sexta-feira, 1 de maio de 2009

PROFESSORES DO CEARÁ EM GREVE ( é o governo que gosta de educação...pense)

Ceará - Greve pode se estender ao Estado

(01/05/2009)


Realização de assembléia geral na próxima quinta-feira, no Ginásio Aécio de Borba, a partir das 9 horas da manhã, com indicativo de greve. Essa foi a decisão aprovada ontem, no fim da tarde, pelos professores da rede estadual em ato público realizado em frente ao Palácio Iracema, sede do governo do Estado.

Com essa decisão, cerca de 30 mil professores da rede estadual poderão parar suas atividades em defesa da implementação do piso nacional da categoria e da progressão funcional. Ontem, enquanto os manifestantes protestavam e denunciavam o descaso do governador Cid Gomes com a categoria, uma comissão de representantes da classe foi recebida pelo chefe-de-gabinete do Governo, Ivo Gomes.

A reunião, conforme explicou o secretário para assuntos jurídicos do Sindicato Apeoc, Reginaldo Pinheiro, não trouxe nenhum avanço concreto, o que causou mais insatisfação ainda entre os manifestantes. Além da Apeoc, a comissão representativa da categoria contou também com representantes do Sindicato Unificado dos Trabalhadores em Educação no Estado do Ceará (Sindiute) e com a presença do deputado estadual Artur Bruno. Na reunião, Ivo Gomes reafirmou já estar pronta a mensagem que o governo enviará à Assembléia Legislativa na qual a progressão (que prevê o aumento de cinco por cento a cada ano trabalhado e que permite a mudança de nível) será paga em forma de abono.

"Nós não aceitamos essa mensagem, porque o abono tem caráter provisório", enfatizou Reginaldo Pinheiro, explicando que os professores rejeitam a proposta de pagar progressão no período de setembro de 2008 a junho de 2009 em forma de abono.

Segundo o chefe de gabinete, o abono viria juntamente com um pacote de outras medidas previstas para o setor de educação. "Quanto a isso não há negociação", disse o dirigente da Apeoc. Lembra que "este foi o único governo do Nordeste que assinou, no ano passado, uma ação na Justiça contra a lei do piso", disse ele, referindo-se à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

Também insatisfeito com o resultado da reunião, o secretário executivo da Apeoc, Anízio Melo, explicou que o indicativo de greve é para a Capital e o Interior do Estado. Embora no ato público tenha ficado visível os acirramentos entre os partidários da Apeoc e do Sindiute, Anízio fez questão de ressaltar que o momento era de união e de mobilização. "Estão nos ameaçando com o fim da progressão", enfatizou ele, esclarecendo que sem os níveis funcionais os professores enfrentariam ainda mais achatamento salarial.

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