Pronome relativo retoma termo antecedente
"Na virada do século, a TAC promoveu uma batalha judicial de cinco anos até obter da Corte Constitucional do país, em 2002, a ordem para que o governo distribuísse de graça medicamentos antirretrovirais para os doentes, que ajudam a prolongar a vida."
Mais uma vez, reforçamos a ideia de que a ordem dos termos é importante para a clareza da frase. O pronome relativo ("que") retoma seu antecedente, portanto, no fragmento em questão, retoma o termo "doentes", não "medicamentos".
Para que a frase expresse exatamente o que pretendeu o redator, é preciso que o pronome "que" se posicione imediatamente depois do termo a que se refere ("medicamentos antirretrovirais"). Não é difícil fazer isso: basta inverter a posição dos objetos, recuando o indireto (distribuir aos doentes medicamentos antirretrovirais) e, em seguida, acrescentar a oração encabeçada pelo pronome relativo.
Observe-se ainda a inadequação da expressão "de graça" após o verbo "distribuir". Subentende-se que o governo devolva à população aquilo que ela paga na forma de impostos. Está implícito no verbo "distribuir" que a população não deverá comprar os medicamentos.
Abaixo, o texto corrigido:
Na virada do século, a TAC promoveu uma batalha judicial de cinco anos até obter da Corte Constitucional do país, em 2002, a ordem para que o governo distribuísse aos doentes medicamentos antirretrovirais, que ajudam a prolongar a vida.
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