quarta-feira, 29 de abril de 2009
A ESCOLA PÚBLICA ESTÁ FALIDA???
ENEM MOSTRA A FALÊNCIA DAS ESCOLAS PÚBLICAS NOS ESTADOS
Por: Luciano Augusto
Dados revelados pelo Ministério da Educação revelam que o fracasso das redes públicas estaduais emerge dos resultados do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): das mil escolas com piores notas no último exame, 965 são estaduais. Já entre as mil melhores, 36 são estaduais - apenas 3,6%, embora os colégios estaduais concentrem 85% dos estudantes de nível médio.
O MEC quer usar o Enem, num novo modelo, como substituto do vestibular. O setor privado domina a lista do Enem, com 905 entre os mil estabelecimentos com notas mais altas. Foram avaliadas 20 mil escolas. Entre os cem melhores colégios do Brasil, 29 são do Rio de Janeiro, inclusive o primeiro da lista, o bicampeão Colégio de São Bento; 23 são de Minas Gerais e 20 de São Paulo. Doze estados não têm escolas entre as cem primeiras do ranking.
O Globo
ELES NÃO GOSTAM DE EDUCAÇÃO PÚBLICA
Governos tucanos prejudicam a educação pública
A edição de Abril da revista Caros Amigos traz duas matérias sobre as péssimas condições do ensino no Estado de São Paulo: um artigo da jornalista Marilene Felinto, que analisa as medidas desastrosas do governo José Serra para a rede pública estadual, e uma reportagem de Beatryz Rey com professores temporários e eventuais, que vivem em situação precária e são vítimas do caos existente nas escolas de ensino fundamental e médio. As matérias da Caros Amigos abordam questões que boa parte da grande imprensa tem ignorado – principalmente porque evitam críticas aos governos do PSDB.
Amigos leitores estes TEMPORÁRIOS, COLABORADORES, AMIGOS DA ESCOLA só existem em São Paulo mesmo ?
Saudações Geográficas!
João Ludgero
AS PIORES E AS MELHORES ESCOLAS NO ENEM
Colégio São Bento, no Rio, é o melhor pelo segundo ano consecutivo.
Alunos de 91% das escolas com ensino médio do país fizeram o exame.
Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo
Quadro no corredor do São Bento parabeniza alunos pelo resultado no Enem: escola hoje é considerada a melhor do país (Foto: Daniella Clark/G1)
O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira (28) o desempenho por escola no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2008. A escola com o melhor desempenho foi o Colégio São Bento, no Rio de Janeiro . Com média total (prova objetiva e redação) de 80,58, a instituição ficou em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo.
Na segunda posição, com 77,38 pontos, aparece o Colégio Bernoulli, de Belo Horizonte, que em 2007 estava em 12º. Em terceiro, está o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG).
Confira a planilha com todas as escolas do país (o arquivo está em .xls)
Comente aqui o desempenho da sua escola
O G1 elaborou o ranking com base na média total (prova objetiva e redação) com correção de participação, que simula a participação de 100% dos alunos. Como o exame não é obrigatório, escolas que tiveram percentual baixo de participação em relação ao número de alunos matriculados poderiam sair prejudicadas. As escolas com menos de dez participantes ficaram sem conceito. A consulta por escola também poderá ser feita no site do MEC mediasenem.mec.gov.br .
saiba mais
O que você acha do desempenho da sua escola no Enem 2008? Comente aqui
Entenda por que a prova do Enem poderá ser comparada à do ano anterior
Saiba como funciona o exame americano no qual o novo Enem se baseia
Tira-dúvidas: G1 responde a dez perguntas sobre o novo Enem
Melhores escolas do DF atribuem boas notas a avaliações interdisciplinares
"A divulgação desses resultados é uma prestação de serviço para a população, que consegue saber como está a escola em que o filho estuda", afirma Reynaldo Fernandes, presidente do Inep.
"Em São Paulo, por exemplo, tem muita escola de nome, mas que, na verdade, tem um desempenho mais baixo do que outras do mesmo padrão. Ou seja, a nota do Enem serve como um parâmetro para o pai perceber que a escola não está tão boa assim quanto ele imaginava."
Mais de 24 mil escolas
Das 26.665 escolas de ensino médio que constam do Censo Escolar, 24.253 tiveram alunos que participaram do Enem no ano passado. Dos 2,9 milhões que fizeram o Enem em 2008, 69,3% declararam ter cursado todo o ensino médio em escola pública.
