domingo, 26 de abril de 2009

ENCARE DE FRENTE...SERÁ...???

"Encarar de frente"?

Por Thaís Nicoleti

"Adriane Galisteu decidiu encarar de frente o escândalo das passagens aéreas da Câmara dos Deputados."

No fragmento acima, encontramos um caso de pleonasmo. Trata-se de uma expressão redundante, que, na linguagem falada, ganha efeito de realce (ênfase). Na linguagem escrita, porém, não se recomenda o emprego de expressões desse tipo.

"Encarar de frente" ou "enfrentar de frente" resumem-se a "encarar" ou "enfrentar" simplesmente. Há muitas outras a evitar: em vez de "sair para fora", empregue-se apenas "sair", já que "sair" contém a ideia de "ir para fora". Não se diz "hemorragia de sangue", pois "hemorragia" é o escoamento de sangue fora dos vasos sanguíneos.

"Teto máximo" e "piso mínimo" também são pleonasmos. Basta dizer "teto salarial" e "piso salarial", entendidos teto e piso, respectivamente, como valor máximo e valor mínimo. São muitos os casos. Convém ficar atento.

Abaixo, o texto corrigido:

Adriane Galisteu decidiu encarar o escândalo das passagens aéreas da Câmara dos Deputados.

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