quinta-feira, 9 de abril de 2009

DIGA NÃO AO PLÁGIO



Uma medida contra o plágio

As universidades estão preocupadas com trabalhos de alunos que, não raro, transplantam parágrafos inteiros da internet. Isso quando não colam o texto completo, do início ao fim, na íntegra, sem mudar uma vírgula nem acrescentar uma única idéia. Ninguém dá números, mas todo mundo diz que há um enxame deles nas universidades brasileiras. Por isso, algumas estão fazendo como, há tempos, já fazem faculdades americanas e européias. Elas decidiram usar softwares capazes de certificar se um determinado trabalho é cópia ou não. Os alunos devem enviar o trabalho por meio do mesmo sistema em que o software atua. A partir daí, o programa faz uma varredura na internet, em busca de plágio. Rastreia ainda todos os outros já submetidos (Isso mesmo. Os alunos também copiam trabalhos uns dos outros e até de si próprios, o que resulta numa segunda categoria: a cópia da cópia). Um deserto de idéias.

A Universidade Anhembi-Morumbi, que usa um software desses desde janeiro de 2008, carece de números sobre a incidência de plágio, mas sabe que é alto. Quem cuida do “programa de inibição à cópia” é a diretora de educação a distância, Cristiane Alperstedt. Ela diz: “Avisamos aos alunos da presença do software, o que por si só já faz boa parte deles desistir da idéia de copiar. E mais: “Um bom trabalho científico deve incluir, sim, descobertas prévias e reflexões alheias. O problema é fazer isso sem citar a fonte – nem acrescentar um pingo de inteligência ao texto.” Sem contar que a internet tem muito lixo. E é esse lixo que os alunos decidem apresentar aos professores como exemplo de iluminação.Uma medida contra o plágio.

12 de março de 2009




Serviço vip para os pais

No Brasil, os pais raramente vão às escolas dos filhos e têm pouca (ou nenhuma) idéia do que se passa na sala de aula. Perguntados sobre o porquê da ausência, eles explicam que a vida é corrida, que as reuniões escolares são um tormento ou ainda, num ato de franqueza, admitem o completo desinteresse. Temos um problema.

Os americanos, que sofrem do mesmo mal, ainda que em doses menores, estão tentando melhorar o cenário com um novo tipo de profissional: o “coordenador de pais”. Sua única missão é despertar o interesse da família pela vida escolar. Eles são contratados para isso. Boa notícia: pode acontecer aqui também. Acaba de começar um programa piloto em dez escolas estaduais de São Paulo, todas encravadas em áreas pobres da Zona Leste. Surgiu de uma parceria entre a secretaria de educação e a Fundação Itaú. O que, afinal, os tais coordenadores de pais vão fazer? Entre outras coisas:

- Visitas à casa dos alunos para conhecer as famílias e se inteirar de suas expectativas sobre a escola

- Convites aos pais para um tour pelo colégio, oportunidade em que serão apresentados aos professores e ao conteúdo das aulas

- Plantão nas escolas. Eles ficarão de prontidão para atender aos pais

A experiência está dando certo em Nova York, Washington, Chicago. Por que não no Brasil?

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