A prova cobrava 63 questões, que avaliavam 18 habilidades e competências, e uma redação. A partir deste ano, o Enem terá um novo formato: 200 questões e uma redação . O MEC propõe ainda que o exame seja adotado pelas universidades federais como o seu processo seletivo.
No fim do ranking, está a Escola Indígena Tekator, em Tocantinópolis (TO), com média total de 25,11 (redação e parte objetiva). Uma escola que atende alunos surdos, Alcindo Fanya Jr., em Curitiba, aparece em penúltimo lugar, com média 26 . "São escolas com realidades muito diferentes e isso deve ser levado em conta", diz Fernandes, do Inep.
O Inep pondera que as colocações no ranking não levam em conta as 8.000 escolas que ficaram sem conceito por causa da baixa participação e, portanto, não tiveram as suas médias consideradas.
As 20 mais e as 20 menos
Das 20 escolas com as maiores médias no Enem, 15 são da rede particular. Entre as públicas, quatro são escolas ligadas a universidades públicas e uma é militar. Por outro lado, todas as 20 piores são estaduais; dessas, oito são indígenas.
A comparação entre as escolas também reflete a situação econômica do país. Das 20 melhores, 16 são do Sudeste, enquanto entre as 20 piores, 15 são do Norte e Nordeste. "Assim como todos os outros indicadores sociais econômicos, o desenvolvimento da região também vai se refletir na educação", afirma o presidente do Inep.
DEFICIENTES EFICIENTES - LEI DA COTAS
Câmara aprova cota para deficientes em universidades públicas federais
Projeto prevê reserva de 10% das vagas.Proposta segue para votação no Senado Federal.
Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília
MEC amplia prazo para universidades aderirem ao novo vestibular
Reitores de universidades fazem objeções ao Enem
No Senado, ministro defende sistema de cota racial em universidades
Comissão do Senado discute sistema de cotas em universidades públicas
MEC propõe que Enem substitua vestibular de 55 universidades federais
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (29) um projeto que reserva 10% das vagas em universidades públicas federais para pessoas com deficiência. Como tem caráter conclusivo, o projeto segue diretamente para o Senado Federal. O relator do projeto, deputado Efraim Filho (DEM-PB), defende que as cotas promoverão a inclusão social de pessoas com deficiência. “Este projeto vem corrigir uma distorção do ordenamento jurídico brasileiro. Já existe reserva de vagas para concursos públicos, mas não tinha sido dado até agora garantia de capacitação para esta pessoa com deficiência”. O deputado afirma que esta cota seria mais “justa” do que a racial, por exemplo. “Dentro desta linha, a cota para pessoa com deficiência é mais justa e cidadã que cota por cor, raça ou credo porque estas são subjetivas, enquanto a pessoa com deficiência tem um problema material”. Efraim Filho destaca que a cota não será cumulativa com outras cotas em discussão, como as raciais, para estudantes de escola pública ou socioeconômica. “Essas cotas podem ter intersecção. A pessoa que atende ao critério racial e de deficiência, por exemplo, contarão para o preenchimento das duas cotas”. O projeto que trata das outras cotas já está em tramitação no Senado, após aprovação na Câmara, e tem votação prevista para a próxima semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) daquela Casa.
VOCÊ SABE USAR A CRASE ?
Thaís Nicoleti de Camargo*
Especial para a Folha de S. Paulo
Dizer que uma mulher "deu a luz a um filho" é impropriedade oriunda da falsa interpretação de que a luz é dada ao filho.
Na realidade, o filho é dado à luz, esta entendida como o mundo, a vida.
Portanto devemos dizer que uma mulher "deu à luz um filho".
Mesmo sem o complemento direto (um filho), a expressão continua preposicionada.
É correto dizer, por exemplo, que "as mulheres deram à luz em condições precárias".
Sempre ocorrerá crase na expressão "dar à luz".
A crase (do grego "krâsis"= fusão) é o fenômeno de contração de sons vocálicos.
No português atual, assinalada pelo acento grave, ocorre sobretudo quando se encontram a preposição "a" e os artigos femininos "a" e "as".
Assim, é fácil deduzir que não há crase antes de verbos nem de palavras masculinas, pois são termos que não admitem anteposição de artigos femininos.
