feira (13), ter pedido reforço de segurança à Polícia Federal para a realização do novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A pasta já enviou um ofício ao Ministério da Justiça solicitando mais agentes para garantir a lisura da avaliação.

No último Enem, 2.920 homens da PF foram deslocados para garantir a segurança da prova. O MEC, no entanto, não divulgou qual o tamanho do reforço. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o assunto ainda está em estudo.

· "Novo Enem não pode ter pegadinha", diz ministro

· "Adesão é supreendente", diz Haddad

VEJA AS UNIVERSIDADES QUE ADERIRAM AO NOVO ENEM

Confira no mapa, ponto a ponto, a situação das federais pelo país

A segurança da avaliação é uma das principais apreensões dos reitores de universidades federais na substituição dos vestibulares pelo novo Enem.

"Foi apresentado ao comitê de governança [que define as diretrizes do novo Enem] o modelo atual de segurança, que está sendo reforçado. Desde que o exame tem peso na seleção de alunos, inclusive para o Prouni [Programa Universidades para Todos], nunca recebemos qualquer indício de vazamento de informação", afirmou Haddad.

Sem pegadinhas

Haddad frisou que o novo Enem "não pode ter pegadinhas". O princípio fundamental da matriz de referência é que não serão cobrados detalhes muito específicos ou fórmulas. "Se o aluno sabe do que se trata, mas esqueceu a fórmula, vai conseguir por outros meios chegar às respostas certas, porque compreende o fenômeno em questão", disse Haddad.

"É inadmissível cobrar uma data na prova. O que interessa saber é se o aluno consegue compreender o que se passa na história", disse.

As habilidades da prova serão divulgadas na tarde desta quinta-feira (14), quando o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) integrará o comitê de governança do novo Enem. "Com o Consed, vamos poder discutir a reestruturação do ensino médio com vistas ao novo Enem", afirmou Haddad.

Adesões das federais

Ao ser questionado sobre o número de universidades federais que adotaram o novo Enem como vestibular, Haddad reforçou que o interesse do MEC neste momento é com o processo e não com o número de adesões. "Mesmo as que não vão usar agora fizeram chegar ao MEC que vão pensar em 2010 [na adoção]", disse.

"Temos conhecimento acumulado e capacidade logística para oferecer às instituições uma nova forma de seleção", declarou o ministro. "Essa proposta responde a um anseio histórico da comunidade."

Na última sexta (8), o ministro da Educação declarou ao UOL Educação que "o resultado é muito bom. Para o primeiro ano, essa é uma
adesão surpreendente".

O UOL Educação fez um levantamento junto às instituições de ensino superior federais para verificar se seus conselhos já haviam votado a adoção ou não da prova do MEC. Das
55 federais, 27 já se pronunciaram a favor da adoção do novo Enem e sete descartaram sua utilização em 2010. Só foram consideradas as decisões formais - especulações e tendências sobre o uso da nota do Enem foram descartadas.

"Simulado"

O ministro confirmou a elaboração de um modelo de prova do novo Enem, que será divulgado antes da data do exame (dias 3 e 4 de outubro). Segundo o ministro serão questões que exemplifiquem as habilidades e competências a serem exigidas. O número de perguntas disponibilizadas não está definido. Mas não serão "necessariamente 200 como na prova", disse Haddad.

Todas as questões do Enem devem atender dois pressupostos. Em primeiro lugar, deve respeitar a matriz de habilidades, definida pelo comitê de governança e, depois, tem de passe no pré-teste demonstrando que sua dificuldade consegue ser reproduzida nos anos seguintes.

Para compor um banco para uma prova de 200 questões, como será o novo Enem, Haddad estima que serão necessários centenas - ou mesmo milhares - de itens pré-testados.

Esses itens vão permitir ao Inep elaborar nos anos seguintes questões que possibilitem acompanhar a evolução do nível do ensino médio, como se faz atualmente com a Prova Brasil.

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