Verbo "existir" tem sujeito posposto
"Ao analisar a denúncia, a juíza considerou não existir dúvidas de que os acusados estavam 'previamente conluiados para a prática delitiva'."
À primeira vista, pode parecer que não há nenhum problema gramatical no fragmento acima. O leitor atento, todavia, percebe o deslize na concordância do verbo "existir", que deveria sofrer a flexão de plural para harmonizar-se com o seu sujeito ("dúvidas").
É possível que a confusão tenha origem no fato de o verbo estar no infinitivo (a sequência "considerou não existir" pode parecer uma locução verbal, mas não o é) e de seu sujeito estar posposto a ele.
O que se diz, entretanto, é que a juíza considerou "que não existem dúvidas", portanto o substantivo "dúvidas" é o sujeito do verbo "existir", que, no infinitivo, assume a forma "existirem".
Veja, abaixo, o texto corrigido:
Ao analisar a denúncia, a juíza considerou não existirem dúvidas de que os acusados estavam "previamente conluiados para a prática delitiva.
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