É o que acontece também com a maioria dos pronomes.
Comuns, todavia, são os erros de colocação do acento grave.
Você já deve ter visto algum cartaz anunciando uma grande venda promocional "à partir" de certa data. Ora, "partir" é um verbo antecedido da preposição "a".
Não havendo fusão de vogais, não se justifica o uso do acento grave.
É tudo muito simples, mas há casos que merecem mais atenção.
Suponhamos que alguém construa a seguinte frase: "Amava a mãe a filha".
A ambiguidade presente na construção certamente não ocorreria se os termos estivessem dispostos em ordem direta ("A mãe amava a filha" ou "A filha amava a mãe").
Mas é fato que a sentença ganha expressividade quando os termos têm sua ordem diferente da usual.
Como eliminar o duplo sentido da frase sem alterar a posição das palavras?
O ser amado exerce sintaticamente a função de objeto direto (complemento sem preposição obrigatória).
Podemos preposicioná-lo, fazendo ocorrer a crase no "a" que introduz o complemento do verbo. Assim: "Amava à mãe a filha" (a mãe é o ser amado) ou "Amava a mãe à filha" (a filha é o ser amado).
Um carro é movido "a gasolina" ou "à gasolina"? A primeira forma é a correta.
Note que ninguém diz que um carro é movido "ao álcool".
A palavra, quando tomada em seu sentido genérico, não admite o uso de artigo definido, motivo pelo qual nem sempre ocorre crase antes de palavras femininas precedidas de preposição "a". Exemplos disso são construções como: "sujeito a multa", "escrever a tinta", "doação a instituição beneficente" e tantas outras.
*Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha
terça-feira, 28 de abril de 2009
SUIÇA - ESCOLAS DE HOTELARIA ( as melhores )
/10/2007 - 00h01
Suíça
País abriga melhores escolas de hotelaria do mundo
Editora de Educação
Divulgação/O Viajante Vista de Zermatt, de onde se vê o Matterhorn, pico mais famoso da Suíça |
O país também é considerado uma excelente rota para estudantes de economia e ciências tecnológicas. Além de abrigar dois importantes institutos federais de tecnologia - em Lausanne e Zurique -, a Suíça dedica, em média, 2% do seu PIB (Produto Interno Bruto) às atividades de pesquisa. Os institutos concentram suas atividades em áreas de alta tecnologia, tornando-se líderes internacionais em pesquisa científica básica, aplicada e interdisciplinar. Não é à toa que o país coleciona inúmeros prêmios Nobel.
Atualmente, a Suíça tem, pelo menos, dez cidades universitárias espalhadas por seu pequeno território, entre elas Basel, Bern, Fribourg, Genebra, Lausanne, Lucerna, Neuchâtel, St. Gallen, Zurique e Ticino. O sistema de ensino do país é, em sua maioria, público, mas dispõe de instituições privadas de nível internacional.
Em seus 41.290 km² - menor que o Estado do Rio de Janeiro -, falam-se quatro línguas oficiais (alemão, francês, italiano e romache), por conta da influência dos países fronteiriços. Por isso, antes de fazer a matrícula, é preciso saber em que idioma o curso será ministrado.
Brasileiros que pretendem estudar na Suíça devem apresentar um plano de estudo pessoal, contendo os objetivos finais da experiência - seja a conclusão de estudo em nível de ensino médio, graduação, mestrado ou doutorado.
A instituição de ensino será responsável pela avaliação do plano de estudo e pela aprovação do aluno no programa, mas, antes de entrar na Suíça, o estudante precisa provar que tem recursos financeiros suficientes para se manter no país.
Perfil suíço
A economia da Suíça é estável, mas apresenta problemas de demanda interna devido o pequeno número de habitantes -pouco mais de sete milhões. O país não aderiu ao mercado comum europeu, mantendo a tradição de neutralidade que o deixou fora das duas grandes guerras mundiais.
Há grande diversidade cultural em curtas distâncias. Cidades mais jovens e animadas, como Zurique, e mais nervosas, como Genebra. De um modo geral, o suíço é cordial, elegante e reservado. Nos restaurantes, dificilmente consegue-se ouvir a voz dos ocupantes da mesa ao lado e, geralmente, as pessoas estão bem vestidas e arrumadas.
