A GREVE DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL FOI SUSPENSA, A LUTA PELA IMPPLANTAÇÃO DO PISO, NÃO!
A assembléia do dia 26 de junho a partir de uma análise coletiva da categoria avaliou que a greve foi acertada em função dos ataques do governo Cid Gomes, a começar com a ADIN contra o piso e o descaso com a negociação com a categoria em torno das suas reivindicações. A categoria considera que mostrou vontade e capacidade de luta poucas vezes vistas na história do nosso movimento.
Os professores compreenderam que retorno às aulas, entretanto, não se deu em função de negociações realizadas e reivindicações atendidas, mas em função dos ataques desferidos pelo governo do Estado querendo acabar com a luta pela força do poder da “justiça” que contra o direito do Piso e do direito de greve decreta a ilegalidade da greve desencadeando uma repressão psicológica, jamais vistas contra uma categoria que historicamente vem sendo atacada com negação e retirada de direitos por diversos governos que não colocam a educação como prioridade em suas políticas.
A GREVE que com a força da categoria e atuação inquestionável do SINDIUTE conseguiu outro feito histórico que foi unificar, num primeiro momento, SINDIUTE e APEOC e o que é mais importante os professores de Fortaleza e os professores estaduais, interior e capital. Foi uma festa da luta dos trabalhadores em educação!
O governo, descontente com a força do movimento, não pensou duas vezes, usou os recursos do poder para quebrar a força da nossa luta. Poderíamos ter resistido mais e arrancado todas as reivindicações da nossa pauta se não fosse a posição da direção da APEOC, que começou a greve em uma assembléia, mas terminou por decreto, sem o consentimento da categoria causando um sentimento de abandono e desproteção aos seus filliados e aos professores do estado de modo geral.Uma postura considerada pelos professores como uma violação e negação de qualquer preceito e princípio democrático do movimento dos trabalhadores Sentindo-se desprotegida judicialmente em função da insegurança causadas pela posição da APEOC, que insistentemente reforou as ameaças do governo e das evasivas e encaminhamentos dúbios da sua assessoria jurídica. Os professores após de 42 dias de manifestação de coragem, determinação em lutar pela escola pública e a dignidade da profissão consideraram em função do quadro colocado que era o momento de retorno as aulas.
Mas esse retorno não significa, em absoluto, o fim da nossa luta. A continuidade da luta pela implantação da Lei 11.738/08 do Piso Salarial Nacional continua mais firme e será o centro da nossa mobilização no segundo semestre.
O SINDIUTE, através da sua Direção Colegiada, se coloca, incondicionalmente, na defesa dessa luta que é nossa, portanto, por nós terá que ser enfrentada.
Ficou dessa greve um sentimento de vitória em função da nossa resistência. Por outro lado ficou uma certeza: TEMOS QUE RESOLVER O NOSSO PROBLEMA ORGANIZATIVO. As seguidas retiradas da diretoria da APEOC, interrompendo unilateralmente as nossas greves precisa, urgentemente, que apontemos ações para a resolução desse grave problema.
O SINDIUTE reitera a posição do seu último Congresso Estadual colocada nos seguintes termos:
“A atuação do SINDIUTE na luta e organização dos trabalhadores em educação da rede estadual tem sido marcada pela “intervenção branca” dos governos TASSO/CIRO/LÚ CIO)CID, configurado pela negação ao longo desses anos, pela recusa do código para as contribuições sindicais e liberação de seus diretores para mandato sindical, numa clara tentativa de barrar a nossa luta contra suas políticas de precarização, desregulamentaçã o e exploração do nosso trabalho, numa inominável violência contra a liberdade e autonomia sindical, reivindicação histórica dos trabalhadores. . A resolução segue afirmando: “No plano da nossa organização sindical, reportando-nos ao início da década de 1990, a recusa antidemocrática de membros minoritários da direção da APEOC, em não acatar a decisão de sua assembléia de base realizada em 25/02/1992, convocada de acordo com o Estatuto da entidade, que reafirmava as deliberações de seu III Congresso de Unificação, construído ao longo de três anos sob a coordenação da CNTE, constitui outro elemento contrário ao fortalecimento da nossa unidade, necessária a nossa implantação, com maior potencialidade no interior.”
Portanto companheiras e companheiros o aprofundamento da problemática da citação acima está posto e precisa ser resolvido pela categoria. Enquanto esse problema persistir nós vamos nos deparar com os mesmos problemas a cada greve da nossa categoria. Ratificar a unificação, rompida em 1991, em um Congresso Estadual é o chamamento do SINDIUTE a todos os trabalhadores em educação organizados ou não na APEOC e no SINDIUTE.
Para o momento mais breve convocamos representações de escola para hoje 28/06/2009 às 14 horas no Ginásio Marista para iniciarmos um debate sobre a proposta apresentada, verbalmente pelo governador na última audiência, que terá um segundo momento dia 30/06/2009 e prepararmos um ciclo de debates acerca da reformulação prevista no Plano de Cargos e Carreiras que será o referencial para a implantação do nosso Piso Salarial devendo ser o objeto das nossas preocupações no próximo período.
A LUTA COMPANHEIROS! UNIDOS SEREMOS FORTES! MOBILIZADOS SEREMOS IMBATÍVEIS!
SINDIUTE, NOSSA ESCOLA DE LUTA!
Direção Colegiada