Sua capital é Berna, mas Genebra - terceira maior cidade, com cerca de 180 mil habitantes - é a mais importante do país e uma das mais conhecidas do mundo. É sede da Cruz Vermelha e de várias agências da ONU (Organização das Nações Unidas), o que faz com que quase 50% de sua população seja formada por estrangeiros residentes no país.
AS MELHORES DO ENEM 2008
28/04/2009 - 20h39
Ranking das 20 melhores escolas do Brasil do Enem 2008
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COMO DERRUBAR O MURO DE UMA ESCOLA ?
Na melhor escola pública do Enem 2008, os portões ficam destrancados e não há inspetor
Em São Paulo
Em 2008, dos 160 alunos do terceiro ano, apenas quatro não passaram. "Nossa escola é bem diferente: aqui, o aluno é livre, mas tambem é responsável; por isso, eles não ficam matando aula", conta a diretora.
VEJA ONDE ESTÃO AS 20 MELHORES "NOTAS" DO BRASIL
Visualizar Melhores escolas do Enem em um mapa maior
O bom desempenho não é novidade no colégio, que já esteve no primeiro e no segundo lugar em 2006 e 2007, respectivamente. "O resultado já era esperado porque já sabíamos que eles tinham ido bem no Enem. O segredo do resultado é o trabalho e a dedicação de todos", afirma Eunice.
O trabalho dos profissionais e alguns de fatores fazem do Coluni uma exceção entre as escolas públicas: ele está situado no campus de uma universidade; cerca de 80% dos alunos ingressantes vêm de outras cidades e têm que morar em repúblicas ou pensionatos; e a escola tem laboratórios e faz regularmente aulas em campo.
Professor valorizado
Além disso, os professores trabalham em regime de dedicação exclusiva e estão sempre fazendo treinamentos. "Dos 27 professores que temos, 5 estão pedindo licença para fazer doutorado, 1 mestrado e 1 pós-doutorado. Essas condições fazem a diferença; só do professor ter essa tranquilidade já é um diferencial", afirma Eunice.Para ingressar no Coluni, os estudantes passam por dois dias de exames, sendo o primeiro composto por testes que abrangem português, matemática, ciências, história e geografia; e o segundo, por questões discursivas e uma redação. Entram 150 estudantes por ano, e o exame de 2009 teve 9,84 candidatos por vaga. No final do terceiro ano, o colégio tem índice de 80% de aprovação em faculdades públicas: "eles não prestam para faucldades particulares, todos querem públicas e são bem sucedidos", conclui a diretora.
AS FUNÇÕES DA PALAVRA " QUE "
Jorge Viana de Moraes
A partícula "que" pertence a várias categorias gramaticais
A palavra "que" em português pode ser:
• 1. Substantivo: precedido de determinantes e acentuado.
Exemplo: Ele tem um quê de misterioso.
• 2. Pronome Interrogativo:
2.1. Pronome Interrogativo Adjetivo: acompanha um substantivo.
Exemplo: Em que escola você estuda?
2.2. Pronome Interrogativo Substantivo: quando vier junto de ponto de interrogação, acentuado.
Exemplo: Que aconteceu? Aconteceu o quê?
• 3. Pronome Relativo: substitui o antecedente e corresponde a: a qual, as quais, etc. Introduz uma oração subordinada adjetiva.
Exemplo: O homem que chegou é meu tio.
• 4. Advérbio: (de intensidade) - equivale a quão, como, e acompanha adjetivo e advérbio.
Exemplo: Que bom foi você ter vindo.
• 5. Preposição: (equivalente a de) vem junto do verbo TER.
Exemplo: Tenho que sair.
• 6. Interjeição: exprime sentimentos; vem seguida de ponto de exclamação (!)
Exemplo: Quê! Você fez isso?
• 7. Conjunção:
7.1. Coordenativa Aditiva: = (e)
Exemplo: Luta que luta, nunca tem nada.
7.2. Coordenativa Explicativa: equivale a "pois".
Exemplo: Não choras, que estarei ao teu lado.
7.3. Subordinativa Integrante: = (isso)
Exemplo: Quero que voltes.
7.4. Subordinativa Causal: = (porque)
Exemplo: Não irei ao cinema que vai chover.
7.5. Subordinativa Comparativa: = (do)
Exemplo: Fiquei mais rica que José.
7.6. Subordinativa Consecutiva: (vem depois de tanto, tão).
Exemplo: Correu tanto que cansou.
7.7. Subordinativa Temporal: = quando
Exemplo: Aberto que foram os portões, todos entraram.
7.8. Subordinativa Final = para que
Exemplo: Faço votos que vocês sejam felizes.
• 8. Partícula expletiva ou realce: pode ser retirada da oração e pode vir na expressão "é que":
Exemplo: Nós é que somos culpados.
MAIS SOBRE O NOVO ENEM
Ao menos 25 das 55 federais devem adotar o novo Enem
PABLO SOLANO
AFONSO BENITES
da Agência Folha
Ao menos 25 das 55 universidades federais deverão usar o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), previsto para outubro, como forma de seleção de seus alunos. Dessas, 14 tendem a utilizar somente o Enem para selecionar os estudantes. É o que mostra levantamento da Folha.
Essa é uma das quatro alternativas para o novo Enem estabelecidas pelo MEC. As outras são: usar o exame como primeira fase da seleção (escolha feita por três universidades); usar a nota na prova para atribuir um percentual na avaliação final dos candidatos (opção de cinco delas); e usá-lo para preencher vagas remanescentes (escolha da UFSM, no RS).
Outras duas optaram por um misto das alternativas. A Unifesp usará o Enem para todos os cursos, mas alguns poderão fazer segunda fase. E a UFBA fará vestibular para alguns cursos e só Enem para outros. Nas 25 universidades, serão disputadas ao menos 80 mil vagas.
O prazo final para adesão ao novo Enem é 8 de maio. Um encontro do MEC com reitores das federais, em Brasília, discute o sistema unificado de seleção. O evento termina hoje.
O novo Enem terá 200 questões, sobre quatro áreas de conhecimento (linguagens e códigos, ciências humanas, ciências da natureza e matemática). A prova será em dois dias.
As decisões de aderir ou não ao novo Enem deverão ser tomadas pelas universidades após o encontro. O levantamento da Folha mostra que a proposta do MEC teve boa aceitação, afirma Reynaldo Fernandes, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Preocupações
As reitorias estão realizando reuniões conjuntas para discutir os impactos da proposta. Em Minas Gerais, onde há 11 federais, por exemplo, o Fórum das Comissões de Processos Seletivos se preocupa com uma "fuga de cérebros" para universidades com mais prestígio.
Há preocupação ainda com um fenômeno inverso --a migração de estudantes de grande centros para regiões mais pobres. Assim, haveria menos vagas para os alunos locais nos cursos mais concorridos.
"Provavelmente estes jovens retornarão, após graduarem-se, aos seus Estados de origem, comprometendo o desenvolvimento econômico e social das regiões mais carentes", afirma o reitor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ronaldo Tadeu Pena.
O novo Enem permite que os estudantes concorram em até cinco universidades. Na inscrição, o aluno terá que ordenar suas preferências. Quem colocar um curso como primeira opção terá prioridade, mesmo com nota menor, sobre outro que escolha o mesmo curso como segunda opção e não seja aprovado na primeira escolha.
Para o presidente do Inep, a mobilidade é positiva.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
EDUCAR : QUAL A MEDIDA CERTA PARA ISTO
Educar é medir, ter metas e cobrar
Indicador do MEC diz quanto cada escola do país deve progredir
19/08/2008 18:22
Texto
Camila Antunes e Marcos Todeschini
Foto: Beto Hacker
O IDEB revolucionou as estatísticas sobre educação
----- PAGINA 01 -----
Mede-se de tudo em sociedades modernas: do nível de riqueza do país aos hábitos à mesa de sua população. Indicadores ajudam a traçar cenários para a economia que orientam decisões em empresas e governos. Dados socioeconômicos dão contornos às políticas públicas. Até a década de 80, o Brasil era ainda um país pouco afeito a estatísticas, limitado a números produzidos a cada dez anos por meio dos censos.
Sobre as escolas brasileiras, sabia-se que eram assoladas por taxas de repetência similares às de países africanos. E só. Apenas em 1990 surgiu o primeiro medidor no país para aferir a qualidade da educação, o Saeb, seguido de uma leva de avaliações durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O governo Lula intensificou ainda mais as medições, o que permitiu, enfim, enxergar com precisão as deficiências em sala de aula em todos os níveis de ensino.
O Ministério da Educação (MEC) criou um ranking de escolas públicas de ensino fundamental - o mais completo já feito no país. É o mais recente dos medidores oficiais, o Ideb. Os especialistas o definem como um avanço em relação aos outros: ele não só mostra um panorama da educação brasileira como, pela primeira vez, estabelece metas objetivas para 46.000 escolas públicas do país. É um sistema de cobranças e incentivos. As escolas que superarem a meta receberão mais verbas. Resume o ministro Fernando Haddad: "O objetivo é fazê-las chegar em quinze anos ao padrão dos países desenvolvidos".
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O QUE É EDUCAR???
ESTUDAR : QUANTO TEMPO TEMOS ...
Estudantes passam menos tempo na escola que o recomendado pela Lei de Diretrizes e Bases
Os estudantes brasileiros com idades entre 4 e 17 anos ficam, em média, 3,8 horas por dia na escola, menos que a jornada mínima prevista pela Lei das Diretrizes Básicas da Educação (Lei nº 9394/1996), que é de quatro horas diárias para os níveis fundamental e médio. Na faixa etária que vai de 7 a 14 anos, recordista no país em números de matrícula, a taxa é de 4,2 horas por dia. Já entre os que têm de 15 a 17 anos, período que compreende o Ensino Médio, o número de horas diárias que o estudante passa na escola cai para 3,5.
Os dados fazem parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a permanência média dos estudantes brasileiros na escola é considerada insuficiente.
Por isso é que sou francamente favorável ao segundo turno sob a responsabilidade da escola, mas não necessariamente dentro da sala de aula. [Com esse objetivo] estamos instalando banda larga dentro da escola e investindo no [programa] Mais Educação. São expedientes que vão oferecer s escolas oportunidade de estender a jornada com atividades culturais, recreativas, esportivas, afirmou Haddad, que participou na manhã desta segunda-feira (27) da abertura do seminário sobre Metas da Educação, promovido pela FGV, no Rio de Janeiro.
Ainda durante o evento, o ministro informou que o objetivo do governo este ano é ampliar a adesão ao Mais Educação atingindo, até o fim deste ano, 5 mil escolas localizadas principalmente em áreas de risco de regiões metropolitanas dos grandes centros urbanos. No ano passado, quando o programa foi executado em caráter piloto, 2 mil escolas participaram da experiência.
Por meio do Mais Educação, o governo federal repassa recursos para extensão da jornada escolar, que são depositados diretamente na conta corrente das escolas. Para atingir o objetivo, as instituições podem investir em itens variados, como instrumentos musicais e elementos para a quadra poliesportiva.
A pesquisa da FGV revela, ainda, que o tempo de permanência na escola, considerando-se a faixa etária entre 4 e 17 anos, é ligeiramente superior entre as mulheres (3,87 horas contra 3,83 dos homens). Já entre as adolescentes que já são mães, o indicador sofre uma redução mais forte, caindo para 0,87 horas.
Quando a análise se faz por cor da pele, os brancos aparecem liderando o ranking (3,97 horas). Os negros ficam, em média, 3 83 horas na escola e os pardos, 3,74 horas.
Outra disparidade evidenciada pelo estudo é com relação faixa de renda. Os 20% mais ricos permanecem na escola em média 4,35 horas por dia, enquanto os miseráveis ficam 3,56 horas.
O mesmo acontece quando se observam as regiões do país. No Sudeste, as crianças ficam na escola 4,17 horas, enquanto na Região Norte, permanecem 3,47 horas. A surpresa, segundo o estudo, fica por conta da Região Sul (3,63 horas), com menos tempo do que o observado no Nordeste (3,67 horas). Essa realidade, aponta o levantamento, pode ser explicada pelas maiores oportunidades de trabalho e renda no Sul, o que acaba contribuindo para afastar as crianças da escola.
Entre os estados, o Distrito Federal é o líder do ranking. Na capital federal, os alunos na faixa etária de 4 a 17 anos ficam em média 4,38 horas por dia. Em seguida, aparecem os estados de São Paulo (4,25 horas) e do Rio de Janeiro (4,14 horas). Na outra ponta, com as menores taxas de permanência, aparecem o Acre e Rondônia (ambos com 3,35 horas), seguidos por Amazonas (3 41 horas).
Para realizar o estudo, foram analisados dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativa aos anos de 2006 e 2004.
NOVO ENEM - MAIS INFORMAÇÕES
Entenda por que a prova do Enem poderá ser comparada à do ano anterior
MEC passará a usar outra metodologia na elaboração do exame.
Uma das formas é repetir ao menos 20% das questões.
Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo
Candidatos participam de processo seletivo (Foto: Daigo Oliva/G1)
A mudança no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), proposta pelo Ministério da Educação (MEC) , não será somente no número de questões, de 63 para 200, além da redação. A adoção de outra metodologia na elaboração da prova vai permitir que o desempenho dos alunos na prova possa ser comparado ano a ano.
Com isso, será possível acompanhar a evolução do ensino e evitar até que algum candidato saia prejudicado por ter feito uma prova mais difícil do que o seu concorrente, já que muitas universidades aceitam a nota do Enem dos últimos dois anos. O Enem também deverá cobrar mais conceitos e não ficar só nas questões contextualizadas, sua marca registrada.
No modelo atual, mesmo que se tente manter o mesmo nível de complexidade, o grau de dificuldade do exame é variável, então, não é possível dizer com precisão se o resultado dos estudantes melhorou ou piorou porque são coisas diferentes sendo comparadas. Por essa teoria, chamada de clássica, a quantidade de acertos é levada em conta e não o que o candidato acertou. Ou seja, em linhas gerais, a preocupação é quantitativa e não qualitativa.
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No novo formato, será usada a teoria de resposta ao item (TRI). O foco é no item, como é chamada cada questão, e não no total de acertos. A teoria é o conjunto de modelos que relacionam uma ou mais habilidades com a probabilidade de a pessoa acertar a resposta.
“Existem vários modelos que podem ser usados. Uma das possibilidades é repetir pelo menos 20% das questões da prova de um ano ao outro. Como parte das perguntas será a mesma, consegue-se saber se os acertos dessas questões aumentaram ou não”, afirma Dalton Andrade, professor titular do Departamento de Informática e Estatística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Referência na área, ele participou do grupo que elaborou o Enem em 1998.
As questões que serão repetidas de um ano para o outro são escolhidas de acordo com orientações dos avaliadores. Em matemática, por exemplo, pode-se repetir uma questão de cada área, como trigonometria e geometria, para que sejam medidas habilidades diferentes.
Outro modelo é colocar questões calibradas, como são chamadas as perguntas previamente testadas. Provas com diversas questões são aplicadas a um grupo de pessoas. Conforme as respostas obtidas, a questão é colocada numa escala de proficiência.
Escala de proficiência
Cada exame, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) , tem a sua escala de proficiência, que é como se fosse uma régua. Cada ponto da escala funciona como um indicador do que e do quanto a pessoa sabe sobre a habilidade avaliada naquela questão.
Uma pergunta de português, por exemplo, pode avaliar se quem responde sabe estabelecer relações entre imagens, gráficos e um texto. Outra analisará se essa mesma pessoa sabe relacionar causa e conseqüência entre partes do texto. A questão de múltipla escolha pode ter só uma resposta certa e as outras erradas ou uma certa, outra meio certa e as restantes erradas. Isso significa que, se a pessoa escolher a meio certa, a sua proficiência naquele assunto é parcial.
Então, de posse de um acervo numeroso, é montada uma prova só com questões calibradas. Outros exames, como o Toefl e o SAT , também usam essa mesma teoria. “Isso permite que várias pessoas façam as provas em momentos diferentes, pois elas são comparáveis”, afirma Andrade. “O desempenho numa prova depende de quais itens e não só de quantos a pessoa acertou.”
Comparação
O MEC poderá usar esses ou outros modelos da teoria no novo exame, que ainda está sendo elaborada. O resultado na prova do Enem só será comparável assim que tiver sido aplicada no novo formato por dois anos seguidos.
Segundo Andrade, a aplicação dessa teoria exige recurso computacional mais sofisticado. “Era possível usá-la no Enem antigo, mas seria algo muito complexo, já que as questões do Enem eram mais contextualizadas. Agora, com a mudança para cobrar mais conceitos e uma divisão por quatro grandes áreas, isso fica um pouco menos complicado”, avalia.
A teoria não se aplica à correção da redação, que é mais subjetiva. “Em geral, as redações são corrigidas por duas pessoas diferentes e, se há uma discrepância muito grande entre as notas, um terceiro avaliador corrige.”
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Agência Brasil - 27/04/2009 - 18:33